05
Set12
UM VOO DE PARDAL - Soneto muito ligeiro, dedicado à Ligeirinha
Maria João Brito de Sousa
Eu, que tanto o pratico, sei tão mal
As razões de voar do próprio engenho…
Sinto que é muito meu, mas sei-o estranho
E chego a acreditá-lo original…
Por vezes, volitando, é um pardal
Que por mim passa a ver quando o detenho,
Sabendo que eu, sem asas, não desdenho
Um timorato adejo ocasional…
E logo as mãos me adejam no teclado
Por causa de um pardal me ter tentado,
Por obra de tão parca tentação
Que é caso pr`a dizer que ter voado
Tem sempre uma razão, sempre um “culpado”
E as "culpas" nunca são da própria mão…
Maria João Brito de Sousa – 05.09.2012 – 20.10h
Imagem de pardoca, retirada da net, via Google