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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
29
Mai13

SONETO A UMA QUALQUER LONGA VIAGEM

Maria João Brito de Sousa

 

(Em verso eneassilábico)

 

Tenho mãos, tenho pés, tenho braços

Que ergo rumo às fronteiras da vida,

Caminhando e negando os cansaços

Desta estrada de terra batida.

 

Passa o tempo e devolve-me aos traços

As memórias da estrada vencida

Na cadência sonora dos passos

Pelos becos que o são sem saída.

 

Tanto beco e ruela já vi,

Tanta estrada galguei, sem parar,

Que, hoje, posso afirmar ser aqui,

 

Sobre os longes que andei, que corri,

Que os meus passos me irão conquistar

Na batalha de  ser quem escolhi.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 09.05.2013– 17.22h

 

NOTA - Soneto reformulado a 01.09.2015

16
Mai13

DIREITO À REVOLTA II

Maria João Brito de Sousa

 

 

(Soneto em decassílabo heróico)

 

 

Naquilo em que acredito, eu acredito!

Na minha pequenez de entendimento,

Sei muito bem que quase nunca hesito

Porque aquilo que sei tem bom sustento

 

No pouco que já li, de quanto é escrito.

Se contrario alguém, muito o lamento,

Mas não retiro nada ao que foi dito

Pois, crescente de força e de argumento,

 

A palavra abre em flor, se tem razão,

Florescente de cor, não se abre em vão,

Se afirma o necessário àquele instante

 

E procura, entre vós, terreno são

Se lança umas sementes pelo chão

E cala a voz, mas deixa eco constante!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 16.05.2013 – 15.56h

 

 

Desenho da série "Desenhos da Prisão" de Álvaro Cunhal. Imagem retirada da net, via Google

15
Mai13

SEI DE UM TEMPO ou Mais Um Soneto de Abril

Maria João Brito de Sousa

 

 

(Soneto em verso eneassilábico)

 

 

Sei de um tempo em que as horas sorriam

Transmutando os seus ramos caídos

Pelo peso das flores que nasciam

Das sementes dos cinco sentidos

 

No reflexo da cor que exibiam

E, ao torná-los em rifles floridos,

Nesse apelo que as flores emitiam,

Davam fruto entre os frutos nascidos.

 

Sei de um tempo que o dia acordou

De uma noite de medo e cantou

Como as aves que lavram caminhos

 

No mesmíssimo tempo em que eu sou

Neste pouco de Abril que sobrou

Da voragem de uns tantos, mesquinhos.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 06.05.2013 – 11.24h

 

NOTA – Revoltemo-nos, porra!

05
Mai13

SONETO INESPERADO ou Soneto à Coragem de Viver

Maria João Brito de Sousa

 

 

(Em verso eneassilábico)





Ai, Soneto esquecido, que voltas,

Que te alheias das dores que me minam

Que te acendes nas loucas revoltas

Que nem deuses, nem mestres te ensinam,



Que te enlaças nas pontas já soltas

Desdobrado em gorjeios que trinam,

Enfrentando, sem medo e sem escoltas

O temor dos que em vão se aproximam.



Ai, Soneto que eu nunca esperei,

Que não sonho e nem sei bem se sei

Se me nasces do espanto, ou das horas,



Mas que exaltas, num mel que olvidei

Nos tormentos da dor que calei,

Quanta voz soltarei, sem demoras…





Maria João Brito de Sousa – 04.05.2013 – 16.26h

 

 

 

Imagem - Desenho de Álvaro Cunhal (Série "Desenhos da Prisão")

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