APERTO(S)
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NUM SOPRO...
*
Se por mais que me busque ando perdida
E por muito que escute o som me escapa,
Como encontrar-me neste imenso mapa
Daquilo em que fui garra e força e vida?
*
Como voltar a mim se fui traída
Por um corpo que oscila e que derrapa
Na ausência do que foi quando, sem capa,
Me deixava, de sons, farta e vestida?
*
Hoje, porém, a música voltou;
Um sopro, um só, mas isso me bastou
Pra esculpir um poema tosco e breve.
*
Chegou num nada e logo se findou
Mas sendo um quase nada conquistou
Este pouco de mim que agora o escreve.
*
Maria João Brito de Sousa – 25.03.2019
Por motivo de doença grave e prolongada da autora, este blog encontra-se temporariamente (?) suspenso, ainda que aberto a leitura.
Seja muito bem-vindo/a a estes onze anos de profunda paixão pelo soneto.
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