23
Set12
SONETO PARA SAUDAR OS AMIGOS QUE ME ACOMPANHAM
Maria João Brito de Sousa
Trago nas mãos o mesmo que tu trazes,
Uns pós de um quase nada que não usas,
Um punho, erguido aos dias mais audazes,
E um punhado – infalível! - de recusas…
Grito nas ruas, escrevo-me em cartazes
E exalto-me na cor de tantas blusas
Que ninguém sonhará a quantos “quases”
Reconduzo estas lutas inconclusas…
Devo, porém, dizer-te que fraquejo,
Que, embora corpo e alma, o meu desejo
Seria ir muito além do que consigo…
Que importa?! Ele surge sempre um novo ensejo;
Se me parece pouco o que em mim vejo,
Sempre há-de ser maior por estares comigo!
Maria João Brito de Sousa – 23.09.2012 – 19.14h