14
Ago12
JOGO DE XADREZ NUMA TARDE CHUVOSA
Maria João Brito de Sousa
O jogo recomeça… a tarde escura
Ameaçando chuva, o vento uivando…
Enquanto observo a rua, o céu, chorando,
Renova-me as fraquezas já sem cura…
A chuva, gota a gota, já perfura
O abrigo que me estive improvisando
Até que inteiramente o vai molhando
E dissolvendo a frágil cobertura…
Recolho o tabuleiro. A noite chega…
Mais gota, menos gota, eu acredito
Que a chuva possa ter o estranho fito
De dissolver tão só quem se lhe nega…
(se desisto de um jogo, assim, perdido,
jogá-lo nunca fez qualquer sentido…)
Maria João Brito de Sousa – 14.08.2012 – 20.44h
IMAGEM RETIRADA DA NET, VIA GOOGLE