Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Eu trago um sonho antigo, omnipresente, Como um grito vermelho no meu peito Erguido contra a voz, que nunca aceito, De quem a torna infame ou prepotente!
Mais alto elevo o sonho transparente, Mais longe o levo intacto e sem defeito, E é com el` que partilho o duro leito Que cabe a quem não sonha impunemente.
Razões? Há tantas mil pr`a tê-lo aceso E tantas mais crescendo, a dar-lhes peso, Se ousamos ver a crua realidade
De quem já descobriu, mesmo indefeso, Que um sonho, se for livre, é morto ou preso Tão só porque evocava a liberdade!
Maria João Brito de Sousa – 04.01.2014 – 18.16h
Reprodução de uma tela de Júlio (nome artístico de Júlio dos Reis Pereira, irmão de José Régio)