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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
31
Jul18

"Z" de ZERO

Maria João Brito de Sousa

ZERO.jpg

 

“Z” de ZERO

*







Zeloso. Zás. Zodíaco. Zircão.

Zebra. Zelote. Zinco. Zuma. Zero.

Zunzum. Zurzir. Zipar. Zulu. Zangão.

Zarpar. Zá-Zá. Zelar. Zuca. “(Cru)Zero.”

*

 

Zombar. Zigoto. Zona. Zumbirão.

Zulmira. Zoa. Zorro. “Zeladero”.

Zimbro. Zaragatoa. Zangarão.

Zoar. Zoada. Zomba. Zapatero.

*

 

Zelândia. Zagalote e Zimbawé.

Zeberim. Zaragata. Zara. Zé.

Zumba. Zen. Zigurate. Zanzibar.

*

 

Zurro. Zumbido. Zomba. A(Z)ul. Zoague.

Ziper de zelador em ziguezague.

Zorba. Zebu. Zoei. Zéfiro. (A)Zar!

*





 

Maria João Brito de Sousa – 30.07.2018 – 20.49h



 

28
Jul18

... ATÈ A NEVE CHORARÁ NUM DIA QUENTE...

Maria João Brito de Sousa

ATÉ A NEVE CHORARÁ NUM DIA QUENTE.jpg

 Apresento-vos o meu quarto livro de poesia. Surpresa para mim, que a sua edição mais uma vez me foi oferecida

pelo "site" HORIZONTES DA POESIA, na pessoa do poeta e grande amigo Joaquim Sustelo.

 

Não haverá lançamento, nem "vernissage", atendendo ao precário estado de saúde em que me encontro, mas o livro

poderá ser adquirido  através dos CTT, contra o depósito de dez euros no NIB abaixo referido, desde que me façam

chegar o nome do/a depositante e uma morada para posterior envio da obra.

 

 

Alguns conhecem bem o meu endereço electrónico - e mail - outros, não. Para os segundos recomendo que me enviem esses dados através do Facebook, por mensagem privada. (Facebook.com/poetaporkedeusker)

 

As obras não se encontram na minha posse. O principal objectivo, para além da divulgação da obra, será o de ajudar-me a sobreviver financeiramente e eu tenderia a oferecê-las todas... ou quase todas. Além do mais, não me encontro em condições de sair de casa para proceder ao envio das obras via CTT. 

 

O NIB referenciado é o de Joaquim Sustelo, que me ofertou esta edição - 0033 0000 500 884 32328 05.

 

Muito obrigada e boas e frutíferas leituras para todos vós! 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

Oeiras, 28.07.2018

27
Jul18

ALICE

Maria João Brito de Sousa

digitalizar0132.jpg

 

ALICE
*
(minha avó paterna)
*

 


Amei-te tanto, tanto, minha avó!

Louvavas-me os “murais” da grande sala

Quando com doce e modulada fala

Me garantias: - “Nunca estarás só,

*

 


Transbordas vida até chegar ao nó

De quanto em ti se exalta e vibra e estala!”

Depressa em meu ouvido a voz se cala,

Que quem assim me fala há muito é pó...
*

 

Eras, Alice, a minha avó paterna,

Mais maternal que muitas ternas mães,

E quando percebi não ser eterna
*


A tua voz, a voz que já não tens,

Doeu-me tanto, que hoje ergo a lanterna

Pra sondar céus e Terra, a ver se vens.
*

 


Maria João Brito de Sousa

26.07.2018 – 17.59h
***

 

26
Jul18

"A" de AMOR

Maria João Brito de Sousa

A-FONT.png

 

 

“A” DE AMOR

 

 

*

Ardia Amor, ainda aceso amor,

Absurdo, acidental, apaixonante,

Angélico, amorável, acto-amante

De anseios de astros, de almas e de ardor.

*

Ao amado se abraça o amador.

Abismos de águas abrem-se adiante

De ávido Amor. Avante, Amor, avante!

Alerta! Arroga-te asas de alto açor!

*

 

Abrindo-as, aborrece altivo abismo

Que, agigantado, arrola as ameaças

E, adverso a Amor, acende antagonismo.

*

 

Acusa, a Amor, de abuso e de arruaças

E absurdamente o ata ao aporismo;

Arranca, Amor, atilhos e (b)araças!

*



 

Maria João Brito de Sousa – 23.07.2018 – 16.39h



 

25
Jul18

O TRADUTOR DE TUDO(S)

Maria João Brito de Sousa

TRADUTOR DE TUDOS.jpg

 

O TRADUTOR DE TUDO(S)

*



Traduzia travessos travessões,

Tipificava terminologias.

Técnicas tácteis, tons, tipografias,

Transparências trocadas por tostões.

*

Ténues, tremeluzentes tentações

Tendem-lhe teias. Trigonometrias!

Transpõe totais, transcende tiranias,

Tudo transfunde em tais transmutações.

*

Tingem-se tempestades temerárias!

Talvez tangíveis, toscas, temporárias,

Talvez tremendas, torpes, terminais.

*

Trágicos travessões, tiranos tiques...

Tudo transposto, tábuas e tabiques,

Titânica tarefa, a dos totais!

*





Maria João Brito de Sousa – 20.07.2018 – 15.31h

*

 

 

Ao código binário. A George Boole. A Stephen Hawking



 

24
Jul18

CONCEBO CARTAZES

Maria João Brito de Sousa

CONCEBO CARTAZES.jpg

 

CONCEBO CARTAZES

*



Construo castelos. Cristais conspurcados,

Chaves, cadeados, cordéis e camelos.

Compro caramelos contrabandeados,

Compostos cruzados de cobra e capelos.

*

Compridos cabelos convergem, cansados;

Crescentes cuidados comportam cutelos.

Ciúmes ou “celos”? Castelhanizados,

Cuidámos, coitados, de compreendê-los.

*

Colava cartazes com cola cuspida.

Comprava comida. Compunha cabazes.

Caminhos capazes? Contente? Cumprida?

*

Cresceste. Crescida, certeira comprazes

Chavões contumazes de comprometida.

Concedo, caída. Concebo cartazes.

*





Maria João Brito de Sousa – 21.07.2018 – 15.21h





(Soneto em verso hendecassilábico com rima encadeada)

 

 

 

 

23
Jul18

"STACCATO"

Maria João Brito de Sousa

STACCATO.png

 

“STACCATO”

*





Silva a serpente, salta o saltarico,

Saracoteia, samba, soma e segue!

Sento-me. Sábia sou se o sacrifico?

Severa sinto sonhadora sede.

*

Sétimo selo. Sétimo salpico.

Somo silícios sobre a seca sebe,

Sinto-me suja se solidifico,

Sobrevivo ao suplício, se sucede...

*

Sintaxe sabe a sexo sem suor

Somado à sordidez de se supor

Solfejo, sopro, sola de sapato.

*

Súbito, o saldo soa sofredor;

Sublime, o socorrista sapador

Supera a situação. Stop. E Staccato!

*





Maria João Brito de Sousa -22.07.2018 – 19.22h



 

 

22
Jul18

VI VINICIUS

Maria João Brito de Sousa

VINICIUS.jpeg

 

VI VINICIUS

*



Vinde e vencei! Versejos vigorosos,

Vastas vitórias, verticais, vibrantes

Vos valorizam, vates! Véus velantes,

Vãs virtudes vos vetam, valorosos!

*

Vencei vitórias, ó vitoriosos!

Venenos vãos vos vendem! Verdejantes

Verborreias, vencidas, volitantes,

Vazam, vertem venenos vaporosos...

*

Válidos vinhos vituperam. Vícios!

Vivo e vitorioso, vi Vinicius

Versejando voragens e vertigem.

*

Vejo o vector vibrátil e vermelho,

Viço vilipendiado, vate velho

Virtuoso e voraz varando virgem.

*



Maria João Brito de Sousa – 20.07.2018 -12.45h





 

21
Jul18

OBITUÁRIO

Maria João Brito de Sousa

OBITUARIO.jpg

 

OBITUÁRIO

(O Terceto Final)

*

 

Morri, segundo fonte oficial.

A (a)creditada folha assim me informa

Num breve obituário de jornal

De pequena tiragem, como é norma.

*

 

Belisco-me! Duvido! É natural,

Apesar de não estar em grande forma,

Que me revolte e que me sinta mal

Por falecer a meses da reforma!

*

 

Leio de novo. Não, não fora um erro;

Nome completo e até data de enterro

(rebéubéubéu, zás-páz, tantos de tal).

*

 

Sem pressas, cerro um olho. Outro olho cerro.

Teimoso, o meu cadáver, mesmo perro,

Esboça à pressa um terceto. O terminal.

 

*

 

Maria João Brito de Sousa – 17.07.2018 – 15.46h

20
Jul18

VELHA TEORIA

Maria João Brito de Sousa

digitalizar0030.jpg

 

VELHA TEORIA

(Por Vezes Fico Assim...)

 

*

Por vezes fico assim, cega de todo

A tudo o que não seja esta vontade

Que me assalta por dentro, que me invade

E tudo me faz ver de um novo modo,

*

Tal qual eu fosse um chão passado a rodo

Pela bátega de água que se evade

E me deixa mais sede que saudade

Dos rios de onde colhi lótus e lodo.

*

É quando chega o verso e me desperta,

E me arranca de vez dessa aporia,

O tal que se escondera em parte incerta

*

Compondo e decompondo a melodia

Que me fascina e que me desconcerta,

Que a estrofe prova a velha teoria.

*



Maria João Brito de Sousa – 16.07.2018 -15.25h







(Na sequência da leitura do soneto “Por Vezes Fico Assim...” de Joaquim Sustelo)

 

19
Jul18

VELADA VISTA VEDA-ME A VISÃO

Maria João Brito de Sousa

Marc Chagall - the-promenade-1918.jpg

 

VELADA VISTA VEDA-ME A VISÃO
*

 

Velada vista, veda-me a visão.
Vagas vogais vou vendo vagamente.
Voejam, vertem, vagam... voarão
Vigas e várzeas, verdadeiramente?


*
Vejo verde/vermelho. Vejo em vão?
Vestígios, viscos, velas e videntes...
Víboras voam vindas do vulcão,
Vermes vomitam vergonhosamente.


*
Vou vendo, vou... vi vadiar o Verão,
Voluptuoso, válido varão... 
Vê-lo-ei vicejar vibrantemente?


*
Viçoso o vi dos vidros das varandas;
Vivas vergônteas, velhas venerandas
Viraram vultos. Verga-se-me o ventre.

 

*

 

 

Maria João Brito de Sousa – 18.07.2018 – 17.31h
`
Marc Chagall - The Promenade

18
Jul18

FERA E DONO

Maria João Brito de Sousa

A FERAE O DONO.jpg

 

FERA E DONO

*



Tu estavas de joelhos frente à fera,

Ao monstro que rugia e que rosnava.

Na tua face impávida, severa,

Nem sombra de temor se adivinhava.

*

A morte, ali, espreitando, à tua espera

E cada gesto teu a ignorava,

Como se protegido pela esfera

De um aço que a vontade em ti forjava.

*

- A fera é o Soneto!, afiançaste.

Não soube se o domaste, ou não domaste,

Porque a noite caiu. Fiquei com sono.

*

Fui-me deitar. Ainda vislumbrei

Em sonho os vossos vultos, mas não sei

Qual de vós dois passou de fera a dono.

*



Maria João Brito de Sousa – 16.07.2018 -13.06h

 

 

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