18
Jan11
SEGUE-SE UM POEMA...
Maria João Brito de Sousa
Segue-se este poema que não chora
Mas, desse mesmo sal que tens nas veias,
Faz hino à sensação que se demora
Por dentro do tecido das ideias
Numa emoção telúrica, infractora,
Que nega uma ilusão de panaceias
E que irrompe do fel de cada hora
Com ânsias de quem rompa mil cadeias.
Mas… segue-se um poema! Ou terei feito
Um abrigo qualquer, sem dar por nada?
Talvez, não sendo um ´bunker`, me proteja
E aquilo que se segue, por direito,
Seja a mesma revolta estrangulada
Que se acrescenta até que se oiça e veja.
Maria João Brito de Sousa– 17.01.2011 – 19.53h