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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
31
Out22

(COM)PASSOS COM PÉ

Maria João Brito de Sousa

15350438_1404734159551194_2443628043079546835_n.jpg

(COM)PASSOS COM  PÉ
*


Meu canto é livre e corre mais que o vento,

Que a música não prende, antes liberta

Essa força a que alguns chamam talento

E outros chamam Musa ou chama incerta
*


Pode o compasso ser mais turbulento,

Ou ir pé-ante-pé à descoberta

De um som que o encha de contentamento

E da cadência exacta que o desperta
*


Pra que a ideia flua e não tropece

Nas armadilhas que a linguagem tece,

Tem de ser o ouvido o seu maestro
*


E assim toca a orquestra a sinfonia

Que uma ideia componha em sintonia

Com algo a que eu, teimosa, apodo de Estro.
*


Mª João Brito de Sousa

31.10.2022 - 10.45h
***

29
Out22

A FLORESTA - Reedição

Maria João Brito de Sousa

PÃ E A GRAVIDADE DA MAÇÃ VERDE - 1999 (5).jpeg


A FLORESTA - Reedição
*

 

Pintei numa floresta cogumelos

Sob árvores azuis, como Gauguin,

E adornei as neblinas da manhã

De violetas e de ocres muito belos
*

 

Fui colorindo o fundo de amarelos,

Conversei com Diana, abracei Pã,

Provei o verde polme da maçã

E entrancei ramos de hera nos cabelos...
*

 

Não houve nenhum sol, nenhuma lua

Que ousasse reclamar-me a sua posse,

Ou que reivindicasse o seu destino,
*


Porque ela, omnipresente, agreste e nua,

De aspecto inacabado e sabor doce,

Nasceu-me de um soneto em desatino.
*

 

Maria João Brito de Sousa

25.09.2009
***

28
Out22

NA ENXURRADA

Maria João Brito de Sousa

23800107_1760561130635160_2124467080509654599_o.jpgico

NA ENXURRADA
*


Nas veias do tempo, correm vida e morte,

Ambas em desnorte e ao sabor do vento

E ouve-se um lamento, ora suave, ora forte,

Conforme o recorte do seu sofrimento...
*


Arde em fogo lento sem que alguém se importe

Esse que anda à sorte por não ter sustento

E eu que o não fomento, nem lhe sou consorte,

Dar-lhe-ei suporte? Não posso, mas tento
*


Já que me apresento pra representá-lo

Porque de si falo tendo eu quase nada

E se, despojada, não posso ajudá-lo
*


Posso bem escutá-lo e senti-lo, magoada...

Vou na enxurrada, não posso evitá-lo,

Mas porque o não calo, não morro culpada.
*


Mª João Brito de Sousa

28.10.2022 - 10.00h
***

27
Out22

DE MADRUGADA - Custódio Montes e Mª João Brito de Sousa

Maria João Brito de Sousa

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DE MADRUGADA
*

Coroa de Sonetos
*

Custódio Montes e Mª João Brito de Sousa
***

1.
*


De madrugada acordo no escuro

Mas vejo com clareza alvorecer

A ideia nasce logo a florescer

Como fruto nascido e já maduro
*


Depois escalo a árvore e apuro

Aquele que aos olhos parecer

Mais belo. Lanço a mão a escolher

E pronto, agarro o fruto bem seguro
*


A ideia sabe bem e alimenta

O ego agiganta a fantasia

É como alimento que sustenta
*


O poder que nos leva à magia

Nos mantém a alegria e nos aumenta

O gosto que nos dá a poesia
*

Custódio Montes

24.10.2022
***

2.
*

"O gosto que nos dá a poesia"

É um fruto carnudo e agridoce

Que assim que nasce de mim toma posse

E toda me transforma em melodia...
*


A madrugada dá lugar ao dia

- e mal de todos nós se assim não fosse -

Para que o novo fruto nos remoce

Em talento, em vontade e harmonia
*


Por vezes sou tão lenta a (re)colhê-lo

Que tropeço, me enredo e me atropelo

Longe do fruto com que mato a sede
*


Mas não desisto! Mesmo desastrada

Porque vacilo desequilibrada,

Alcanço o fruto que a Musa me pede.
*


Mª João Brito de Sousa

24.10.2022 - 12. 53h
***


3.
*

“Alcanço o fruto que a musa me pede”

E bem gulosa é que muito come

Pois cada fruto a mais que assim consome

Aumenta-nos a luz que nos concede
*


Não é qualquer doença que a impede

De nos trazer poemas em seu nome

Que saciam e matam nossa fome

E em troca nada exige e nada pede
*


Por isso, obrigado minha amiga

Que quero os seus poemas e prossiga

Nessa arte que tem a poetar
*


Embora o corpo não nos obedeça

Importa é que a ideia e a cabeça

Nos traga a fantasia e o sonhar
*

Custódio Montes

24.10.2022
***

4.
*

"Nos traga a fantasia e o sonhar"

Que o sonho é também fruto, dá semente

E estará sempre à mão de toda a gente

Colhê-lo pra depois o semear
*


Obrigada por sempre me aturar,

Inda que estando a minha Musa ausente

Eu escreva muito, muito lentamente

E possa nalgum verso coxear...
*


Para fugir à dor, fiquei sem Musa,

Porque ela, caprichosa, se recusa

A aceitar esta minha lentidão
*


E mal aclara um pouco a madrugada

Ei-la que parte triste e amuada

Porque - diz-me ela - falta-lhe a paixão...
*


Mª João Brito de Sousa

24.10.2022 - 15.50h
***

5.
*

“Porque - diz-me ela - falta-lhe a paixão”

Mas ela é mentirosa e trato-a mal

Porque a musa ao saber que é maioral

Devia ter na língua contenção
*


Devia até meter-se na prisão

Depois de condenada em tribunal

Como difamadora, tal e qual

Com custas do processo e punição
*


Por esta passa, amiga, estou a ver

Que lhe vai perdoar sem merecer

Que ela bem merecia até cadeia
*


Concordo, que o poeta, na verdade,

Dá à musa tamanho à vontade

Com que ela muitas vezes nos cerceia
*

Custódio Montes

24.10.2022
***

6.
*

"Com que ela muitas vezes nos cerceia"

Porque embora insubmissa, se se entrega,

Dá o melhor de si quebrando a regra

Que impõe limites à humana ideia
*


Sim, eu perdôo sempre a quem anseia,

- mesmo sabendo que hoje se me nega -

Por estar comigo sempre que a refrega

Se mostra mais agreste e dura e feia...
*


Mas também na bonança me acompanha

Essa que é tão pequena quão tamanha

E a quem só por graça chamo Musa
*


Se a condenasse, a mim me condenava,

Que ela é parte de mim, não minha escrava,

E eu que faria ao ver-me, assim, reclusa?
*


Mª João Brito de Sousa

24.10.2022 - 21.10h
***

7.
*

“E eu que faria ao ver-me, assim, reclusa?”

Clamava por justiça e piedade

Afirmaria então sua bondade

E talvez o juiz lhe desse escusa
*


Quando se é uma só e mais a musa

Se condenarmos esta, na verdade,

Iriam pró aljube em irmandade

Ficando junto a ela lá reclusa
*


Por isso volto atrás e escondo a mão

Já não lhe meto a musa na prisão

Porque prendo-a a si prendendo ela
*


Deixemo-la voar que vá embora

De madrugada volta a qualquer hora

Que já se sente ao longe a barca bela
*

Custódio Montes

25.10.2022
***

8.
*

"Que já se sente ao longe a barca bela"

Em que as musas embarcam pra voltar

Quando cansadas já de olhar o mar

Decidem, finalmente, içar a vela
*


Enquanto debruçado/a na janela

O/A poeta tudo faz para a avistar

E em avistando, corre pr`abraçar

Esse tanto de si que embarcou nela
*


Da madrugada é que renasce o dia

Que às vezes traz as vestes da harmonia

E que, outras vezes, veste plúmbeos mantos...
*

Hoje, porém, só penso na alegria

Que o retorno da Musa me traria

Caso ela me emprestasse os seus encantos.
*


Mª João Brito de Sousa

25.10.2022 - 10.35h
***


9.
*

“Caso ela me emprestasse os seus encantos”

E empresta bem se vê a sua mão

Porque quem ela habita em união

Fá-la cobrir e andar sob seus mantos
*


Não vem desafinando nos seus cantos

Que vão de onda em onda em amplidão

Ouvidos com amor e admiração

Adorados até por tantos, tantos …
*


Por isso não desdiga a sua sorte

Que até com a doença é muito forte

E se é tão forte assim não se lamente
*


A matéria esvai-se e modifica

E o que interessa ao mundo e nele fica

É o poder da alma e sua mente
*

Custódio Montes

25.10.2022
***

10.
*

"É o poder da alma e sua mente"...

Ah, não desdenhe a carne, que fraqueja,

Mas que obedece à mente enquanto esteja

Capaz de pôr em verso o que ela sente
*


E que, em falhando, bem pouco consente

A quanto essa pobre alma tanto almeja:

Se o corpo, entorpecido, só boceja,

Não gera a mente fruto nem semente!
*


Por mais que o sol nascente ouse tentá-la

E a evadida Musa volte à sala

Em que a carne tombara adormecida,
*


Não os vê o/a poeta que sucumbe

Ao poder de Morfeu quando o/a incumbe

De ressonar dois dias de seguida.
*


Mª João Brito de Sousa

26.10.2022 - 12. 25h
***

11.
*

“De ressonar dois dias de seguida….”

Mas se ressona, dorme e também sonha

Com coisa linda, não coisa medonha

Mas se medonha for só na dormida
*


Porque sendo poeta e já crescida

Nada lhe mete medo ou que se oponha

Ao seu dom aguerrido ou que suponha

Que não é heroína destemida
*


Ressone que depois vai descansar

Que o corpo relaxado junto ao mar

Vai ficar como novo, em sanidade
*


Depois ao acordar, de madrugada,

Vai ver que ficará mais descansada

E até quase a voltar à mocidade
*


Custódio Montes

26.10.2022
***


12.
*

"E até quase voltar à mocidade"

Brincarei, que em verdade não ressono

(ou não me ouço, que é pesado o sono

e eu não acordo com facilidade...)
*

 


Também hoje Morfeu toda me invade,

Mas eu, rebelde como cão sem dono,

Resisto como posso ao abandono:

Vigil, lutei contra aquela deidade!
*

 

Pra colher tantos frutos quanto pude,

Reinava ainda um céu negro de crude,

Já eu escapava ao seu sereno enlevo
*


E antecipava o alvor da madrugada...

De pouco me valeu, ou quase nada,

Que bem depressa esqueço o que não escrevo.
*

 


Mª João Brito de Sousa

26.10.2022 - 17.45h
***

13.
*

“Que bem depressa esqueço o que não escrevo”

Então se acordar de madrugada

Escreva o que pensou numa penada

E vai ver logo a ideia em relevo
*


Ao vir a ideia penso e eu me enlevo

E mesmo com a luz meio apagada

Penso, componho e assim organizada

À forma de poema então a levo
*


Assim escrevo muita poesia

O que me dá prazer e alegria

Sobre qualquer assunto que interesse
*


Ali apanho um fruto ou uma flor

Trato todo o jardim com muito amor

E ando sempre a ver como floresce
*

Custódio Montes

26.10.2022
***

14.
*

"E ando sempre a ver como floresce"

O jardim que recebe as madrugadas

Tal qual conclama estrelas afastadas

Que o seu olhar profundo coalesce
*


Depois, de madrugada, a Musa cresce,

Vai-se pintando o céu de auras rosadas,

Recolhe-se a coruja nas arcadas

E, por breves instantes, nada mexe...
*


Tudo parece estático, impassível,

Nesse momento mágico, (in)tangível,

Etéreo mas tão espesso quanto um muro
*


Que separasse a luz da escuridão...

No espanto desse instante escrevo então:

"De madrugada acordo no escuro"!
*

 

Mª João Brito de Sousa

26.10.2022 - 20.50h
***

 

 

 

 

 

26
Out22

POEMA/PÃO

Maria João Brito de Sousa

pão.jpg

POEMA/PÃO
*


Escrevo pra ti que vens de olhos pasmados

Matar nestes meus versos fome e sede:

Possam teus sonhos ser alimentados

Por quanto pão meu espanto te concede
*


Se te não são, nem foram dedicados,

Servi-los-ei à fome que mos pede

Mal a pressinta aqui, de olhos poisados:

Que lhe faça proveito o que me excede!
*


E mais razão nenhuma me mantendo,

Não reconheço justa outra razão

Senão a que talvez me vá perdendo
*


Mas à qual nunca irei dizer que não:

Pra que o que sinta fome os vá comendo,

Cozinho versos como quem faz pão.
*


Mª João Brito de Sousa

In A CEIA DO POETA

Inédito

***

22
Out22

SORTE

Maria João Brito de Sousa

 

Fortuna.jpg


A Fortuna de Olhos Vendados - Tadeusz Kuntze, 1754

(Wikipédia)
*


A SORTE
*

 

A sorte, amigos meus, quando bafeja

Alguém que não desdenhe a própria vida,

Pode vir como gota que goteja,

Ou irromper de um jorro, decidida
*


E seja ela aquilo que ela seja,

Não faz caso da porta que a convida,

Não quer saber da mesa que a festeja

E vai-se assim que encontra uma saída
*


A sorte não tem cor mas tem poder,

Nunca cuida de qu`rer a quem a quer

E muito raramente é justiceira
*


Pois nada enxerga e não sabe escolher

Quem dela necessite por não ter

Como sobreviver de outra maneira.
*

 

Mª João Brito de Sousa

In A CEIA DO POETA

Inédito

***

 

21
Out22

NÓS, SONETISTAS

Maria João Brito de Sousa

O berço das estrelas.jpg

NÓS, SONETISTAS
*


Cada vez somos menos e mais velhos,

Obreiros do soneto em português...

Mas nós que não vergámos os joelhos,

Que enfrentámos de pé cada revés
*


Que só da Musa ouvimos os conselhos

Apesar da cegueira e da surdez

Dos que em nós nada vêem senão espelhos

Da sua (im)ponderada insensatez
*


Nós que, como os demais, fomos passando

Para acabarmos não sabendo quando

Mas não sem darmos voz ao que vivemos
*


Nós, os constantemente apaixonados,

Nós, que açoitámos deuses e mercados,

Nós, que partimos... Nós, que ficaremos!
*

 

Mª João Brito de Sousa

20.10.2022 - 21.30h
*

Ao poeta e sonetista José Manuel Cabrita Neves

In Memoriam

1943/2022
***

 

 

 

 

 

 

20
Out22

PUDESSE EU SER O MAR

Maria João Brito de Sousa

Eu a nadar em Tomar, Hotel dos Templários (2).jpg

PUDESSE EU SER O MAR
*


Pudesse eu ser o mar em que navega

A minha Musa errática e distante,

Ou no mar naufragar seguindo avante,

Alcançar quanto a Musa me não nega...
*


Pudesse eu ver, conquanto estando cega,

Ao longe a minha Musa navegante

E estando surda ouvir o som cantante

Da partitura que hoje se me nega
*


Mas, vendo, nem sinal da Musa vejo

E, ouvindo, tudo o que oiço é o meu Tejo

A perder-se no mar onde eu, perdida,
*


Tento avistar ou Musa, ou partitura,

E nada encontro, tanta é a lonjura,

Tal a imensidão do mar da Vida...
*


Mª João Brito de Sousa

20.10.2022 - 12.00h
***
***

19
Out22

A MENTIRA

Maria João Brito de Sousa

ferreiro (2).gif

Imagem retirada daqui

 

A MENTIRA
*


Levo à bigorna o ferro incandescente

Da palavra mentira. A fundição

Que a fez chegar ao ponto de fusão

Tornou-a numa massa incandescente
*


Mas nem fundida se torna inocente

Pois veste a capa da contradição

E insiste em iludir-nos a razão

Ao afirmar sentir o que não sente
*


Que sempre que a mentira se agiganta

E deixa de ser pouca pra ser tanta

Que alastra e contamina a Terra inteira
*


Não há fogo, nem malho, nem bigorna

Que a possam anular, que ela retorna

E consegue passar por verdadeira.
*

 


Mª João Brito de Sousa

19.10.2022 - 10.30h
***

Pág. 1/3

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