SONETO SÓ PARA NÃO FICAR "A GANHAR PÓ"
Dizia dar – promessas são de mel…-
A lua, o sol… inteira, a claridade
Arrancada ao silêncio dum pincel
Em dias de inspirada ubiquidade…
Todo se dava, em juras de cordel,
Julgando conquistar corpo e vontade,
Mas nada o impediu de, na verdade,
Ir resguardando a sua própria pele…
Assim morreu esquecido, esse perjuro
Duma promessa insólita, intangível,
Sem assumir um erro, um erro só,
Onde nunca o encontro, nem procuro,
Elevando uma mão imprevisível
Na qual nada apanhara… a não ser pó.
Maria João Brito de Sousa – 24.05.2012 – 20.48h
Imagem "roubada" da net, via Google - Fonte de Neptuno, palácio de Schonbrunn (com trema :), Viena, Áustria