23
Mar12
CATORZE VERSOS PROFUNDAMENTE PIEGAS
Maria João Brito de Sousa
Por vezes não distingo muito bem,
Nem conheço quem saiba destrinçar,
Se o que aqui faço é mesmo trabalhar
Ou forma de queixar-me a mais alguém…
Sendo provável não haver ninguém
Que o desdiga ou que o possa confirmar,
Que o julgue, então, a Terra, o fundo mar
E toda a esfera azul que me contém…
Que a dor se me alivie um poucochinho,
Que a luz que me vestiu de puro linho
Possa transparecer no que vos deixo
E que despertem sempre algum carinho
Palavras que ressoem mais baixinho
Por falarem tão só do que me queixo…
Maria João Brito de Sousa – 23.03.2012 – 21.35h