Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Venho tarde e más horas porque venho de um momento lunar que desconheces no despontar da teia em que te teces há mais do que a noção que tens de antanho
Se firo, qual maleita ou corpo estranho e me alheio do tanto que padeces, é por puro desdém das gastas preces que te confesso já, nego e desdenho!
Matéria, anti-matéria… o que me importa se, ao ser razão de ti, me quedo absorta pr` assombrar-te depois, sem mais razão,
E, sempre que me julgues quase morta, te invadir, derrubando a frágil porta que usaste pr`a fechar-me o coração?
Maria João Brito de Sousa – 18.12.2012 – 02.47h
NOTA – Soneto reformulado a 20.06.2015
IMAGEM - "Mulher em Molho de Luar", Maria João Brito de Sousa - 1999
NOTA – Sendo certo que, no soneto clássico, a disposição dos versos rimados das duas estrofes finais é bem mais flexível do que nas restantes duas estrofes, permiti-me, no entanto, uma certa e talvez excessiva liberdade na rima final deste soneto em particular[CCD-DDC].