25 DE ABRIL - cravo/metáfora
(Em decassílabo heróico)
Porque hoje se acrescenta e se agiganta
A chama dos valores jamais vencidos
Que acende outro amanhã que cresce e canta
Nas brasas da fogueira dos sentidos,
Que ascende, que conforta, que acalanta,
Que faz nascer, cá dentro, indesmentidos,
Os cravos de outro Abril que nos garanta
Direitos e razões quase perdidos,
Eu hoje cantarei… se tempo houver,
Porque o tempo se escoa, um cravo morre
E eu não posso jurar poder, sequer,
Prender não sei o quê, que tanto corre,
Que espreita e que se quer deixar colher,
Mas não tem flor que eu veja, ou pé que eu dobre…
Maria João Brito de Sousa – 25.04.2014 – 17.37h