UM CASTELO DE AÇUCENAS
UM CASTELO
DE
AÇUCENAS
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Na paz de Deus embalo os meus poemas
E desse não sei quê que vive em mim
Vem-me uma lucidez que não tem fim
E é, no fundo, a razão das minhas penas
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Na paz que delas vem, ergo as empenas
Do castelo em que abrigo o meu jardim
De versos cujas rimas de cetim
Bordei letra por letra. E são centenas!
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No pátio dos poemas que eu herdei,
Na paz que o verso em mim quis delegar,
Vi florescer nas tardes mais serenas
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O pomar dos poemas que criei...
Eu, que mendigo um pão pra mastigar
Do alto de um Castelo de Açucenas.
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Maria João Brito de Sousa - 17.02.2008
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In Poeta Porque Deus Quer - Autores Editora, 2009