SONETO PARA UM SONHO QUE SONHEI - Em decassílabo heróico
Depois de uma janela, outra janela
Se abriu de par em par, nesse protesto…
Mil se abriram depois, fazendo o resto,
Assim que a voz do sonho ecoou nela!
Completo, nasce o sol, derruba a cela,
Infiltra-se-lhe a luz no duro asbesto
E, nessa convicção que ao sono empresto,
Traduz-se-me em vontade enchendo a tela…
Transmutada a janela em peito aberto,
Fosse essa luz descrita a voz roubada
À vivência de um tempo insano, incerto,
Estaria essa vitória bem mais perto
E já se glosaria, em qualquer estrada,
Invicta, esta alegria em que eu desperto!
Maria João Brito de Sousa – 24.11.2012 – 09.39h
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