20
Jan11
A LUA QUE ENTOVA UM VELHO FADO...
Maria João Brito de Sousa
Fez-se tarde e não foi por mero acaso
Que o Sol se pôs mais cedo nesse dia;
Talvez fosse outro, o mundo que surgia
Depois desse imprevisto e estranho ocaso,
Ou talvez fosse a Noite, num atraso
Que nenhum desses dois lhe preveria,
Que, não qu`rendo abrir mão do que sentia,
Teimou em não cumprir o justo prazo,
Mas, fosse por que fosse, aconteceu
Que a noite se acendeu num louco céu
Que ninguém poderia ter explicado,
Que o coração mais forte lhes bateu
E quase lhes parou quando irrompeu
A Lua, que entoava um velho fado.
Maria João Brito de Sousa – 19.01.2011 – 20.52h