A TODOS OS RESISTENTES QUE PASSARAM PELAS PRISÕES DO FASCISMO
Foi num muro em que, sem liberdade,
Acoitado entre as lajes, tão frias,
Tu escreveste a palavra VONTADE
Conquistada ao granito dos dias!
Foi a tua resposta à maldade,
À traição e às demais vilanias
De quem queria apagar a VERDADE
Desse muro em que, ousado, a escrevias!
Foram tantas palavras negadas
Que a garganta guardou da denúncia
Dos que a queriam gritada entre os muros,
Quanto as dores, como pedras, caladas
Na nobreza da tua renúncia,
Semeando os teus sonhos mais puros!
Maria João Brito de Sousa - 21.10.2011 - 13.48h
Imagem retirada da página que a Wikipédia criou para o 25 de Abril de 1974
NOTA - Soneto de nove sílabas métricas