13
Out10
ONDE EU NÃO PUDER ESTAR...
Maria João Brito de Sousa
Onde eu não puder estar, estará, de mim,
O meu sonho ancestral, sem dimensão,
De quem se quer Poeta até ao fim,
De quem nunca terá outra ambição
E, haja, ou não, mil flores no meu jardim,
Receba, ou não receba, uma atenção,
Bendito seja quem me fez assim
E quem me deu a escrita por missão.
Virão mais tempestades! Calarei
Por dias, ou semanas, minha voz
E todas as palavras que, negadas,
Ainda assim serão, porque as cantei,
Um rio que, ao desaguar, encontra a foz
Do mar das que por outros são cantadas...
Maria João Brito de Sousa - 13.10.2010 - 12.45h