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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
30
Ago15

FÓRMULA

Maria João Brito de Sousa

Arca de Noé 2.jpg

 

 

(Soneto em decassílabo heróico)



E anima-se a matéria criativa

até ao ponto exacto e necessário

para que nasça, enfim, matéria viva

do que, antes, parecera o seu contrário



E cresce, a cada dia mais activa,

não pára de fluir de modo vário

na direcção daquilo que a motiva

pr`a desaguar, por fim, no seu estuário...



Digo, porém, que não será cativa

da força de algum ponto estatutário,

nem verga à reprimenda punitiva,



Porque é pertença do mais rico erário

duma Arca que flutua e que anda à d`riva

no rio do nosso humano imaginário.





Maria João Brito de Sousa - 29.08.2015 - 17.56h





NOTA - Esta Fórmula, ou como lhe entendam chamar, aplica-se às línguas - todas elas! -, mas não só...

 

 

 

 

07
Ago15

ROSA DE HIROSHIMA

Maria João Brito de Sousa

cogumelatomico.jpg

 

(Soneto em decassílabo heróico)



Obscenamente bela, a flor letal

que abrasara a cidade de Hiroshima,

rasga o céu sobre um eixo vertical

ao plano destroçado onde se anima



E vibra e desabrocha e colossal

se expande numa rosa que assassina,

derruba, carboniza e, por igual,

colhe a vida do velho e da menina...



Mas morre-me a palavra à flor dos dedos

que mais vos não dirão, mudos de espanto,

teimando em não falar dos seus segredos,



Depois de vislumbrado o frágil manto

com que o tempo velara antigos medos

Pr`a todo o sempre, espero... ou por enquanto?





Maria João Brito de Sousa – 06.08.2015 – 22.56h

03
Ago15

JULGAMENTO(S)

Maria João Brito de Sousa

images (30).jpg

  

(Soneto em decassílabo heróico)

 

… e quando mais não pode e só comeu,
de véspera, o pão duro, amanhecido,
das sobras que outro alguém lhe ofereceu
apesar de o não ter, sequer, pedido,

 

E quando toda a esp`rança já perdeu
porque lhe foi negado o seu sentido
e apenas sobra a cinza do que ardeu
depois de com seu esforço o ter erguido,

 

E quando o próprio sonho já esqueceu,
sem ter vaga noção de o ter esquecido,
nem longínqua memória do que ergueu,

 

Então, porque o apontas, convencido
de podê-lo julgar num gesto teu,
se condenado foi, quando traído?

 

 

Maria João Brito de Sousa – 22.07.2015 – 12.55h

 

Imagem - "Os Retirantes", Portinari

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