23
Fev12
ESSE LOUCO GALOPE DO CORCEL DAS PALAVRAS...
Maria João Brito de Sousa
Prenúncio da vontade em gesto vago,
Vai-me descendo a mão sobre o papel
E sinto que me invade o tal corcel
Da singular magia desse afago!
Dele me nasce a palavra; o resto, trago
Dentro de mim, gravado com cinzel,
Por baixo desta minha humana pele
Onde o tempo, ao passar, fez tanto estrago
Mas que me importa a mim que o tempo passe
Se dele surge a palavra, irrompe a frase
Que justifica o esforço da corrida?
Não fosse esse o corcel que eu cavalgasse
E – quem sabe? - o poema me ignorasse
E eu perdesse o sentido à própria vida.
Maria João Brito de Sousa – 23.02.2012 – 18.47h
Imagem retirada da net, via Google