O MEU SONETO DE HOJE II
O MEU SONETO DE HOJE II
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Se os pássaros pousassem nos meus dedos,
Talvez novos segredos revelassem
E as musas acordassem sem mais medos
De que os alheios credos não gostassem
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Dos sonhos que sonhassem quando, ledos,
Meus dedos em brinquedos transformassem
E em versos que vibrassem, mesmo quedos,
Nuns tantos arremedos que hoje ousassem...
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Que pássaro pousou sem que eu sentisse
E sem que eu lhe pedisse aqui cantou?
Um sopro o despertou, sem que dormisse
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Bastou que o pressentisse e conquistou
Versos que modulou com tal meiguice
Que em nada contradisse o que almejou.
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Maria João Brito de Sousa – 28.10.2019 – 11.39h
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Nota - Soneto em decassílabo heróico com rima encadeada interna.
Imagem retirada da net sem autoria identificável