21
Fev08
POEMAS COMO ESTRADAS
Maria João Brito de Sousa
Razão de ser quem sou, voar mais alto,
Fronteira de mim mesma em contra-mão,
Razão desta loucura sem razão
De indómita vontade em sobressalto.
Minha vontade: - Sabre de aço puro
Temperado noutra forja; a dos sentidos.
Minha fé: - Mar imenso, intempestivo,
Que inunda as enseadas do futuro.
O fogo de criar que me incendeia
As horas de dormir, já desprezadas,
Desperta-me sentidos ignorados
E a luz que deles emana e me encandeia,
Constrói poemas longos como estradas
Que eu hei-de percorrer de olhos fechados!
Maria João Brito de Sousa 21.02. 2008 08.47h