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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
27
Fev21

MOIRA(S)

Maria João Brito de Sousa

as três parcas.jpg

MOIRA(S)
*

(Mitologia Grega)
*

 

Não são parcas, as Moiras, no seu zelo;

Fiam, tecem e cortam noite e dia

Sem se cansarem da monotonia,

Sem se esquecerem de nenhum novelo
*


Desponta o fio e logo irão tecê-lo

Com mão que sabiamente doba e fia,

Senhoras da tristeza e da alegria

Dos dias mais magoados e mais belos.
*


No fim, uma das Moiras corta o fio

Das luas e dos sóis de cada vida;

Só essa determina o fim de um rio,
*


Só essa indica a hora da partida;

Ela é quem sela o poderoso trio

Ante o qual Zeus recolhe a espada erguida.

*

Maria João Brito de Sousa - 27.02.2021 - 12.00h

26
Fev21

COISAS QUE SÓ EU SEI

Maria João Brito de Sousa

Hotel dos Templários - Tomar, 1972.jpg

COISAS QUE SÓ EU SEI
*

(em verso alexandrino)
*

 

Não canto essoutro amor cantado à exaustão

Que é fruto da paixão que irrompe como a flor

Quando, no seu esplendor, garante a gestação

A cada geração que seduz pra se impor.
*


Cantá-lo por favor, a mim, não me imporão

Que eu moro na canção que eu entender compor

E não ando ao dispor da velha tradição;

Nada faço à traição, nem guardarei rancor
*


Porque é com despudor que afirmo que cantei

Coisas que só eu sei e outras que, não sabendo,

Tentei ir aprendendo assim que aqui cheguei;
*


A Amor nunca neguei, que o vivi no crescendo

Que a vida foi tecendo enquanto o que sonhei

Cá dentro sufoquei. De amar não me arrependo.
*

 

Maria João Brito de Sousa - 26.02.2021 - 11.35h

 

25
Fev21

DE NOVO, O MAR

Maria João Brito de Sousa

Fotografia de Fernando Ribeiro.jpg

 

 

DE NOVO O MAR
*


De novo o mar. Tão longe e aqui tão perto,

Vem relembrar-me o sonho da jangada;

Pede-me tudo e não me pede nada

Que eu já não tenha, há muito, descoberto
*


Pois sempre que num verso me liberto,

É nesse mar que encontro a minha estrada

E tão mais lesta quanto mais cansada

Prossigo em busca do meu porto (in)certo.
*


Não sei se cacilheiro, se canoa,

A jangada de sonhos e de espantos

Que hoje me espera num cais de Lisboa,
*

 

Mas sei que vence as dores e desencantos

Do vastidão marinha que a atordoa

E não teme os rochedos, que são tantos.
*

 


Maria João Brito de Sousa - 23.02.2021 -14.53h

*

Soneto criado para a Antologia Luso-Brasileira "Tanto Mar Entre Nós"

*

 

Fotografia de Fernando Ribeiro

24
Fev21

QUEM NÃO TEM CÃO...

Maria João Brito de Sousa

Franois_Boucher_-_Erato_The_Muse_of_Love_Poetry_-_

QUEM NÃO TEM CÃO...
*


Erato não serei, poeta amigo,

Que para tal não tenho engenho e graça,

Mas posso garantir-lhe garra e raça

Sempre que aceite que escreva consigo.
*


Não ostento os cabelos de oiro ou trigo

Que enfeitam qualquer deusa quando caça,

Mas meu arco-de-versos tem a traça

Do que não tem idade, sendo antigo.
*

Se errar "humanum est", eu errarei,

Mas pode crer que lhe não faltarei,

Se Erato me ceder a sua vez...
*

Porque "quem não tem cão, caça com gato",

Sempre que o ignorar a bela Erato,

Conte c`oa minha humana pequenez!
*


Maria João Brito de Sousa - 22.02.2021 - 18.37h
***


Soneto escrito em resposta ao soneto ERATO do poeta Custódio Montes.

*

Imagem - ERATO - Tela de Francis Boucher

23
Fev21

UM PAPEL NO PALCO DA VIDA

Maria João Brito de Sousa

um papel no palco da vida.jpg

UM PAPEL NO PALCO DA VIDA
*


"E voltam os meus medos de menino"

Num barco de papel lançado ao rio

Num dia enevoado agreste e frio

P`la vontade insondável do destino...
*


Ao longe, o repicar um velho sino

Invade a rua, embala o casario

E a toada acalma o arrepio

De um eu tão vulnerável quão franzino.
*


Brinca contigo o Tempo, em certos dias;

Todo o cenário muda e, num repente,

Vês-te no palco, nu, de mão vazias
*


E tu, que eras tão lúcido e valente,

Porque impotente em nada contrarias

Um fim que é sempre igual pra toda a gente.
*

 

Maria João Brito de Sousa - 22.02.2021 - 13.17h

*

Soneto inspirado no soneto DIA DO SOL (Sunday) do poeta Carlos Fragata.

22
Fev21

"WHERE THE WILD ROSES BLOOM" - Maria João Brito de Sousa e Laurinda Rodrigues

Maria João Brito de Sousa

wild-roses-56481_960_720.jpg

"WHERE THE WILD ROSES BLOOM"
***

COROA DE SONETOS
*

Maria João Brito de Sousa e Laurinda Rodrigues
***

1.
*


Nesta minh`alma, presa por um fio,

Tremeluz uma lágrima que insiste

Em dominar a dor a que resiste

Em vez de, solta, transformar-se em rio.
*


A sua teima, mais que um desvario,

É luta de que a alma não desiste,

E se é certo que a dor em mim persiste,

Mais certo é que eu lhe ganhe o desafio
*


Pois do mar que chorei em tempos idos

Por mágoas que nem dei a conhecer,

Nasceram-me, cá dentro, rios traídos
*


Que desaguaram antes de irromper

Criando um mar de versos (in)contidos

Ao qual, sempre que sofra, irei beber.
*

 

Maria João Brito de Sousa - 18.02.2021 - 17.35h
***

2.
*

"Ao qual, sempre que sofra, irei beber"

serenamente, como fora ópio

que, por entre essas mágoas, vai tecer

formas vibrantes em caleidoscópio.
*

E ninguém diga que amar é sofrer

porque o sofrer de amor é sempre próprio:

faz angústia e ansiedade, faz doer,

que nos desvenda como em microscópio.
*

Vamos negando a razão de ser

de tanto sofrimento do momento

e fazemos de tudo para esquecer...
*


Só que essa dor vem do nascimento

e irá ser companhia até morrer

quer seja aragem leve ou rude vento.
*

Laurinda Rodrigues
***

3.
*

"Quer seja aragem leve ou rude vento"

O que ameaça quem de nós nasceu,

Ameaça também o nosso "eu"

Que, ainda que distante, fica atento
*

A cada sopro e a cada movimento

De quem está a sofrer ou já sofreu

Pois, no segundo em que isso aconteceu,

Cerraram-se-me as asas do talento.
*


Assim fiquei numa tensão de espera

Que os poemas me ensinaram a gerir

Com a perseverança de uma hera
*

Que espera alguma impede de subir

A parede mais nua e se supera

Na própria dor que a esteja a consumir.
*

 

Maria João Brito de Sousa - 19.02.2021 - 13.22h

***

4.
*

"Na própria dor que a esteja a consumir"

encontrou o sentido da existência

porque, mesmo em período de carência,

de algum lado abundância há-de surgir.
*

Não permitindo ao corpo reagir

é o medo, crescendo com premência

que transforma em estado de latência,

a coragem de ser e de existir.
*

E todos vão esperando um novo dia

quando, afinal, o sol há-de surgir

num espetáculo de luz e de alegria,
*

Se o nosso olhar não recusar sorrir

e, dando uns aos outros a poesia,

damos abraços que a hera há-de cobrir.
*

Laurinda Rodrigues
***

4.
*

"Na própria dor que a esteja a consumir"

encontrou o sentido da existência

porque, mesmo em período de carência,

de algum lado abundância há-de surgir.
*

Não permitindo ao corpo reagir

é o medo, crescendo com premência

que transforma em estado de latência,

a coragem de ser e de existir.
*

E todos vão esperando um novo dia

quando, afinal, o sol há-de surgir

num espetáculo de luz e de alegria,
*

se o nosso olhar não recusar sorrir

e, dando uns aos outros a poesia,

damos abraços que a hera há-de cobrir.
*

Laurinda Rodrigues
***

5.
*

"Damos abraços que a hera há-de cobrir",

Sobrevivemos a todas as dores

E vamos dando o melhor dos melhores

De tudo o que façamos ressurgir
*

De um mundo que parece qu`rer ruir

Sob o domínio dos novos temores

E que solta os gemidos e estertores

Dos que estão quase, quase a desistir.
*


Dos destroços, contudo, irrompe a vida

Porque a vida abomina a rendição

E sempre que parece estar vencida
*


Encontra forma de mostrar que não,

Que apenas se calara confundida,

Que segue ainda o rumo evolução.
*

Maria João Brito de Sousa - 19.02.2021 -17.45h
***

6.
*

"Que segue ainda o rumo evolução"

mesmo que não se note, por temor

desse desconhecido que dá dor

mas é a terra inteira em convulsão.

*

Ela emitira há muito a prevenção...

Fomos traídos p'la força do pavor

e, querendo ainda evocar o amor,

ficamos esmagados sem perdão.

*

Oh liberdade de ser e de criar!

Agora és planta seca e espezinhada...

Onde escondeste a força do teu ar?
*

Ouvi gemidos quando ia cantar

Já não há alegria nesta estrada...

Ajoelho na terra e vou rezar.
*

Laurinda Rodrigues
***

7.
*

"Ajoelho na terra e vou rezar"

Um verso que me chega libertado

Pois nunca tem presente, nem passado

Que nunca sei quando me irá chegar.
*

Nisto consiste o acto de criar

Que, não sabendo o que irá ser criado,

Quanto mais solto, mais harmonizado

E mais seguro de se propagar.
*

É rebelde insubmisso mas confia,

O verso, nessa força que o conduz

Como vento que sopra e que assobia;
*

Subverte a escuridão e faz-se luz

Nas malhas do momento em que se fia

Ou, no pior dos casos, se traduz.
*


Maria João Brito de Sousa - 20.02.2021 - 13.04h

***

8.
*

"Ou, no pior dos casos, se traduz"

não sei em que linguagem inventada...

Sei, apenas, que a hora da chegada

servirá às palavras que a traduz.
*

Porque a hora chegada tem a cruz

pendurada no teto da entrada

e tu olhas para ela fascinada

e escreves o poema que a seduz.
*

Vens à procura de encontrar permutas

de outros e outras almas resolutas

que insistem em criar dia após dia...
*

E sendo esses encontros que desfrutas

companheiros de tal e tantas lutas

aqui deixo o meu sonho como guia.
*

Laurinda Rodrigues
***

9.
*

"Aqui deixo o meu sonho como guia"

Ou companheiro cândido e leal

Do que nos nasce do sal que há no sal

Do mais íntimo sal que em nós havia.
*

Assim vamos somando, em sincronia,

Um verso quase sempre acidental

A outro que é também original

E dá continuidade à sinfonia.
*


Porque a Arte é pilar fundamental

E grande parte dela é poesia,

Nela encontramos sempre um ideal
*


Ao qual juntamos sonho e fantasia;

Então, sem iludirmos o real,

Podemos dar-lhe uns toques de magia...
*


Maria João Brito de Sousa - 20.02.2021 - 17.12h

***

10.
*

"Podemos dar-lhe uns toques de magia"

num circo onde seremos aprendizes:

tu e eu treinando como atrizes

de equilibristas em grande fantasia.
*


As bancadas do povo que assistia

eram, do nosso circo, as bissetrizes

feitas de troncos de árvores e raízes,

que a luz da inspiração as imergia.
*


Às vezes com aplausos, outras não,

no silêncio da voz ou na paixão,

criar seja o que for é uma virtude...
*


Mas, se deixamos vir a solidão,

correremos o risco da ilusão

de nos vermos caídos num talude.
*

Laurinda Rodrigues
***

11.
*

"De nos vermos caídos num talude",

Tal como os que, vivendo acompanhados,

Se vêem pela morte separados,

Ainda que homogéneos como grude...
*


A solidão dos poetas é virtude;

Conquistam-na e não querem ser privados

Das asas solidárias dos seus fados,

Quer gozem, quer não gozem de saúde.
*


Confundes solidão com abandono

E há um abismo entre esses dois conceitos;

Um faz sonhar, o outro rouba o sono
*


E é o carrasco-mor dos seus "eleitos"

Quando assume o poder e sobe ao trono

Da bárbara crueza dos seus feitos.
*

 

Maria João Brito de Sousa - 21.02.2021 - 12.17h

***

12.
*

"Da bárbara crueza dos seus feitos"

irá nascer, no tempo, a agonia

de os carrascos sentirem, dia-a-dia,

o remorso a que estarão sujeitos.
*

Então a solidão cresce nos leitos

onde a alma habita tão vazia

com o abandono feito a uma cria

que precisava tanto dos seus peitos.

*

Mistura-se abandono e solidão

na teia do sentir do coração

onde ambos fazem ninho pouco a pouco...

*

E, um dia, sem notar, nasce a ilusão

de poder ter da cria o seu perdão

p'ra que o carrasco não acabe louco.
*


Laurinda Rodrigues
*
***

13.
*

"Pra que o carrasco não acabe louco"?

Porquê, se bem merece esse castigo?

Terás compreendido o que aqui digo,

Se digo que o castigo é muito pouco?
*


"Conceitos", disse, e não me deste troco...

Casos particulares não são comigo;

Não penso misturar joio com trigo,

Nem Neo-realismo com Barroco,
*

Por isso demonstrei, por A mais B,

Que a solidão dos férteis dá mais frutos,

E de afectos sinceros não descrê,
*


Mas descrê, sim, e em termos absolutos,

Dos que abandonam, sem explicar porquê,

Novos ou velhos, sensíveis ou brutos.
*


Maria João Brito de Sousa - 21.02.2021 - 16.59h

***

14.
*

"Novos ou velhos, sensíveis ou brutos"

todos nós já sofremos abandono

mas sem mostrar fraqueza a esse dono

vamos tentar esquecê-lo, resolutos.
*


Pensamos ficar livres mas, sem lutos,

vamos perdendo horas desse sono

que é preciso para libertar o mono

feito de raivas que já não dão frutos.
*


Mas, ao falar com alguém que saiba amar,

pode ser que retorne, em nós, o olhar

que tenha a suavidade como um rio
*


que caminha tranquilo para o mar

guardando na memória o que pesar

"nesta minh'alma, presa por fio".
*

 

Laurinda Rodrigues
***

 

 

 

 

 

 

*

 

 

21
Fev21

O SONETO POSSÍVEL NUM DIA COMO O DE HOJE

Maria João Brito de Sousa

máscaras.jpg

O SONETO POSSÍVEL

NUM DIA COMO O DE HOJE
***

 

... e pouco a pouco vamos definhando,

Pouco nos sobra, somos só estilhaços,

Sombras furtivas dos humanos traços

Que este presente foi desfigurando.
*


Sobrevivemos sem sabermos quando

Se nos refazem os humanos laços,

Ou se cerram, de vez, os olhos baços

Que muitos - tantos... - foram já cerrando.
*


Tudo está longe mesmo estando perto

E o mundo transmutou-se num deserto

Que gela à noite e, de dia, sufoca
*

 

Quem se atreva a adentrá-lo a descoberto;

Nada há de certo neste tempo incerto,

Excepto a mordaça que nos tapa a boca.
*

 


Maria João Brito de Sousa - 21.02.2021 - 12.40h

19
Fev21

"WHERE THE WILD ROSES BLOOM"

Maria João Brito de Sousa

wild-roses-56481_960_720.jpg

"WHERE THE WILD ROSES BLOOM"
*


Nesta minh`alma, presa por um fio,

Tremeluz uma lágrima que insiste

Em dominar a dor a que resiste

Em vez de, solta, transformar-se em rio.
*


A sua teima, mais que um desvario,

É luta de que a alma não desiste,

E se é certo que a dor em mim persiste,

Mais certo é que eu lhe ganhe o desafio
*


Pois do mar que chorei em tempos idos

Por mágoas que nem dei a conhecer,

Nasceram-me, cá dentro, rios traídos
*


Que desaguaram antes de irromper

Criando um mar de versos (in)contidos

Ao qual, sempre que sofra, irei beber.
*

 

Maria João Brito de Sousa - 18.02.2021 - 17.35h

18
Fev21

CARTA ABERTA A UM BRASIL (TAMBÉM) CONFINADO

Maria João Brito de Sousa

Amazonia.jpg

CARTA ABERTA A UM BRASIL (TAMBÉM) CONFINADO
*


É em silêncio que te lembro... e dorme

Ainda o chão solar do teu país

Na sua selva inexplorada, enorme,

Onde o poema ousou lançar raiz
*


À espera de que o verso se transforme

No que, em confinamento, disse e fiz

Pra que o disforme se molde conforme

Chaga que sara e se faz cicatriz
*


E se essa cicatriz profunda for,

Se deixar marca como o mal de amor

Que é indelével, mas nunca insolúvel,
*


Que possa despontar como uma flor

Aquilo que salvarmos desta dor

Que há-de passar pois sempre foi volúvel.
*

 


Maria João Brito de Sousa - 17.02.2021- 09.30h

*

 

Soneto criado para a Antologia Luso-Brasileira "Tanto Mar Entre Nós".

 

17
Fev21

UM CHEIRINHO DE ALECRIM

Maria João Brito de Sousa

ALECRIM.jpg

UM CHEIRINHO DE ALECRIM
*


Irei levar-te aquilo que me sobra

Do rubro cravo aceso no meu peito

E o cheirinho a alecrim deste meu jeito

De ser haste que quebra mas não dobra.
*


O reencontro que a memória cobra,

Quando me aceitas tal como eu te aceito,

Culminará no tal final perfeito

Que a poesia exige a qualquer obra.
*


Sei que ainda te lembras da semente

E esse Amazonas que enlaçava o Tejo

Não desertou do coração da gente
*


Que recorda o sabor de um velho beijo;

Quem receia falar de quanto sente

Quando cantá-lo é mais do que um desejo?
*

 

Maria João Brito de Sousa - 15.02.2021 - 15.44h
*

Soneto criado para a Antologia Luso-Brasileira "Tanto Mar Entre Nós..."

 

 

Pág. 1/3

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