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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
08
Set23

GLOSANDO VITOR CASTANHEIRA

Maria João Brito de Sousa

desalento.jpg

QUE DESALENTO…

(DURA REALIDADE)
*

 

Em ruelas estreitas vão caindo:

Casas muito velhinhas sem ninguém

Como o tempo as matou, tudo fugindo

Veem-se uns velhos sós aqui e além
*


Nessas casas de pedra sem telhado

As portas e janelas já sumiram

Também já pouco resta do sobrado

Hoje apenas recordo os que me abriram
*


Com um sorriso a porta sem receio

Of’recendo bom queijo e pão centeio

Mostrando a mais humilde das ternuras
*


Com cuidado subi desfeita escada

As silvas a tornaram enfeitada

Onde subiram tantas almas puras.
*


ARIEH NATSAC

(Vitor Castanheira)

***

SORTILÉGIO
*


"Onde subiram tantas almas puras"

Voltarão a subir, se puras forem,

Outras almas forjadas nas agruras,

Caso as lembranças nelas se demorem
*


E se o dia chegar em que as lonjuras

Dos anos que passaram as devorem,

Sobrarão as memórias que descuras

Pra consolar as almas qu`inda chorem...
*


Brotarão novas plantas das ranhuras

Pra que as velhas escadas se decorem

De aromas e de seiva e de verduras
*


Que, na renovação, se comemorem

Com chaves a rodar em fechaduras

Surgidas do que as musas nos implorem.
*

 

Mª João Brito de Sousa

08.09.2023 - 00.30h
***

07
Set23

ESCREVESSE EU SONETOS GAGOS - Mª João Brito de Sousa e Helena Teresa Ruas Reis (Reedição)

Maria João Brito de Sousa

sonetos gagos.jpeg


ESCREVESSE EU SONETOS GAGOS...
*

Coroa de Sonetilhos
*

Maria João Brito de Sousa e Helena Teresa Ruas Reis
***

1.
*
Escrevesse eu sonetos gagos,

Ou mal falados, ou mudos...

Sonetos machos, barbudos,

Mas tão ternos quanto afagos
*


Que, em tocando, fazem estragos

Nos corações mais sisudos...

Mas não, os meus são veludos

Já pelo tempo esgaçados...
*


Cantasse eu versos que mordem

Como quem com fome beija,

Soubesse eu criar desordem,
*


Drama, ciúmes, inveja...

Acordes meus, não me acordem,

Se nenhum de vós gagueja!
*

 

Maria João Brito de Sousa - 23.06.2021 - 13.06h
*

Ao Fernando Ribeiro

***
2.
*

“Se nenhum de vós gagueja”,

Coisa de somenos vista,

Já eu roo-me de inveja

Porque a gaguez é de artista.
*

Curioso, que ao cantar

Sai-nos tudo de uma vez…

E melhor do que a rimar,

Que aí é que é ver “gaguez”!
*

Embalada em melodia

Pensáveis que eu escrevia

Mas, afinal, só cantava.
*

Porque se eu ga - gaguejasse

Haveria quem não esp’rasse

Para ler esta estopada!
*

Helena Teresa Ruas Reis - 27/06/2021
***

3.
*

"Para ler esta estopada(!)"

Garanto que pagaria

E até ga-gaguejaria

Não sendo gaga nem nada,
*


Só pra marcar a toada

Da rima que se recria

Dia e noite ou noite e dia,

Conforme a hora marcada
*


Se isto soa a pleonasmo,

Ou talvez contradição,

Não me liguem! Eu só pasmo
*


Que, com tanta produção,

Inda não sentisse um espasmo

Dos fatais... no coração.
*


Maria João Brito de Sousa - 27.06.2021 - 17.45h
***
4.
*

“Dos fatais... no coração”

É lá coisa que se diga!

Acaba-se a produção,

Fica fome na barriga.
*


Se soa a comparação,

É que o lanche já marchava

Mas a tal de inspiração

Chovia se Deus a dava…
*

Mas vou-me já à cozinha

Perdoem-me os vates todos

Se não se acharem cómodos.
*

Cenoura, courgette em linha,

Coentros, alguma aguinha,

O meu jantar é sopinha!
*

 

Helena Teresa Ruas Reis - 27/06/2021
***

5.
*

"O meu jantar é sopinha"

Que não "marcha" antes das dez,

Já que almocei - outra vez... -

Bem tarde, quase à noitinha
*


E isto de jantar sozinha

Tem vantagens, traz mercês,

Porquanto, às duas por três,

Viro costas à cozinha
*


E sem razões nem porquês

Vou treinando esta gaguez

Que, por ora, está fraquinha,
*


Mas, bem treinada, talvez

Ganhe aquela solidez

Que, creio, já se avizinha...
*


Maria João Brito de Sousa - 27.06.2021- 19.30h
***

6.
*

“Que creio já se avizinha”

Pelo cheiro que aqui sinto…

E podem crer que não minto,

Que a sopa se acha prontinha.
*

Não sofro já de gaguez

E fome não passo eu já.

Sem comer fico “gagá”

E então gaguejo outra vez!
*

Não queremos ficar fracas

Como velhas matriarcas

Num encontro obsoleto.
*

Nem que use como muletas

Esta sopita de letras,

Sonetilho e não soneto.

*

Helena Teresa Ruas Reis - 27/06/2021
***

7.
*

"Sonetilho e não soneto"

Se chama a esta estrutura,

Mais curtita na largura

Mas igualmente completo.
*


Será do soneto neto

Mas mantém-se à sua altura;

Belo como uma escultura,

De muitos será dilecto
*


E mantém toda a lisura

Do avô cuja postura

Vai imitando, discreto.
*

Não gagueja, nem descura

Ser um marco prá Cultura

E, para o poeta, um repto!
*


Maria João Brito de Sousa - 27.06.2021 - 21.30h
***

8.
*

"E para o poeta, um repto",

Provocação, desafio

Que só provoca arrepio

De usá-lo como um inepto.
*

Ancestralmente falando

Não sei onde fui buscar

Tal forma de versejar

Que ando para aqui usando.
*

Enfim, ao correr da pena

Vem-me à tona outro tema:

A poesia multiforme.
*

Se eu gaguejasse em poesia

Nem sei que graça acharia

Essa Musa que não dorme...

*

Helena Teresa Ruas Reis - 27/06/2021
***

9.
*

"Essa Musa que não dorme"

E que nunca foi "gágá"

Pode achar graça - eu sei lá...-

A quem gagueje ou performe
*


Verso gago que transforme

Uma graçola em maná...

Ou essa gaguez será

Coisa que muito a transtorne?
*


Só nos resta exp`rimentar

E se a Musa se irritar,

Assobiamos pró lado;
*


Eu nem sequer ga-gaguejo...

Foi talvez um bo-bocejo

De um verso mais ensonado
*


Maria João Brito de Sousa - 28.06.2021 - 11.25h
***

10.
*

“De um verso mais ensonado”

Fica a “gaguez” de um bocejo

Que sem pedir ou ter pejo

Surge, sem ser desejado.
*

Mas se vem à revelia,

Verdade é que se finou…

Pois depois que descansou

Acordou em novo dia.
*

Se a Musa se transtornar,

Depressa a vamos lembrar

Que dormir é bom remédio
*

Pois, ficar a bocejar

É pior que gaguejar:

Dá-te sono e dá-te tédio.
*

Helena Teresa Ruas Reis - 28/06/2021
***

11.
*

"Dá-te sono e dá-te tédio"

Ta-ta-tanto bocejar

E Morfeu, sempre a rondar,

Faz-me pensar em assédio...
*


Contudo, neste meu prédio,

Toda a gente é de fiar...

Morfeu que se vá lixar;

Está na hora do remédio!
*

Engulo duas pastilhas

Mais rijas do que cavilhas

Que "empurro" c`um copo d`água
*


E, do almoço esquecida,

Ve-versejo embevecida;

Vem o verso e vai-se a mágoa!
*


Maria João Brito de Sousa - 28.06.2021 - 14.36h
***

12
*

“Vem o verso e vai-se a mágoa”,

Que se lixem gargarejos,

P’ra eles os meus bocejos

Ferventes na pouca água!
*

Ora, não querem lá ver?!

Se eu tiver dor de cabeça

Não será porque mereça

Mas porque estou a ferver...
*

Pastilhas eu não engulo…

Podem colar-se ao casulo

Da minha pobre garganta.
*

Porém, se for necessário,

Deixo aqui um corolário

Que ajude a pintar a “manta”

 

Helena Teresa Ruas Reis - 27/06/2021
***

13.
*

"Que ajude a pintar a manta"

Com cor que seja bem viva

Pois, se é viva, a cor cativa

Quem pela manta se encanta
*


E se acaso essa cor espanta

Por ser muito apelativa,

Ga-ga-gagueja a comitiva

Que, ao olhá-la, se ataranta;
*


- Mas que pre-preciosidade!

Nada vi que mais me agrade!

Que manta tão-tão-tão bela!
*


Se não a confeccionou,

Di-di-diga onde a comprou,

Quanto pa-pagou por ela?
*


Maria João Brito de Sousa - 28.06.2021 - 17.42h
***

14.
*

“Quanto pa… pagou por ela?”

Paguei por ela… eu sei lá

Se aquilo que valerá

Faz jus a coisa tão bela!
*

Eu até fico amarela

Por estar quase a gaguejar

Que p’ra manta apregoar

Até me falha a goela…
*

Tem colorido a preceito!

A nossa manta tem jeito

‘Inda que feita aos bocados.
*

Quem quiser igual assim

Aprenda porque aqui vim:

“Escrevesse eu sonetos gagos”!
*


Helena Teresa Ruas Reis - 27/06/2021
***

 

NOTA - Tema inspirado no "Fado Mal Falado" de Hermínia Silva e no "Fado Gago" de Sérgio Godinho
*

RESERVADOS OS DIREITOS DE AUTOR

06
Set23

MARÉS VIVAS

Maria João Brito de Sousa

marés vivas 2.jpg

MARÉS VIVAS

ou

"POR MARES NUNCA DANTES NAVEGADOS"
*


Estava tão perto o mar e o nevoeiro

Tão espesso quanto um muro de cimento

Turbava-lhe a visão desse veleiro

Que, ligeiro, avançava contra o vento
*


Do mar sentia tão somente o cheiro

Que, do resto, tão só pressentimento

De velho e exp`rimentado marinheiro

Que de cor sabe as manhas deste tempo...
*


À Barca, quem a vê, quem a adivinha,

Se ela contra as marés ruma sozinha

E se, em silêncio, vai seguindo em frente?
*


Avança a dois milénios por segundo

Sem temer adernar, sem ir ao fundo,

Admirável, talvez... mas imprudente.
*


Mª João Brito de Sousa

06.09.2023 - 15.00h
***

ia.jpg

05
Set23

GLOSANDO JOAQUIM SUSTELO- Reedição

Maria João Brito de Sousa

lapsos de comunicação.jpg

GLOSANDO JOAQUIM SUSTELO

Mote:

«Há sempre qualquer coisa por dizer

Que fica entre a presença e a saudade

Adentra no suave entardecer

E vai-se, como vai a claridade.»
*

Joaquim Sustelo
*
Do soneto: “Há Sempre Algo”

in "Palavras por Dizer"
*

Glosa
*

LAPSO DE COMUNICAÇÃO
*

 

"Há sempre qualquer coisa por dizer",

Qualquer coisa que escapa, que se evade,

Mas que, depois, recobra a densidade

De um não-sei-quê que ousou nunca nascer,
*

 

"Que fica entre a presença e a saudade",

Como se em ambas fosse esse acender

- ou, de ambas, quanto falte para o ser... -

Da luz, na mais perfeita intensidade
*


"Adentra no suave entardecer",

Intriga-nos se, mesmo ao decrescer,

Nos nega a sensação de saciedade
*


"E vai-se, como vai a claridade",

Quando, por fim, começa a esmorecer

Sem se apagar, por não saber morrer.
*


Maria João Brito de Sousa

03.09.2016 - 20.05h
***

04
Set23

O SONETO E EU - Reedição

Maria João Brito de Sousa

Unbekannt_-_Woman_using_a_loom_Sweden_1936_-_(MeisterDrucke-701271).jpg

Tela de autor desconhecido, retirada daqui

 

O SONETO E EU
*


Desde a mais tenra idade o conheci,

Que meu avô paterno era escritor

E os tecia, ainda com fervor,

No tempo já distante em que nasci.
*


Por tão bem conhecê-lo é que temi

Sua complexidade e seu rigor:

Chamavam-me poeta mas, valor,

Nunca encontrei no tanto que escrevi...
*


Só aos cinquenta e cinco me atrevi

A dedilhar-lhe o verso e a compor

Um soneto qualquer, que já esqueci
*


Não sei se era melhor, se era pior,

Do que este que vos deixo agora, aqui,

Mas teci cada verso em fios de amor.
*

 

Maria João Brito de Sousa

13.07.2018- 17.19h
***

03
Set23

GLOSANDO ROSA REDONDO - Reedição

Maria João Brito de Sousa

Glosando Rosa Redondo.jpg

GLOSANDO ROSA REDONDO
*

SETEMBRO
*

Em Setembro, os tons ocres da folhagem,

São prenúncio da mudança de estação,

As férias são agora, uma miragem

É tempo de dizer adeus ao Verão
*

O Outono já se faz anunciar

Já mostra o arvoredo de outra cor

Folhas mortas rodopiam pelo ar,

A brisa, é mais fresca…sem calor.
*

Em Setembro, já não vejo as andorinhas,

As cigarras já deixaram de cantar!

É tempo da labuta lá nas vinhas,

Novo ciclo de trabalho, a começar.
*

Os dias já em fase decrescente,

No Céu pairam as nuvens de algodão,

Olhei agora o Sol, lá no poente

Pedi-lhe que ilumine esta Nação.
*


4 de Setembro 2015

Rosa Redondo
***


UMA ESTRANHA VONTADE DE VOAR
*

"Em Setembro os tons ocres da folhagem",

São de uma tal beleza que me esqueço

Do gélido prenúncio desta aragem

Que me magoa e tolhe, em que arrefeço...
*

"O Outono já se faz anunciar"

E eu rendo-me à beleza da paisagem:

Se aceito a perspectiva de gelar

Aceito-a sem remédio... e sem coragem.
*


"Em Setembro não vejo as andorinhas",

Mas a minha palmeira - a que resiste... -

Vai abrigando as outras avezinhas:

Olho-a de frente e esqueço que estou triste.
*


"Os dias, já em fase decrescente"

Vêm lembrar-me as contas a aumentar

E em mim, que não sou ave e estou doente,

Nasce uma estranha urgência de voar.
*


Maria João Brito de Sousa

20.08.2016 - 15.08h
***

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