Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Aperta o cerco, amigo, aperta o cerco Da segurança pouco solidária De que dependo sendo solitária, Em que me ganho, amigo, em que me perco…
Se entendem que um poema é mero esterco Que lhes perturba orgulho e pituitária, É porque vão temendo a Pasionária Que possa erguer-se em mim, quando me acerco…
Antes calar o verso! Antes morrer! Grita o poema, mesmo antes de o ser, Empunhando as palavras com que o escrevo...
Antes deixar, meus versos, de vos ver Do que viver da esmola de escrever Soneto que não pague o que vos devo…