13
Jan11
SEMPRE E NUNCA MAIS
Maria João Brito de Sousa
... e, de então em diante, o Universo,
Como se por magia se calasse,
Roubar-me-ia todo e qualquer verso
Que pela vida fora eu encontrasse
Deixando-me, na troca, o seu inverso,
Negando-se, fugindo ao novo enlace...
O resto todos sabem... se é perverso
Melhor fora um poema que o negasse...
Do rebanho que guardo ou como o faço,
A ninguém devo contas ou promessas,
Senão a quem me fez tal como sou!
De tudo o que nasceu deste cansaço
Nas horas a que já nem deito meças,
E ao que está por nascer... Deus mo legou!
Maria João Brito de Sousa