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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
23
Mar11

CAMINHO DE POETA

Maria João Brito de Sousa

Solitário nasceu e há-de morrer

Poeta que é poeta a tempo inteiro!

Bem soube que nasceu para escrever,

Nunca o fez pr`a mostrar-se ou ter dinheiro...

 

Poeta é mesmo assim! O seu dever

Foi ser em plena essência, verdadeiro,

Esquecido de si mesmo ao transcender

Fronteiras deste humano cativeiro…

 

Poeta... este ousou sê-lo e nem par`cer;

Negando o que outros dizem dar prazer

Abraçou, despojado, a fantasia,

 

E deu-se por inteiro. E nem sequer

Hesitou, recuou, parou pr`a ver

Aonde é que o levava a Poesia...

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 22.03.2011 – 18.46h

 

Ao meu avô, António de Sousa. Poeta.

 

 NOTA - Soneto reformulado a 22.10.2015 

 

 

http://www.raizonline.com/radio/    Oiça, esta noite, entre as as 22 e as 24.00h - hora de Portugal Continental - o programa

 

SABOREANDO, de  Joaquim Sustelo

 

 

 

E... que tal umas rifas por uma boa causa?

 

http://www.carolinalucas.com/bazar

 

A pequena Carolina Lucas precisa de garantir a continuidade dos seus tratamentos, em Cuba. Uma boa maneira de colaborarmos será visitar o link do seu BAZAR e comprar umas rifas... vamos a isso?

 

 

 

... e, a seguir, oiça o OUVINDO A MAGDA no http://www.raizonline.com/radio/

21
Mar11

PRIMAVERA

Maria João Brito de Sousa

 

Vestiu-se o céu de azul sobre a cidade

Exausta do cinzento que fazia,

Prenchendo de cor e claridade

A vida oculta que em si mesma havia.

 

Nasciam flores da pura insaciedade

Do tal ciclo solar que se oferecia

Uma vez mais, cantando a liberdade

De recriar-se em luz, todo utopia…

 

Sob este azul que agora veste o céu,

Tentando interpretá-lo, estarei eu

Que nada sei dizer do que não sinto…

 

(perdoem se vos falo do que é meu;

por mais que eu queira o céu, ninguém mo deu,

e eu, de meu, só tenho o que aqui pinto…)

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 21.03.2011

 

18
Mar11

DEPOIS DE ANTES DE MIM

Maria João Brito de Sousa

“Depois de antes de mim… estarei por cá!”

E sublinhava a frase com risadas,

Desfazendo-se toda em gargalhadas,

Mostrando não cuidar do que não há…

 

Soprava um beijo a rir, como quem dá

Riquezas das que são mais cobiçadas

E fugia de nós subindo escadas

Inventadas por ela e por… sei lá!

 

Sumindo-se na tarde incandescente,

A cada pôr-do-sol, corria, urgente,

Depois de nos deixar num alvoroço…

 

Certa tarde chegou quase à tangente

E, sorrindo pr`a nós, disse, inocente:

“- Brincamos amanhã, depois d` almoço!”

 


 

Maria João Brito de Sousa – 16.02.2011 – 20.02h

 

 

 ESTA NOITE;

 

Música e Letra por Liliana Josué na Rádio Raizonline
Horário: Sextas feiras das 21horas às 23 horas
Titulo do programa: Música e Letra
Apresentadora: Liliana Josué

 

E, NO FIM DE SEMANA, VÁ AO http://www.carolinalucas.com/bazar   :)

 

BOAS COMPRAS!

17
Mar11

VULNERABILIDADES

Maria João Brito de Sousa

 

Falta-me outro luar que mal recordo

Mas vem iluminar, de vez em quando,

Essas noites de insónia em que eu acordo

Porque  nem a mim mesma me comando…

 

Tu dizes que é tolice e eu concordo

Mas que posso fazer se em nada mando?

Se nem desta maçã, que agora mordo,

Serei mais do que quem a vai trincando?

 

Falta-me outro luar inexplicável,

Mais branco do que o posso descrever,

De uma brancura quase intolerável

 

Num silêncio pesado, inominável

Que nunca mais me deixará esquecer

Que mesmo ao que não há sou vulnerável…

 


 

Maria João Brito de Sousa

16
Mar11

FERVURAS...

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

 

Soube-me a boca ao fel de mil lamentos

E que acesas palavras disse então…

Mas tu estavas ali e eras, em vão,

A Musa que evocava os meus tormentos…

 

Que me importavam prémios opulentos

Se, ao regressar a mim, tanto “senão”

Crescesse, qual fermento azedo em pão,

E, à pressa, me roubasse os meus talentos?

 

Não o quero aceitar! Não poderia!

Inteira, a vocação me morreria

Aos pés dessa incerteza, em parte alguma…

 

Ficando sem saber se outra viria,

Eu, que me sei de cor, nem saberia

Se eu mesma, assim fervendo, era só espuma…

 


 

Maria João – 16.02.2011 – 18.45h

15
Mar11

PROJECTO DE CIDADE

Maria João Brito de Sousa

 

 

Todas as ruas pedem multidões,

Amantes passeando de mãos dadas,

Canteiros, florescendo pr`ás paixões

Que nelas encontremos semeadas,

 

Casas brancas, janelas com varões,

Vasos florindo nalgumas sacadas,

Portas pintadas como as das canções

Que nos falavam de urbes encantadas…

 

Cada rua nos vai pedir jardim

E uma "vista de mar", de lago ou rio

De águas tintas de verde, como o jade,

 

Onde cada edifício tem por fim

Poder encher de vida esse vazio

Que implica um tal projecto de cidade…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 14.03.2011 – 00.27h

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

 

 

 

http://www.raizonline.com/radio/    Hoje, entre as 22.00 e as 24.00h, aceda ao SABOREANDO com Joaquim Sustelo. Clique no link e tenha uma excelente noite de poesia!

14
Mar11

POR VEZES, SÓ A TELA...

Maria João Brito de Sousa

 

 

Às vezes digo aquilo que não devo

Mas mesmo não devendo eu vou dizer

Que por muito que seja o que aqui escrevo

Ficam-me sempre coisas por escrever…

 

Poderia tentar, mas não me atrevo

E fico por aqui, porque o dever

Me faz calar o que comigo levo

E transformar em gesto o que disser…

 

Assim nasce a pintura numa tela

E nisto transfiguro o que não digo

Do que sinto por dentro e me transcende…

 

Poderei sempre conversar com ela

E gravar nela as metas que persigo

Porque é sempre uma tela quem me entende…

 

Maria João Brito de Sousa

11
Mar11

TEUS OLHOS

Maria João Brito de Sousa

Lágrimas dos teus olhos imploravam

Outros olhos que olhassem para ti,

Que vissem esses teus tal qual os vi,

Afogados na água em que boiavam…

 

Vi nos teus cegos olhos que choravam

As águas desse rio que não esqueci

Mas a salvá-los não me permiti

Pois não era por mim que se afogavam

 

E foi essa a razão que me impediu

De resgatar teus olhos desse rio

Que deles corria em estranho sobressalto,

 

De banhar-me na dor que deles fluiu

Só pr`a que nunca mais tivesses frio,

Para que alguém te olhasse enquanto eu falto…

 


 

Maria João Brito de Sousa  – 29.01.2011 – 02.59h

10
Mar11

NUM SÓ POEMA

Maria João Brito de Sousa

 

 

Num só poema escrito com paixão,

Num só verso que nasça cá de dentro,

Numa frase qualquer que uma emoção

Tornou grafismo e foi gritada ao vento,

 

No estranho dedilhar desta tensão

Na grafia em que sou o que me invento,

Nesta sempre imparável compulsão

Em que me não sei dar, mas sempre tento,

 

Nos instantes ferozes e selvagens

Da magia insondável das imagens,

No aço laminado de um segundo

 

Em que me encontro além do infinito

E me esvazio toda num só grito…

Eu sou pr`além de mim; sou todo um mundo!

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 05.03.2011 – 17.30h

 

 

 

 

http://www.raizonline.com/radio/  É já amanhã, entre as 21 eas 23.00h, A LETRA E A MÚSICA  com LILIANA JOSUÉ.

Carregue no link acima e tenha uma boa noite de Poesia!

09
Mar11

UM POUCO MAIS QUE NADA

Maria João Brito de Sousa

 

Se o mundo me aceitar… fico por cá!

Neste universo errático, imparável,

Ser pouco mais que nada é reprovável

E eu sou bem pouco mais que o que não há…

 

Mas se, nas voltas que o planeta dá,

Me puder mostrar útil, agradável,

Se nada aqui fizer de condenável,

Quem sabe se este não se tornará

 

O meu pousio possível e provável,

O local ideal [… ou ideável?]

Para abrigar o nada que aqui sou

 

Ou mesmo pr`a tornar-me inabalável,

Um ente c`o poder incontestável

De se cumprir tal qual se idealizou?

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 08.03.2011 – 14.03h

07
Mar11

COMO IRMÃOS

Maria João Brito de Sousa

Depois de uma ilusão… quanta ilusão,

Quantas metas ainda inalcançadas…

Quantas vezes o “sim” traduz um “não”,

Sob o esforço das horas desgastadas?

 

Quanto trabalho até à remissão

De feridas inda não cicatrizadas…

Quanta fé se não põe na construção

Das coisas que estão sempre inacabadas?

 

Depois de uma ilusão, resta o que resta

E, do que resta, o tanto que virá

Do muito que sair das nossas mãos

 

E a solução final pode ser esta;

Há quem sempre aproveite o que se dá

Se aprendemos a amar-nos como irmãos…


 


 

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Na fotografia - António de Sousa com os companheiros da Associação Cristã da Mocidade - A.C.M.

04
Mar11

ISTO QUE SOMOS...

Maria João Brito de Sousa

O Tempo passa como nós passamos

Pelos dedos das noites e dos dias

Enquanto, vivos, nos perpetuamos

Entre mágoas, tédios e alegrias

 

Do tempo que passou, todos guardamos

Memórias de prazeres e de arrelias

E é sempre uma memória que evocamos

Se as horas se nos tornam mais tardias

 

Contudo, tudo aquilo que fizemos

Ao longo destes passos que aqui demos,

Gravou na Terra um rasto do que fomos

 

E alguns foram os frutos que colhemos

Nesse pomar dos anos que vivemos

Pr`a te legar, ó Mundo, isto que somos!


 

 

Maria João Brito de Sousa – 03.03.2011 – 23.59h

 

 

 

 

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