Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
31
Jan22

LUME E CINZAS

Maria João Brito de Sousa

Eu, 1975.jpg

LUME E CINZAS

*

 

"Num cair bailado, flutuante e breve"

Vejo, debruçada na minha janela,

Uma coisa estranha, branca, fria e bela

Que nunca antes vira mas que sei ser neve...
*


Conhecendo-a apenas por quem ma descreve,

Ao tentar tocá-la, sinto que enregela...

Recuo num pulo e retiro à cautela,

Que esta mão gelada a mais nada se atreve!
*

 

Confesso que minto porque, em tempos idos,

Deixei sobre a neve rastos bem compridos

E até um boneco moldei lá no cume
*


Quando, de tão jovem, nunca recuava;

Viessem nevões, tempestades, lava...

Como não sorrir-lhes se eu própria era lume?
*


Mª João Brito de Sousa

30.01.2022 - 14.40h
*

 

Soneto hendecassilábico criado a partir do verso final do soneto "Sem Fria Nortada" de MEA.

27
Jan22

FIO A FIO

Maria João Brito de Sousa

A TECEDEIRA DE BARCAS, 1999.jpg

FIO A FIO
*

 

Bebeu um capuccino amargo/doce,

Penteou os cabelos prateados,

Arrumou as ideias e deitou-se

Sobre os lençóis de linho amarrotados
*


Guardou o verbo. Fosse como fosse,

Quem lhe leria os versos ensonados

Que nessa tarde a velha Musa trouxe

Coxos, banais e um tanto martelados?
*


Rendeu-se e mergulhou num fundo sono,

Feliz por não ter medo nem ter dono,

Grata por não ter dor nem sentir frio
*


Quando a manhã chegar, se cá estiver,

Talvez sorria por poder dizer

Que assim se tece em vida. Fio a fio.
*

 

Mª João Brito de Sousa

27.01.2022 - 11.15h

***

26
Jan22

CUIDADO COM AS IMITAÇÕES!

Maria João Brito de Sousa

piano desafinado.gif.crdownload

Imagem retirada daqui

 

CUIDADO COM AS IMITAÇÕES!

(Sonetos de Contrafacção)
*


Leio SONETO e vou, sedenta, atrás

Do que o nome indicava... e que o não era...

Se encontro essa palavra, fico à espera

De ler o que escreveu alguém capaz
*


De saber o que diz e o que faz

E não de quem persegue uma quimera

Que nunca alcança pois se não supera

Por muito que se tenha por audaz...
*


Não bastam duas quadras, dois tercetos

E algumas rimas, pra escrever sonetos;

Tem de saber-se o que um soneto é
*


Pois versos sem cadência, nem compasso,

Quase sempre redundam no fracasso

De uns sons desafinados e sem pé.
*

 

Mª João Brito de Sousa

26.01.2022 - 07.30h
***

25
Jan22

UNS MEROS RASGOS DE IMAGINAÇÃO

Maria João Brito de Sousa

boneca-de-trapos.jpg

UNS MEROS RASGOS

DE IMAGINAÇÃO
*


No reino das princesas e dos sapos,

Sobe ao palanque, muito ingenuamente,

Uma boneca feita dos farrapos

Que antes vestiram muito boa gente
*


Traz um discurso escrito em guardanapos,

Em lugar de uma boca exibe um pente

E, a fazer de olhos, deram-lhe dois cacos

De vidro muito fino e transparente:
*


"Aos sapos e princesas deste mundo,

Venho propor coragem, muita acção

E um entendimento mais profundo
*


Sobre esta nossa ingrata condição;

Voláteis fantasias de um segundo

Ou meros rasgos de imaginação!"
*

 

Mª João Brito de Sousa

24.01.2022 - 10.00h

***

21
Jan22

MOVER MONTANHAS - Coroa de Sonetos - Mª João B. Sousa e Ró Mar

Maria João Brito de Sousa

Mátria.jpg

MOVER MONTANHAS
*
Coroa de Sonetos
*

Mª João Brito de Sousa e Ró Mar
*
I
*

Não te procurarei até que venhas

E que tragas contigo o que levaste

De mim, que te dei mais do que sonhaste,

De mim, que hoje abandonas e desdenhas
*


Como se as tuas glosas fossem estranhas

Aos versos que comigo partilhaste...

Voa, então, até onde te encantaste

Ainda que voando me detenhas
*


Mas se em verdade, Musa, me olvidaste,

Enquanto noutras vozes te entretenhas

Ache eu a voz da voz que em mim calaste
*


E ainda que me perca se me ganhas,

É no poema que hoje me negaste

Que encontro a força pra mover montanhas.
*


Mª João Brito de Sousa

19.01.2022 - 13.45h

***
II
*

"Que encontro a força pra mover montanhas"
E destrono a Musa feiticeira,
Que de repente em manhas e artimanhas
Dá volta ao miolo e traz canseira!
*

Ah, como me apraz saber-me capaz
De improvisar sem ter fada madrinha
P'ra o toque final, tão bem que isso faz!
Não sendo ingrata, também sou estrelinha!
*

Venha o pôr do Sol, que eu desfilo ao lado!
Haja mar altaneiro e mais natureza
Para me consolar no poema amado!
*

Se tiveres de novo a delicadeza
De sobrevoar o meu céu estrelado
Serás o luar dos meus dias de tristeza.
*

© Ró Mar | 20/01/ 2022

***

III
*

"Serás o luar dos meus dias de tristeza"

E o sol das minhas noites de alegria,

Mas fada não serás onde a magia

Seja maior que o pão que levo à mesa...
*


Se sou plebeia, serás tu princesa

De um reino que nem sei se principia

Ou finda assim que cessa a melodia

A que vou estando noite e dia presa?
*


Existirás pr`além da teoria

E serás, realmente, a chama acesa

Duma candeia que só me alumia
*


Quando a palavra voa e me não pesa?

Musa, não sei que chama ardente ou fria

Soube acender em mim tanta incerteza...
*


Mª João Brito de Sousa


19.01.2022 - 23.30h
***

IV
*
"Soube acender em mim tanta incerteza..."
Por minha culpa, entreguei o coração
Num dia núveo p'ra sentir firmeza
Na minh' alma ao compor uma canção;
*

Mas, dias não são dias, hoje sei bem
O quanto tu me amaste na surdina;
Se me foges é porque queres-me bem
E eu sempre preciso da lamparina...
*

Ah, quantas as noites o Morfeu não vem!
E, o que me têm acesa noite adentro
És mesmo tu: ó Musa de todos sem...
*

Querubina da colina, epicentro
Da retina, qual o horizonte advém
Liberto, peculiar do circuncentro!
*

© Ró Mar | 20/01/ 2022

***

V
*
"Liberto, peculiar do circuncentro(!)",

Polígono imperfeito, deus de barro,

Espiral de fumo ou cinza de cigarro

E tudo o mais que exista cá por dentro
*


Quando de ti me afasto e desconcentro

E nunca sei se agarro e quando agarro...

Desse abraço improvável e bizarro

Há-de nascer a luz de um céu cruento
*


Montanhas trazes dentro do teu tarro

E algumas são de ferro e de cimento

Ainda fresco ou já mostrando o sarro
*


Do tempo em imparável movimento

Como se o ir e vir de um autocarro

Que não tem um motor nem traz assento
*


Mª João Brito de Sousa

20.01.2021 - 11.00h
***

VI
*
"Que não tem um motor nem traz assento"
E este carcomido, desamparado,
Onde a poeira aninha no argumento
Ressaltando o tempo pré-encerrado!
*

Por mais que abra janelas p'ra arejar
A maleita está aqui de tal forma,
Que não resta dúvida a despistar
Nem exclamações, tornando-se norma.
*

O vai-e-vem de engrimância na escalada
Ressalta, saltam os carretos, teia
Premiando a permuta prá 'pousada'.
*

Imagético, contudo recheia
De esperança o olhar da voz calada
E os dedos tremulando a ideia!
*

© Ró Mar | 20/01/ 2022
***

VII
*

"E os dedos tremulando a ideia",

Movem montanhas, plantam mil florestas

E, solidários, limam as arestas

Das estrelas-do-mar na maré cheia
*


Ninguém os pára, ninguém os refreia;

Nem os arqueiros com as suas bestas

Podem abrir mais que pequenas frestas

No muro de vontade que os rodeia
*

E se cansados fazem suas sestas

No sal do mar, em castelos de areia,

Jamais as horas lhes serão funestas
*


Que à noite hão-de ter astros para a ceia

Degustados ao som de mil orquestras

Conduzidas por uma só sereia.
*


Mª João Brito de Sousa

20.01.2022 - 15.40h
***

VIII
*
"Conduzidas por uma só sereia"
É mote de génio, que iça esta barca
Cambaleante entre o mar e a candeia
Na mística e aventurada matriarca;
*

Protetora das ninfas Oceânides
Criadora de floreado marítimo,
Que ascende às excelsas efemérides,
Ah, Tétis, Musa do vento Oceânico!
*

Move-se a Terra e ascende-se aos Céus
Neste belo pedaço mitológico
Onde se faz viagens pelos ilhéus;
*

Metáforas de mérito cronológico
Filiadas na Lumena dos coruchéus
Onde nasce o poder morfológico.
*

© Ró Mar | 20/01/2022
***

IX
*

"Onde nasce o poder morfológico"

E a lógica se despe de sentido,

Surge um ardor imenso e desmedido

Como se o surrealmente fisiológico
*


Nascesse, por acaso, num zoológico

E fosse um estranho sem nunca o ter sido...

Ah, quem o não teria enaltecido

Se fosse belo e sábio ou antológico?
*


Vogasse a Barca num mar já rendido

Ao vírus mais letal, mais patológico

E fosse o tripulante dissolvido
*


Num punhado de plâncton ideológico...

Seja este poema aceite ou proibido,

Nada do que foi escrito é escatológico!
*

 

Mª João Brito de Sousa

20.01.2022 - 17.20h
***

X
*
"Nada do que foi escrito é escatológico"
São meros laivos de raízes profundas
Ao vocábulo impugnando o lógico
Da maré, que se adivinha nas fundas!
*

Assim, esvaziado o pote mágico
Calcorreado vai o pensamento
Ao leme dum desnorte nostálgico
Implorando pelo sentimento.
*

Desvanece o modo de frasear
Porque escasseia a leda inspiração,
Que só dotados sabem desenrolar.
*

Cabe-me mover montanhas p'ra achar
O dom que outrora abria o coração
Num leque emotivo de fascinar!
*

Ró Mar | 20/01/2022
***

XI
*

"Num leque emotivo de fascinar(!)"

Lançou ao vento um punho de sementes;

De pé ficou, cerrados os seus dentes

Que mais não tinham para mastigar
*


Já que as sementes rodavam no ar

Todas seguindo rotas bem diferentes...

Que faria sem ter ingredientes

Pra pôr na mesa o pão do seu jantar?
*


Por que razão tivera tais repentes

E perdera as sementes sem pensar?

O vento não devolve em pratos quentes
*


Palavras acabadas de idear,

Mas pode um poema ser manjar de gentes,

Tentear-lhes a fome... e até sobrar?
*


Mª João Brito de Sousa

20.01.2022 - 19.15h
***

XII
*
"Tentear-lhes a fome... e até sobrar"
Para procriar fiapos noutra sequência
Expetante que venha a melhorar
O cardápio com dose de paciência.
*

E, por este labirinto sequiosa
Duma boa prosa escarafuncho
Até aos confins, nada receosa,
Embora se denote o caruncho.
*

Tenha eu ainda alguns dentes molares
Até ao dia de partir... hei-de sorrir,
Dar dentadas nas côdeas e acenares
*

Ao universo o uno verso de devir
Num cear coerente de afagares
Saciar famintos de estro... coexistir...
*

© Ró Mar | 20/01/2022
***

XIII
*

"Saciar famintos de estro... coexistir..."

Ser verbo e carne e nervo e até ser pão

Que desse verbo nasce humano e são

Enquanto a mão da Musa o permitir
*


E com dentes, ou não, saber sorrir,

Explorar a vida até à exaustão,

Escrever com toda a força da paixão,

Ser-se um vulcão que aprende a não explodir...
*


Movemos a montanha, mão com mão,

E abrimos as janelas do devir

Como quem abre uma outra dimensão
*


E se essa dimensão nos não servir,

Depressa mais janelas se abrirão

Sobre as montanhas que houver que subir!
*


Mª João Brito de Sousa

20.01.2022 - 22.05h
***

XIV
*

"Sobre as montanhas que houver que subir"

Se o fôlego falhar, basta a vontade

Que ela é quem nos traz a felicidade

E este pequeno orgulho de existir
*


Que vai nascendo em quem não desistir

De ir dando quanto pode em qualidade,

Pois só assim se alcança a igualdade

E a alegria imensa de a fruir...
*


Não desistas agora! Mais um passo

E um outro ainda. Nunca te detenhas

Que o teu maior troféu é o cansaço;
*


Se lhe resistes, moverás montanhas...

Mas nunca esperes pelo meu abraço,

"Não te procurarei até que venhas"!
*

 

Mª João Brito de Sousa

20.01.2022 - 22.45h
***

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

20
Jan22

ARY

Maria João Brito de Sousa

ary_dos_santos4_ok.jpg

ARY
*

Eu digo Ary como quem morde ou beija

Uma palavra ainda por escrever

No painel da razão de quem deseja

Que Ary, já tendo sido, volte a ser.
*


Encontro Ary num verso em que o reveja

Depois de adormecido, acontecer

Onde houver estevas, ramos de carqueja

E um sol que se recuse a adormecer.
*


A Ary, que já partiu, não vi partir...

Embora a todos caiba decidir,

Teimo em reconhecê-lo vivo e são
*


Nos versos que engendrou e que pariu

Quando de rubras rimas se cobriu

Pra gritar povo e luta e espanto e pão!
*

 

Mª João Brito de Sousa

19.01.2022 - 16.40h

***

 

NOTA - Soneto criado para uma rubrica do HORIZONTES DA POESIA

19
Jan22

MOVER MONTANHAS

Maria João Brito de Sousa

PÃ E A GRAVIDADE DA MAÇÃ VERDE - 1999.jpeg

MOVER MONTANHAS
*


Não te procurarei até que venhas

E que tragas contigo o que levaste

De mim, que te dei mais do que sonhaste,

De mim, que hoje abandonas e desdenhas
*


Como se as tuas glosas fossem estranhas

Aos versos que comigo partilhaste...

Voa, então, até onde te encantaste

Ainda que voando me detenhas
*


Mas se em verdade, Musa, me olvidaste,

Enquanto noutras vozes te entretenhas

Ache eu a voz da voz que em mim calaste
*


E ainda que me perca se me ganhas,

É no poema que hoje me negaste

Que encontro força pra mover montanhas.
*


Mª João Brito de Sousa

19.01.2022 - 13.45h

***

 

Pág. 1/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!