Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
31
Dez24

SAUDAÇÃO FORMAL A 2025

Maria João Brito de Sousa

A_poignant_and_symbolic_scene_depicting_an_elderly_retry (2).jpg

Imagem gerada pelo Chat-GTP

a partir da leitura/processamento

do soneto abaixo

***

SAUDAÇÃO FORMAL A 2025
*


Boa noite ou bom dia, senhor Ano,

Faça favor de entrar, não fique à porta:

Espero que traga algum calor humano,

Desse que a todos toca e nos conforta...
*


O resto, senhor Ano, pouco importa,

A menos que nos traga algo de insano

Pior do que o que passa a folha morta

E atrás de si deixou tamanho dano...
*


Sabemos muito bem que nada pode

Contra as guerras, a fome e a pestilência

E que, nada podendo, não socorre
*


Seja quem for que implore por clemência

Pois só persegue o tempo e o tempo corre...

"Malgré tout ça", entrai, Vossa Inocência!
*


Mª João Brito de Sousa

31.12.2024/01.01.2025
***

 

"Malgré tout ça" - Apesar de tudo isto

 

30
Dez24

AFONIA

Maria João Brito de Sousa

A_melancholic_and_introspective_scene_inspired_by_ (1).jpg

Imagem gerada pelo Chat-GTP

na sequência da leitura/processamento

Do soneto abaixo

*

AFONIA
*


Caem-me os olhos neutros e despidos

Sobre a dureza crua da calçada:

Falam-me as pedras mas não dizem nada

Aos olhos vagamente constrangidos...
*


Procura o meu olhar novos sentidos

Mas a palavra mantém-se calada,

Muda de todo, fraca, amordaçada,

Sempre impotente face aos meus pedidos...
*


Não sei o que fazer com esta voz

Que teima em ficar muda e, se esforçada,

Emite um som que me parece atroz
*


Como a aflição dum`ave mergulhada

Num rio que não mais corre para a foz,

Embora nasça em fonte alvoroçada.
*


Mª João Brito de Sousa

30.12.2024 - 13.20h
***

 

26
Dez24

UM CONTO QUE NÃO É CONTO DE FADAS

Maria João Brito de Sousa

A_poignant_and_melancholic_scene_depicting_a_perso_retry (14) (1).jpg

Imagem gerada pelo Chat-GTP

a partir do soneto abaixo

*

UM CONTO QUE NÃO É CONTO DE FADAS
*


A vida não lhe foi conto de fadas,

Nem sequer vida foi, foi existência,

Foi montra com as luzes apagadas

Num desafio constante à desistência
*


Dos dias e das horas remendadas,

De sonhos sem sabor nem consistência,

De caixas de cartão no chão dobradas

E do fantasma de uma (e)terna ausência...
*


Certo dia acordou e desistiu,

Dobrou-se sobre si e enfim sumiu

Bem diante dos olhos que o fitavam
*

 

Se alguém o procurou, não sei dizer...

Tão pouco sei se quis, ou não, morrer,

Só sei que os seus sinais já lá não estavam
*


Mª João Brito de Sousa

25.12.2025 - 14.30h
***

 

26
Dez24

ESQUELETO

Maria João Brito de Sousa

A_poetic_and_evocative_depiction_of_an_ancient_ske_retry (1).jpg

Imagem gerada pelo Chat-GTP
a partir da "leitura" deste meu soneto
*


ESQUELETO
*


É um esqueleto antigo como tantos

Que há muito estão da carne despojados,

Bem como de seus trajes e seus mantos,

Dos quais sobraram, podres, uns bocados
*


Há muito que perdeu os seus encantos

E há quem o ligue a escravos ou soldados...

Sobre isso nada sei que os agapantos

Que a seu lado florescem, descorados,
*


Não mo confessam e ficam calados

Quais ossadas de incréus tornados santos...

Sigo em frente deixando abandonados
*


Os ossos vislumbrados. Quantos prantos

Terá chorado em tempos? Quão amados

Terão sido estes ossos... E por quantos?
*

 

Mª João Brito de Sousa

23.12.2024 - 18.00h
***

25
Dez24

CEIA DE NATAL

Maria João Brito de Sousa

xmas dinner pint (1).png

Imagem Pinterest

*

CEIA DE NATAL
*


Mil passas e corintos eu porei

No arroz que sonhei para o Natal

E um frango assado não vai nada mal

Com a abundante ementa que engendrei...
*


Um pão de ló molhado comprarei

Em vez de bolachinhas de água e sal

E o esparregado vai estar divinal

Temp`rado c`o vinagre em que pensei
*


De tanto imaginar lá acabei

Com uma indigestão descomunal

Das que só tem quem coma além da lei
*


E eu que não comi, que só sonhei,

Corro prós sais de frutos. Afinal,

Mais me enche um sonho do que um Bolo-Rei!
*

 

Mª João Brito de Sousa

22.12.2024 - 14.30h
***

 

PS - Não quis deixar de lado este divertido

soneto, mas a verdade

é que acabei por ter uma belíssima

Consoada em casa de um casal amigo 

que me mimou, me encheu de iguarias

e me ofereceu um presente de Natal lindo

e muito, muito quentinho. 

Eu e Assis em casa de Ricardo e Guida- Natal, 2024.JPG

ª

guida, Assis e eu com os presentes de Natal (1).JPG

24
Dez24

"A DIVINDADE É O MENOS IMPORTANTE"

Maria João Brito de Sousa

cloud tree pint copy.jpg

Imagem Pinterest

*

"A DIVINDADE É O MENOS IMPORTANTE"

Miguel Torga
*

 

"A divindade é o menos" importante,

Afiança Torga no verso final

Do seu poema de nome NATAL,

Hoje de mim tão perto e tão distante
*


Também julgo o divino irrelevante

É no Menino frágil e mortal

Que reside a Magia... Faço mal?

Faça ou não faça mal, sigo adiante
*


E ao parar junto à fonte, em Samaria,

Enquanto encho de água uma vasilha

E a levo à cabeça distraída
*


Vejo ao longe o burrico em que Maria

Segue c´o filho por rochosa trilha

E à morte o rouba pra que (en)cante a Vida!
*


Mª João Brito de Sousa

23.12.2024 - 16.00h
***

 

 

23
Dez24

QUE MAL, SE ME ALIVIA?

Maria João Brito de Sousa

Clouds pint copy.jpg

Imagem Pinterest

*

QUE MAL, SE ME ALIVIA?
*


Ao fundo há um rapaz que canta, canta, canta,

E me embala e me encanta até que fique em paz

Com quanto vem atrás. Não, não sou essa santa

Que sempre se suplanta e de tudo é capaz
*


Sou a que a lhe subjaz e, às vezes, pinta a manta:

Transmuto-me e sou planta assim que Amor me traz

Num pequeno cabaz, um não sei quê que espanta

Por ser tão pouca - ou tanta? - a visão que me apraz...
*


Talvez seja incapaz, talvez seja excessiva

Mas se aspiro a estar viva e alcanço um novo dia,

Presumo que a avaria ou mesmo a recidiva
*

 

Destrua esta cativa e assuma que a recria...

Que importa se utopia ou céu que se me esquiva,

Ou louca, ou fugitiva... que Mal, se me alivia?
*

 

Mª João Brito de Sousa

22.12.2024 - 23.45h
***

Soneto em verso alexandrino com rima duplamente entrançada

Pág. 1/3

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!