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Abr11
NASCEU-ME ABRIL, AGORA MESMO...
Maria João Brito de Sousa
Nasceu-me agora Abril, quando sonhava…
Mas não é por Abril me ter nascido
Que eu deixarei morrer o que me é querido
Ou que me esquecerei do que cantava
Nasceu-me de uma corda que vibrava
Num trinado qualquer, mal pressentido,
De um verbo a vacilar no desmentido
De outro que era menor mas que o calava.
E o que é feito de Abril no novo Abril
Em que se redefine outro perfil
Para este meu país tão castigado?
E vibra-me outra corda… e já são mil
As cordas que, vibrando em tom subtil,
Me falam desse Abril sempre negado.
Maria João Brito de Sousa
Imagem retirada da internet