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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
26
Abr11

EU, CRIATURA SELVAGEM

Maria João Brito de Sousa

 

Morderei todo aquele que me morder!

Sou bicho que ninguém domesticou,

Que invadiu, doa lá a quem doer,

História(s) da Vida que ninguém contou.

 

Meu ideal? Tão só sobreviver

Neste astro azul que o homem dominou

Porque tudo o que faz – ou quer fazer… -

É sobrepor-se a excessos que engendrou

 

E, no entanto, também eu sou vida,

Exactamente como ele sempre o foi

Desde o momento exacto em que sentiu

 

Que aquilo a que aspirava, na subida,

Era ao protagonismo de um herói

Que a própria natureza desmentiu…

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

 

20
Abr11

METÁFORA DOS DENTES DA ARREPIANTE CRIATURA

Maria João Brito de Sousa

 

No prólogo da nova cantilena,

Urrando, a arrepiante criatura,

Deixava vislumbrar estranha melena

E ferozes dentes, d` uma imensa alvura…

 

Do alto do penhasco, em noite amena

Que aquela lua nova tornou escura,

Rompendo dessa imensidão serena

De uma forma brutal, tremenda, impura,

 

Um urro inconformista e desconforme,

Tão incomensurável, tão enorme,

Que arrepiava mesmo o mais valente,

 

Mostrava, a quem velando nunca dorme,

Que pode nem haver quem se transforme

Mas que, num pesadelo, há sempre um “dente”…  

 


 

Maria João Brito de Sousa – 19.04.2011 -19.44h

 

 

 

IMAGEM RETIRADA DA NET

18
Abr11

SINAL DE ALARME!

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Sei que me “passo”, sim, de quando em vez,

Porque o meu dia-a-dia está composto

Por mil dúbias respostas aos “porquês?”

De quem plantou, mas só colheu desgosto,

 

Porque quando “se passa” um português

E a ira vem, de vez, turbar-lhe o rosto,

É provável – bem mais do que um “talvez…” –

Que a causa seja juro, ou seja imposto…

 

Mas… que posso fazer senão “passar-me”

Quando a sobrevivência irá custar-me

Mais do que vou ganhando em cada dia?

 

Entrar em depressão? Chorar? Calar-me?

Não é comigo, não! Sinal de alarme!

[… cada verso a estuar-me a rebeldia…]

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET, VIA GOOGLE

 

 

 

 

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15
Abr11

NASCEU-ME ABRIL, AGORA MESMO...

Maria João Brito de Sousa

 

Nasceu-me agora Abril, quando sonhava…

Mas não é por Abril me ter nascido

Que eu deixarei morrer o que me é querido

Ou que me esquecerei do que cantava

 

Nasceu-me de uma corda que vibrava

Num trinado qualquer, mal pressentido,

De um verbo a vacilar no desmentido

De outro que era menor mas que o calava.

 

E o que é feito de Abril no novo Abril

Em que se redefine outro perfil

Para este meu país tão castigado?

 

E vibra-me outra corda… e já são mil

As cordas que, vibrando em tom subtil,

Me falam desse Abril sempre negado.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Imagem retirada da internet

12
Abr11

AINDA UM PASSO...

Maria João Brito de Sousa

Eu sei lá s`inda sei falar, sequer,

Das coisas sem ter fim que há por aí,

Que se vestem das cores com que eu as vi

E que, através de mim, se dão a ver…

 

Do muito qu`inda possa acontecer

A partir desse tanto que escrevi,

Não posso adivinhar, ou já esqueci,

Se é possível, ou não, vê-lo nascer…

 

Mas dou ainda um passo! Um passo incerto,

Sem saber se estou longe ou se estou perto

Do que sei ser a última  fronteira

 

Do que de mim sobrar, tendo por certo

Que esta vontade escreva em desconcerto

Com tudo o que é banal ou "pasmaceira"…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 12.04.2011 – 14.53h

 

07
Abr11

EXACTAMENTE COMO AS AVES...

Maria João Brito de Sousa

Só aves, saltitando nas ramadas

Dos arbustos, em torno das palmeiras,

Me falarão das coisas derradeiras

Que há por dentro das frases desgastadas

 

Só essas escutarei quando, escusadas,

Me impuserem palavras altaneiras,

Que eu tentarei esquecer-me das canseiras

Das horas que nem foram convidadas…

 

E agora, que reparo no que digo,

À hora em que os pardais se vão deitar

E o céu se vai vestindo de outra cor,

 

Cada rima, a voar, vem ter comigo,

Já preparada para pernoitar,

Como faz qualquer pisco ou beija-flor…

 


 

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

 

 

raizonline@hotmail.com

 

Esta noite, entre as 22 e as 24.00h, oiça boa poesia no programa SABOREANDO de Joaquim Sustelo -   

06
Abr11

MUSA

Maria João Brito de Sousa


Ó Musa de luar e de alfazema,

De sândalo, nos dias de chorar,

De sol, nas minhas veias de poema

E em cada novo verso que eu criar

 

Cada ave que lá vem, em cada pena,

Traz as velhas canções de me embalar

E a tarde, mesmo agreste, emerge amena

Das mil penas dos versos que eu cantar

 

Criar por te sentir aqui, tão perto,

Por dentro de quem sou, ter descoberto,

Contigo, o meu sentido para a vida,

 

É, abraçando um novo rumo incerto,

Criar raiz no tempo em que desperto

E renovar-me, embora desmentida

 


 

Maria João Brito de Sousa – 03.04.2011 – 12.20h

 

 

 

raizonline@hotmail.com

 

Esta noite, oiça boa poesia na RÁDIO RAIZ ONLINE, com Arlete Piedade   

04
Abr11

SONETOS E OUTRAS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS

Maria João Brito de Sousa

 

Vou falar de operações e de parcelas,

De contas de somar, ou de… sumir,

Tendo o cuidado de fazer com elas

Um soneto menor que faça rir.

 

Terei de me munir de mil cautelas,

Pois ambos têm leis pr´a se cumprir;

Técnica pura e regras paralelas

A que poeta algum deve fugir!

 

Soneto é mesmo assim. Provas reais

Não poderão faltar, nem são demais,

Devendo repetir-se à exaustão

 

E distar algum tempo, pois se vais,

Alguns dias depois, rever totais…

Os erros sem ter fim que pr`ali vão!

 

 

Maria João Brito de Sousa Abril, 2011

01
Abr11

HAVIA UM MAR...

Maria João Brito de Sousa

Bugio.jpg

 

 

Havia um mar algures, num tempo incerto,

Gerando a vertical deste meu querer…

Mar galvanizador, sempre a crescer

Por dentro de mim mesma, a descoberto,

 

Galgando quanto havia ali por perto,

Subindo mesmo o que era pr`a descer,

Um mar em mim, essência do meu ser

Transformada, que foi, em livro aberto...

 

Genuíno mar com ondas e marés

Em que liberto a escrava das galés

E onde me encontro, sempre em maré cheia,

 

Com esse mar que, às vezes, também és

Sempre que desço pr´a molhar os pés

Num mar, algures em nós, galgando a areia.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 01.04.2011- 09.16h

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