05
Ago10
A PARTILHA
Maria João Brito de Sousa
Quando um novo horizonte me chamava
Era nas coisas – todas! – que sentia,
Que voava pr`a ele, nele aterrava,
E que, depois, na volta, em mim trazia,
Pois sempre alcancei quanto desejava
E soube que jamais me afastaria
Daquelas – tantas... - coisas que encontrava
Nesse mundo longínquo que antevia.
Aonde quer que os olhos me levassem,
Desse pouco de mim que semeassem,
Brotava, de repente, uma outra ilha…
Meu corpo era fronteira, era embalagem,
E a ilha encantada era a voragem
Que a mim me devorava. Era a partilha.
Maria João Brito de Sousa – 04.08.2010 – 19.05h