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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
29
Jun25

UM AMOR COMO O MEU - Reedição

Maria João Brito de Sousa

Eu, no quintal do Dafundo (1).jpg

Eu fotografada por meu pai

na casa do Dafundo

*

UM AMOR COMO O MEU
*


Amor passou por mim. Vinha apressado

E cedo, muito cedo, me abordou,

Mas deu, ao abordar-me, um passo ao lado,

Ou fui eu quem sem qu`rer o assustou...
*


Retorna, Amor, insiste e é selado

Entre nós dois um pacto que assinou

Primeiro, Amor, depois, de braço dado,

A tonta que de Amor se embriagou...
*


Se mais tarde morreu, Amor, cansado,

Se foi eterno, Amor, enquanto amou,

Dir-vo-lo-á um vate consagrado*
*


Que se perdeu assim que o encontrou...

Pode, contudo, estar o vate errado

Já que a Amor como o meu nunca o provou!
*

 

Maria João de Sousa

29.06.2018 – 11.38h
***

* Referência a Luís Vaz de Camões

28
Jun25

A "UMA CHAMA QUE ARDE SEM SE VER" - Reedição

Maria João Brito de Sousa

A UMA CHAMA QUE ARDE.... (1).png

Imagem gerada pelo ChatGPT

*

 A UMA "CHAMA QUE ARDE SEM SE VER"


*
Quem pode ver no Amor chama invisível,

se Amor se mostra avesso a definir-se,

e se esquiva e se torna intraduzível

no instante em que começa a traduzir-se?
*


Se além, se muito além do que é tangível

pudesse, o mesmo Amor, baixinho ouvir-se

nalgum sussurro que tornasse audível

a dor que Amor inflige ao despedir-se
*


Diríamos que Amor, sendo sensível,

passível de escutar-se e de sentir-se,

se em fogo se consome, é combustível...
*


Mas como pode arder sem consumir-se

quando, prá maioria, é impossível

para a Vida o jurar sem desmentir-se?
*


Maria João Brito de Sousa

25.06.2015 – 17.16h
***

 

Soneto Reformulado

27
Jun25

POEMA À PRIMEIRA MULHER II - Redição

Maria João Brito de Sousa

 

MULHER EM MOLHO DE LUAR.jpg

                                           *                                              

Tela de minha autoria

*

POEMA À PRIMEIRA MULHER II
*


Imaculada, afirmo o que não devo:

Preencho a funda cova do meu fim

Com quanta flor eu colha de um jardim

Quimérico, insondável e primevo...
*


Ingénua, sem sonhar que me descrevo

À luz do sonho que nascia em mim,

Não fora o negro abismo ser assim

Profundo - tanto mais quão mais me elevo -,
*


Talvez pudesse projectar-me toda

Nos versos que me orbitam nesta roda

Que aspira a mais que à mera identidade...
*


Mas, finalmente, o germe do real,

Emerge do meu corpo de água e sal,

Amadurece e impõe-me outra verdade...
*

 

Maria João Brito de Sousa

20.06.2014 - 16.33h
***
Soneto Reformulado

26
Jun25

POBREZA - Reedição

Maria João Brito de Sousa

mulher pobre (1).png

Imagem gerada pelo ChatGPT

*

POBREZA
*

*
Vestiu-se de veludo e aos cabelos

Cruzados por riachos prateados

Prendeu dois ganchos lassos, muito usados,

Cobertos de pontinhos amarelos...
*


Meteu os pés inchados nuns chinelos

Baratos, duros, gastos e cambados:

Deixaram-lhe os dois pés muito apertados,

Mas já não se importou... sorte era tê-los!
*


Sobre os ombros lançou uma mantilha

De cor incerta, puída na textura

Como o vão sendo as coisas já sem cura
*


Que viajaram anos na partilha,

Mas que a mulher desmente na postura:

No mundo dela os restos são fartura.
*

*
Maria João Brito de Sousa - Março, 2016


In A CEIA DO POETA, (inédito)

***
Soneto reformulado

25
Jun25

VERÃO II - Custódio Montes e Mª João Brito de Sousa

Maria João Brito de Sousa

VERÃO II Custódio e eu (1).png

Imagem gerada pelo ChatGPT

***

VERÃO II

Custódio Montes e Maria João Brito de Sousa
*


*

Começo do verão, tempo de praia

O tronco nu, ao sol e bem exposto

Moreno o corpo, o peito e todo o rosto

Vestidos sobretudo de cambraia
*
*
A perna nua, mal se vê a saia,

Pulseiras penduradas e com gosto

Em junho, julho e todo o mês de agosto

E andam namorados de olho posto
*
*
A sombra não se vê, anda apagada

O riso gira impante na esplanada

Há férias e festas, bailaçào
*
*
Convívios com amigos e jantares

Arruadas em festas populares

E tudo isso e mais há no verão
*
*

Custódio Montes
22.6.2025
***
2.


"E tudo isso e mais há no verão"

Que está a dar os seus primeiros passos

Neste ano de recursos muito escassos

Como vai sendo moda ou tradição...
*
*

Salto a fogueira do meu coração

Que para as outras não encontro espaços

E é assim que finto os meus cansaços

Quando festejo o bom do São João
*
*
Os mais jovens, erguendo os martelinhos,

Arrancam das moçoilas mil risinhos

Que podem prometer - quem sabe? - um beijo...
*
*
Pobre do alho porro que esquecido

Em nome do progresso foi banido

E já não representa amor/desejo...
*
*

Mª João Brito de Sousa

23.06.2025 -21.30h
***

3.
*
“E já não representa amor/desejo”

Mas mesmo assim aqui há martelada

Dos novos, velhos, mesmo petizada

Aos ombros dos mais velhos no cortejo
*
*

As bandas a tocar, tudo isso vejo

A gente sorridente e animada

Menina ao namorado abraçada

E ao juntarem a face a dar um beijo
*
*

O São João em Braga é famoso

Comemora-se o santo milagroso

E vem cá muita gente festejar
*
*

Depois ao fim do dia a procissão

Com gente em correria e animação

E despique de bandas a tocar
*
*

Custódio Montes
23.6.2025
***

4.
*

"E despique de bandas a tocar"

Vou relembrando enquanto, a toda pressa,

A camiseta enfio pla cabeça

E procuro os sapatos pra calçar
*
*
Pudesse o São João vir-me ajudar,

Mas receio que o santo desconheça

Esta João que corre e que tropeça

Em vez de simplesmente ir festejar...
*
*
Não tenho martelinho, mas talvez

O santo, que também é português,

Não leve a mal o meu "desenrascanço":
*
*
Levo a bengala em vez do martelinho,

Bebo o meu chá em vez de beber vinho

Mas, se me desafia, eu inda avanço!
*
*
Mª João Brito de Sousa

23.06.2025 - 10.00h
*
5.
*
“Mas, se desafiada, ainda avanço”

E tem um passo largo, divertido

Um lindo adereço no vestido

Que de gabar-lhe o estro não me canso
*
*

Com estes desafios que lhe lanço

Não sinto o seu cansaço acrescido

Responde a toda a hora e com sentido

Sem preocupação com o descanso
*
*

Eu é que sou mais lento, franzo a testa

Estou com muito sono, durmo a sesta

E talvez não responda ao seu poema
*
*

Logo quando acordar então vou ver

Se aquilo que acabo de escrever

Fugiu ou extravasou o nosso tema
*
*
Custódio Montes

23.6.2025
***

6.
*

"Fugiu ou extravasou o nosso tema"?

Eu digo já que não porque uma sesta

Cabe no V`rão tal como cabe a festa

De São João que acima usei por lema
*
*
E, agora, muito embora a mão me trema,

A Musa que a comanda fá-la lesta

E exige mais que a força que me resta

Pra terminar com graça este poema
*
*

Na mesa, à minha beira, o velho leque

É uma tentação... Antes que peque

Deixando este soneto inacabado,
*
*
Vou pôr a trabalhar a ventoinha

Pra ver se a mão se move mais asinha

Sobre as já gastas teclas do teclado
*

 

Mª João Brito de Sousa

23.06. 2025 - 21.00h
***
7.
*

“Sobre as já gastas teclas do teclado”

Teclas gastas mas com muito saber

Que sabem sua arte de escrever

E seguem esse rumo estudado
*
*
Eu canso-me no texto debruçado

Nem teclas tenho eu para bater

Escrevo ao sabor do acontecer

E o texto fica então finalizado
*
*
Acabo de chegar do São João

Atrasei-me, por isso, essa a razão

Porque apenas respondo mesmo agora
*
*
A coroa tem tempo, vou dormir

E quando acordar volto a vir

Amiga, não escrevo mais por ora
*

Custódio Montes

23.6.2025
***

8.
*

 

"Amiga não escrevo mais por ora"

Que é tarde, estou cansado e vou dormir!

Durma bem, meu amigo, que a seguir

Mais lestos correremos, C`roa afora
*
*
Quanto a mim, voltarei depois da aurora,

Umas horas depois de o Sol surgir...

Hoje não vou deitar-me sem rugir,

Sem dar à Musa a voz que ela me implora...
*
*
Nada do que lhe acabo de dizer

Tem ou terá alguma coisa a ver

Com a nossa conversa sobre o V`rão
*
*
Até depois, amigo, até depois

Que amanhã cá estaremos, nós os dois,

A festejar em grande esta estação!
*
*

Mª João Brito de Sousa

23.06.2025 -23.40h
***
9
*

“A festejar em grande esta estação!”

Coitada, a estação tem-me esquecido

Desviei para assunto ora vivido:

As rusgas na maré do São João
*
*
Mas agora que as festas já lá vão

E hoje é feriado apetecido

Depois de descansado e bem dormido

Volto ao tema deixado do verão
*
*
Calor aqui em Braga é por demais

Sem as brisas de Oeiras ou Cascais

Mais frescas por estarem junto ao mar
*
*
Se fosse como aí iria ver

Não me havia jamais de esquecer

Estaria o verão sempre a lembrar
*
*
Custódio Montes
24.6.2025
***
10.
*
"Estaria o verão sempre a lembrar"

Aqui na minha Oeiras cuja saia

Se vai estendendo até chegar à praia

Para no oceano a mergulhar
*
*
Eu, contudo, só vejo desse mar

Uma nesga azulinha que se espraia

E nel`vislumbro ao longe uma catraia

Em que algum pescador anda a pescar...
*
*
Mais logo - talvez sim ou talvez não -

Pode bem ser que desça ao rés do chão

Abra a porta e apoiada ao andarilho
*
*
Que tem rodas, travões e até assento,

Vá até ao café em passo lento

E tudo o que sentir aqui partilho.
*
*
Mª João Bito de Sousa

14.06.2025 - 13.00h
***
11.
*
“E tudo o que sentir aqui partilho”

O sol, este calor que nos arrasa

A sesta que início aqui em casa

Depois de regressar e findo o trilho
*
*
Que percorri do Porto, e até com brilho,

Até chegar a Braga com grão na asa

Para lhe responder, jogando a vasa

De cartas e um soneto que é meu filho
*
*
Mas voltando ao verão, o que lhe digo

É que assim tão intenso é um castigo

Em vez de tempo bom para se andar
*
*
Por essa rua fora a ouvir cantigas

E ver flores bonitas, raparigas

Como essas que se exibem junto ao mar
*
*
Custódio Montes
24.6.2025
***

12.
*

"Como essas que se exibem junto ao mar"

Brincando com as ondas ou na areia...

Será que alguma delas é sereia?

Não o sei, não lho posso assegurar
*
*
Mas se nalguma delas vislumbrar

Escama que tanto brilhe que encandeia,

Mudarei, certamente, a minha ideia

E nelas passsarei a acreditar!
*
*
Por cá, no meu estuário azul turquesa,

Jurou Camões que as houve e que em beleza

As humanas deixavam para trás
*
*
Quando vinham espreitar jovens casais

Que se amavam em ternos rituais

Julgando estarem sós e terem paz...
*
*
Mª João Brito de Sousa

24.06.2025 - 22.00h
***

13.
*

“Julgando estarem sós e terem paz…”

Estando distraídas e a amar

Nunca pensando andarem a cocar

Olhando para a frente e para trás
*
*
Quem ama sem temor não é capaz

De à sua volta ver ou imaginar

Quem o queira seguir ou espiar

Seja mulher ou homem ou rapaz
*
*
Com chuva toda a gente se atrapalha

Mas no verão, na praia, com toalha

Há quem com jeito e arte e atrevido
*
*
Se esconda numa duna junto à areia

Com o sol de verão que encandeia

E estenda o seu olhar e apure o ouvido
*
*
Custódio Montes
25.6.2025
***

14.
*

"E estenda o seu olhar e apure o ouvido"

Não vá alguém escutar ou mesmo ver

O que então ali está a acontecer

Que, a amar, sempre se faz algum ruído...
*
*
Dizem que amor de V`rão é sem sentido,

Que é amor que se acaba antes de o ser,

Que não dura e depressa irá esquecer

Quem por amor assim for consumido...
*
*
Tudo o que sei e posso garantir

É que o meu levou tempo a consumir

Embora eu fosse ainda uma catraia...
*
*
Amor de V`rão da minha adolescência

Que nem se apercebeu da tua ausência:

"Começo do verão, tempo de praia"
*
*

Mª João Brito de Sousa

25.06.2025 - 00.00h
***

 

 

24
Jun25

O DIA EM QUE O MAR TREMEU - Reedição

Maria João Brito de Sousa

O DIA EM QUE O MAR TREMEU Imagem (1).png

Imagem processada pelo ChatGPT

*

O DIA EM QUE O MAR TREMEU
*


"A vista embebe na amplidão das vagas"

A velha mãe do jovem pescador

Mas nada enxerga além de pranto, dor

E um mar que, de tão cru, criava garras
*


Há quantos dias levantara amarras

E se fizera ao mar o seu amor,

O seu menino pleno do vigor

E da alegria própria das cigarras?
*


Sobre o areal branco o negro vulto

Confronta o mar num derradeiro insulto

Ao azul impassível que o roubara
*


E, toda raiva e fúria, avança agora

Rasgando as águas em que o filho mora:

Pra quê esperar se a dor já a matara?
*


Mª João Brito de Sousa

20.06.2022 - 13.45h
***

Poema criado a partir do verso final do soneto MATER DOLOROSA de Gonçalves Crespo e inspirado

pelas glosas feitas por Joaquim Sustelo ao mesmo texto poético.
***

23
Jun25

SONETO SEM TÍTULO IX

Maria João Brito de Sousa

GUERRA IMINENTE (1).png

Imagem gerada pelo ChatGPT

***

SONETO SEM TÍTULO IX
*


Vamos lá preparar-nos para a guerra

Com fisgas e forquilhas e bengalas

Pra tentar defender a nossa terra

De bombas de neutrões... e de cabalas!
*
*
Sei bem quanto a ameaça nos aterra:

De nada servirá fazer as malas

E correr para o mar ou para a serra,

Que de mísseis fugimos, não de balas!
*
*
Quem disse "sim" aos yankees na Terceira

Hipotecando assim as nossas vidas,

Os nossos sonhos, as nossas vontades?
*
*
Quem põe em risco a pátria toda inteira?

Quem a quer ver coberta de feridas?

Quem nos envolve em tais cumplicidades?
*

 

Mª João Brito de Sousa

25.06.2025
***

22
Jun25

VERÃO - Custódio Montes e Mª João Brito de Sousa

Maria João Brito de Sousa

VERÃO - Custódio e eu (1).png

Imagem gerada pelo ChatGPT

*

VERÃO
*


Começo do verão, tempo de praia

O tronco nu, ao sol e bem exposto

Moreno o corpo, o peito e todo o rosto

Vestidos sobretudo de cambraia
*
*
A perna nua, mal se vê a saia,

Pulseiras penduradas e com gosto

Em junho, julho e todo o mês de agosto

E andam namorados de olho posto
*
*
A sombra não se vê, anda apagada

O riso gira impante na esplanada

Há férias e festas, bailaçào
*
*
Convívios com amigos e jantares

Arruadas em festas populares

E tudo isso e mais há no verão
*
*

Custódio Montes
22.6.2025
***

VERÃO II
*


"E tudo isso e mais há no verão"

Que está a dar os seus primeiros passos

Neste ano de recursos muito escassos

Como vai sendo moda... ou tradição
*
*

Salto a fogueira do meu coração

Que para as outras não encontro espaços

E é assim que finto os meus cansaços

Quando festejo o bom do São João
*
*
Os mais jovens, erguendo os martelinhos,

Arrancam das cachopas mil risinhos

Que podem prometer - quem sabe? - um beijo...
*
*
Pobre do alho porro que, esquecido,

Em nome do progresso foi banido

E já não representa amor/desejo...
*
*

Mª João Brito de Sousa

23.06.2025 -21.30h
***

 

 

22
Jun25

ACORDEI - Reedição

Maria João Brito de Sousa

o DIA (1).png

Imagem gerada pelo Chat-GPT 

a partir da leitura/processamento do poema

*

ACORDEI
*


"Tive pena, muita pena por ser dia"

E saber irreal quanto sonhara

Naquele instante-quase-alegoria

Dum ideal que sempre me guiara
*


Acordei tarde e cedo entenderia

As razões da tristeza em que acordara

Num mundo que eu pintara de alegria

E que em tragédias mil se me depara.
*


Em sonhos o criara e já perdia

Esse ideal de mundo, essência rara

Que em sonho e só em sonho existiria

Já que a realidade é sempre avara
*


E não nos dá sequer a garantia

De a madrugada vir a nascer clara

Depois da tempestade ou da avaria

Ou dos ventos que varrem a antepara
*


Da barca deste mundo. Que ousadia

Sonhar o que sonhei! Isto não pára,

Que os loucos de um poder que eu mal sabia

Vão abrindo uma f`rida que não sara
*

 

Maria João Brito de Sousa

21.06.2020 - 14.20h
*

Poema inspirado e criado a partir do último verso do poema "SONHEI..." de Joaquim Sustelo
***

 

21
Jun25

O MONSTRO

Maria João Brito de Sousa

O MONSTRO pint (1).jpg

Imagem Pinterest

*

O MONSTRO
*


O Monstro ataca em força quando f`rido

Na vaidade que tem ou se pressente

Que vai ser confrontado e salta em frente

E grita e gesticula enlouquecido...
*


O Monstro é cauteloso e prevenido

Porque antes de atacar aguça o dente

E vai falando até fintar a gente

Que tremerá, depois, ao seu rugido...
*


Este Monstro repugna, mas convence:

Sabe usar a mentira em seu proveito

E raramente hesita quando o faz
*


E muito embora pouco ou nada pense

Já desistiu de andar de cravo ao peito

Mas ainda se diz cultor da paz.
*

 

Mª João Brito de Sousa

20.06.2025 -23.24h
***

 

 

 

 

20
Jun25

SONETO SEM TÍTULO VIII

Maria João Brito de Sousa

À minha Musa (1).png

Imagem gerada pelo Chat-GPT

após leitura/processamento do texto poético

*

SEM TÍTULO VIII
*


Tão só te procurasse e não te encontraria:

Fosses breve euforia em astro que orbitasse

E logo o desenlace, o fim da sintonia,

De mim te esconderia até que eu te olvidasse...
*


Trazes na tua face o sol do meio dia

E em perfeita harmonia aceitas que em ti trace

Um arco que te enlace em graça e fantasia,

Luz que em ti brilharia enquanto eu a mandasse...
*


Se mais alguém te amasse e eu não soubesse quem,

Perguntaria a alguém que o visse ou o soubesse,

Mas ninguém te conhece e eu sinto desdém
*


Por quem não queira bem a quem tanto enaltece

Não o que só parece e sim o que É... Porém,

Tudo em ti resplandece e eu estou-te sempre aquém...
*


Mª João Brito de Sousa

20.06.2025
***

À Musa que mora em mim

*

Soneto Alexandrino com rima entrançada

AB,BA,AB,BA - AB,BA,AB,BA - AC,CD,DC  - CD, DC, CD
***

 

 

 

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FÁBRICA DE HISTÓRIAS

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