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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
25
Mar12

NÃO DESISTIR, ROSNANDO...

Maria João Brito de Sousa

 

Aqui maldigo a dor que não se inventa,
Aquela que transforma o gesto em dor,
A que arrasa e destrói aquel` que enfrenta
Aquilo que na vida, há de pior

E "rosno" contra a dor que me atormenta
Como se assim pudesse pressupor
Que se sumisse, quando o que a sustenta
É nem sequer saber o que é temor…

Mas, apesar de tudo, ao enfrentá-la,
Ao dizer-lhe que não me irei render,
Ao renegá-la, ao resistir-lhe tanto,

Talvez seja possível controlá-la,
Mesmo que ela não pare de doer;
Rosnar-lhe-ei assim que evoque o pranto.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 25.03.2012 - 15.31h

 

 

 

 



23
Mar12

CATORZE VERSOS PROFUNDAMENTE PIEGAS

Maria João Brito de Sousa

Por vezes não distingo muito bem,
Nem conheço quem saiba destrinçar,
Se o que aqui faço é mesmo trabalhar
Ou forma de queixar-me a mais alguém…

Sendo provável não haver ninguém
Que o desdiga ou que o possa confirmar,
Que o julgue, então, a Terra, o fundo mar
E toda a esfera azul que me contém…

Que a dor se me alivie um poucochinho,
Que a luz que me vestiu de puro linho
Possa transparecer no que vos deixo

E que despertem sempre algum carinho
Palavras que ressoem mais baixinho
Por falarem tão só do que me queixo…



 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 23.03.2012 – 21.35h


17
Mar12

O PREÇO II

Maria João Brito de Sousa

Eu pago qualquer preço, a qualquer hora,
Qualquer tempo de vida ou qualquer dor
Se, nestes meus sonetos, puder pôr
Metade do que estou sentindo agora

E se for conseguindo, vida fora,
Escrevê-los cada vez com mais ardor,
Hei-de pagar por eles seja o que for
Sem me queixar dos custos da penhora…

Se um dia fraquejar, se este contrato,
Rigoroso e levado ao preço exacto,
Não for cumprido, como deixo escrito,

Não será por ficar-me mais barato
Um poema qualquer que, sendo ingrato,
Vos possa desmentir quanto foi dito…



 

 

Maria João Brito de Sousa – 17.03.2012 – 20.52h


 

09
Mar12

DECEPANDO A PESADA MÃO DO CAPITAL

Maria João Brito de Sousa

 

Na mão capitalista o esbulho adorna,
Bem preso, inalcançado, o repartível,
O que não chega a nós mas que é visível,
O que, ao ser-nos roubado, nunca torna,

O que ela nos levou, porque suborna
Fazendo acreditar não ser possível
Aquilo que, afinal, é tão tangível
Quanto a razão que cresce e nos transforma

Mas eis que o era nosso, cai, por fim
Da mão usurpadora que um motim
Decepa sem mostrar falsos pudores…

Portugal florirá como um jardim
Assim que a mão cair, porque é assim
Que morrem, sempre, as mãos dos ditadores!

 



 

Maria João Brito de Sousa – 09.03.2012 – 19.54h

 

 

 

Imagem retirada da internet, via Google


05
Mar12

SEREMOS TANTOS!

Maria João Brito de Sousa

 

Seremos tantos, tantos, muito unidos,

Fazendo ressoar um grito imenso,

Trazendo a força dos punhos erguidos

Sob as bandeiras de um vermelho intenso

 

Nós, no revolto mar dos oprimidos,

Partilhando um mesmíssimo consenso;

Nunca mais expropriados e vencidos,

Nem despojados de vontade e senso!

 

Seremos tantos, tantos, tão seguros

Duma razão que já ninguém domina

Porque a certeza de ideais tão puros,

 

Tal como a estrela que nos ilumina,

Escala montanhas e derruba os muros

De um capital que humilha e que assassina!

 


 

 

Maria João Brito de Sousa – 05.03.2012 – 11.35h

 

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