07
Fev11
TSUNAMI
Maria João Brito de Sousa
Lembrei-me e foi depois de ter lembrado
Que me tentei esquecer do que sentia;
Cada vez mais me inundo em poesia
Por mais versos que vá pondo de lado.
“Poeta de um poema improvisado!”
E, cá por dentro, o riso contraria
Essa abstrusa versão; -“Não poderia
Noutro ofício qualquer ter-me encontrado!”
Foi como foi. Tão simples quanto o mar
Em que alguém naufragou sem se afogar…
E eu quero lá saber de mais razões!
Se um destes dias me volto a lembrar,
Volto a rir-me da onda, pra domar
O “tsunami” do mar das disfunções…
Maria João Brito de Sousa - Fevereiro, 2011
Imagem retirada da internet