05
Jan12
O IMENSO MAR DOS SONHOS POR TECER (metáforas e duplos sentidos)
Maria João Brito de Sousa
Relembro as velhas asas que não uso
Sobrevoando os medos que não tenho
Nesse eixo imaginário em que desenho
Rotas possíveis para o que eu recuso
E, de asas presas, no sonho difuso
Em que penso subir, mas me detenho,
Das amarras me solto, se as desdenho
E admito que voar seria abuso,
Pois quanto mais voar, mais vou rasando
Um chão que me captura, aprisionando
A terra em que me sou - sem nunca o ser... -
E tão mais alto irei, quão mais voando
Decida, lá do alto, ir mergulhando
No vasto mar que um sonho irá tecer…
Maria João Brito de Sousa – 05.01.2012 -13.13h