Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
07
Jul11

UM SONETO PARA OS MAIS PEQUENINOS - O pardalito capturado

Maria João Brito de Sousa

Há um murmúrio quase inexistente

Nas asas sussurrantes de um pardal

Quando passa por nós e mal se sente,

Quando, ao passar por nós, pressente o mal…

 

Um de nós dá-se conta e, de repente,

Levanta a mão no ar, de forma tal

Que, num gesto, captura o imprudente

Que ousara uma intrusão no seu quintal…

 

Pardal quer liberdade e não gaiola!

Não quererá viver quando, por esmola,

Lhe of`recerem migalhas e poleiro…

 

Nascido pr` a reinar sobre os telhados,

Por mais que lhe dispensem mil cuidados,

Depressa morre quando em  cativeiro…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 06.07.2011 – 21.43h

 

 

IMAGEM RETIRADA DA NET

05
Jul11

REVISITAR ABRIL NO VERÃO GELADO DE 2011 - Olha as ruas!

Maria João Brito de Sousa

Olha as ruas que o povo engalanou

Com cravos a nascerem das chaimites,

Olha as ruas que eu quero que visites

Nas imagens dos versos que te dou…

 

Olha as ruas e vê se já chegou

A hora libertária em que acredites,

Que não tenha lugar para os “palpites”

De quem as viu mas nunca acreditou…

 

Olha essas ruas cheias de vontade

De voltar a gritar que a liberdade

Está pronta pr`a tomar um novo rumo!

 

Olha os braços das ruas apontando

O caminho que o povo vai tomando…

E o medo há-de passar desfeito em fumo!


 

 

Maria João Brito de Sousa – 04.07.2011 – 21.04h


 

Fotografia de Eduardo Gageiro retirada da internet via Google

04
Jul11

BRINCAR AOS IMPOSSÍVEIS

Maria João Brito de Sousa

Vem meu amor, vem brando e descartável,

Com a máxima urgência que imagines,

Moldar-me esta vontade indecifrável

Que eu sempre duvidei que tu domines…

 

Vem depois deste aviso - o que é louvável… -

Ver se há, ou não, caminho que destines

E dar-me o teu conselho… esse improvável

Das linhas com que – pensas… - me defines.

 

Vem sempre de passagem, sem que faças

Do meu poema a tua residência,

Subtil como um enigma irresolvível,(*)

 

Passando sem notar as ameaças

Que nascem das alheias conivências

E crescem sem tornar-te, a ti, possível…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 04.07.2011

 

* - "Irresolvível" - Neologismo criativo para insolúvel. 

Na minha opinião a poesia não deve mostrar-se completamente fechada à ocorrência de um ou outro neologismo criativo. Querem-se, no entanto, muito esporádicos e nunca saturando gratuitamente um poema.

 

IMAGEM - Tela de Ernst Ludwig Kirschner - pintor expressionista

 

 

Pág. 2/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!