A RAZÃO DAS NOSSAS VIDAS
Libertem-se as tensões, uma por uma,
Do gesto gasto, impuro, incontroverso,
E cresça a vocação rasgando a bruma
Do despertar nublado de um só verso!
Libertem-se as razões que coisa alguma
Prendeu a quanto dele jazer imerso,
Ou, quando essa opressão se lhe avoluma,
Ao que o tornou angélico… ou perverso…
Por vezes, as tensões, nem razões são
E esfumam-se ao romper de uma ilusão
Morrendo inoportunas, descabidas,
Noutras encontram, nessa dimensão,
A sua mais perfeita tradução
E tornam-se a razão das nossas vidas…
Maria João Brito de Sousa – 26.02.2011 – 22.54h
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Porque a poesia é uma das razões das nossas vidas...