SEI LÁ QUANDO....
É de longe que venho. O que eu vivi!
Quantos prados eivados de ribeiras,
Quantos penhascos, quantas ribanceiras
E quanto esconso vale eu não corri
E o que passou correndo e que nem vi,
Na pressa de correr? Entre carreiras,
Se perdem forças, se ganham canseiras,
Se esquece tanto quanto eu já esqueci.
Às vezes muito tarde, noite afora,
Esperando a madrugada, como agora,
De pálpebras cerradas, mas sonhando,
Outras vezes de dia, a qualquer hora,
Grafando a irreverência da demora
Nalgum quase insondável “sei lá quando”…
Maria João Brito de Sousa – 13.12.2011 – 21.16h
Imagem de um dos megalitos da Ilha de Páscoa, retirada da internet