Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
28
Fev11

A RAZÃO DAS NOSSAS VIDAS

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Libertem-se as tensões, uma por uma,

Do gesto gasto, impuro, incontroverso,

E cresça a vocação rasgando a bruma

Do despertar nublado de um só verso!

 

Libertem-se as razões que coisa alguma

Prendeu a quanto dele jazer imerso,

Ou, quando essa opressão se lhe avoluma,

Ao que o tornou angélico… ou perverso…

 

Por vezes, as tensões, nem razões são

E esfumam-se ao romper de uma ilusão

Morrendo inoportunas, descabidas,

 

Noutras encontram, nessa dimensão,

A sua mais perfeita tradução

E tornam-se a razão das nossas vidas…

 

 

 


Maria João Brito de Sousa – 26.02.2011 – 22.54h

 

 

 

 

http://www.raizonline.com/radio/

 

Porque a poesia é uma das razões das nossas vidas...

24
Fev11

AMPLITUDES

Maria João Brito de Sousa

 

Por cada imenso grau dessa amplitude

Gerada em cada abraço, sem mentir,

De súbito, conjugo o verbo rir,

Embora torne inversa essa atitude.

 

Pensas que, na mulher, essa virtude

Se deva, em três pernadas, resumir

Ao acto de gestar e de parir…

E julgas que o que pensas não te ilude.

 

No toque intraduzível de um abraço,

Revelo mar e céu por cada traço

De cada palavrinha que te diga

 

E podes nem o crer mas, se te enlaço,

Será pra mitigar quanto cansaço

Na amplitude do gesto o corpo abriga.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa 24.02.2011

 

 

Imagem retirada da internet

22
Fev11

UM SONETO, SÓ PARA VARIAR ...

Maria João Brito de Sousa

 

NEM MAIS UM PASSO!

 

 

Nem mais um passo sem espantar o medo,

Sem esmagar esta vã precariedade,

Sem espalhar pela Terra este segredo

De erguer, por cada escrito, uma vontade!

 

Nem mais um passo! Juro que não cedo!

Do mais puro cristal dessa verdade,

Surgiu-me o despontar de um arvoredo

Nas vielas e  ruas da cidade,

 

Um arvoredo denso, entre os mais densos,

Com becos por explorar, com céus imensos…

Nem mais um gesto para o renegar!

 

Nem mais um passo sem que os dedos tensos

Do muito que sonhar nestes consensos,

Se rendam sem que eu esgote o que criar!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 22.02.2011 – 01.38h

 

 

 

 

 

 

 

 

 

http://lilianaeomundo.blogspot.com/, agora com ligação à rádio Raizonline

14
Fev11

BLOG EM MANUTENÇÃO

Maria João Brito de Sousa

 

PEDIMOS DESCULPA POR ESTA INTERRUPÇÃO. O BLOG PROSSEGUE DENTRO DE ALGUNS DIAS.

 

 

 

PONTO DA SITUAÇÃO A 18.02.2011 -

 

Não sei se deva sentir pena ou admiração pela pessoa que eu era quando comecei este blog... inveja não sei ter, mas a verdade é que, nesse tempo, escrevi alguns sonetos muitíssimo toscos mas que têm uma beleza extraordinária. Não tenho a menor dúvida de que este trabalho de revisão teria de ser feito.

 

 

 

 

 

 

Imagem retirada da internet

11
Fev11

CUIDADO COM AS PALAVRAS!

Maria João Brito de Sousa

 

Palavras são magia, encantamento…

São um feitiço, até, se, entretecidas

Em hastes de viçosas margaridas,

Se deixam embalar num qualquer vento


E, sejam de alegria ou de lamento,

Mostrar-se-ão tão mais engrandecidas,

Quanto mais nos falarem dessas vidas

Que as fizeram florir, como um rebento…


São, tantas vezes, rápidas, certeiras,

Directas como velhas companheiras

Do suspiro profundo em as lançamos…


Outras vezes, porém, são traiçoeiras;

Sem darmos conta, dizem tais asneiras

Que nos deixam pior do que já estamos…

 

 

 


Maria João Brito de Sousa – 10.02.2011 – 18.50h

10
Fev11

QUE DEUS MAS LIVRE!

Maria João Brito de Sousa

 

Que Deus mas guarde das negras enchentes,

De cada fogo e de outros cataclismos!

Que Deus mas livre à beira dos abismos

E do peso indizível das correntes!

 

 

Que Deus mas guarde de estarem doentes

E as livre destes meus idealismos,

Pois nunca entenderiam tantos “ismos”,

Poderiam tornar-se ambivalentes.

 

 

Deus mas livre de serem como sou,

Mas não da absurda força que as gerou,

E possa relevar quanta incoerência

 

 

Lhe pede, nestas linhas, quem ousou

Um pequeno poema e revelou

Este vislumbre de tão estranha essência

 

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 07.02.2011 – 20.06h

 

09
Fev11

A ÉTICA DA CRISE...

Maria João Brito de Sousa

 

Perdão… dá-me licença que o assalte?

Passe o dinheiro todo, por favor,

E queira desculpar-me, meu senhor,

Não vá ser esse pouco o que lhe falte…


Mas, se me der licença, eu explico já

A causa deste roubo que aqui faço

E sela-se este assalto num abraço

Porque é nisto que a crise, às vezes, dá…


Acontece eu estar “liso” e ter dois filhos,

Por isso aqui me vê, nestes sarilhos

Que me irá desculpar porque entendeu


Que a crise toca a todos, meu amigo…

E desculpe-me lá se o pus em perigo!

Com muito amor;     este Assaltante seu…

 


 


21.00h – 08.02.2011 – M. João Brito de Sousa

 


NOTA – Eu tinha – tinha mesmo! – um Soneto Clássico, sem a menor imperfeição formal e de conteúdo menos… “popular”, prontinho para publicar… mas não resisti a postar este, escrito num jacto, entre a gargalhada e a lágrima. Queiram ter a bondade de entender…

08
Fev11

PORQUE UM VERSO TEM ALMA... E TU NEM VÊS...

Maria João Brito de Sousa

Porque um verso tem mãos que tu nem vês,

Tem lábios que te beijam, sem beijar,

E será quem te pode apaziguar

Depois de incendiar-te em mil porquês.

 

 

Porque, ao romper da dor, será, talvez,

Ele próprio quem te saiba consolar,

Mitigando essa sede de criar

Que preenche os vazios de outra escassez.

 

 

Porque a el` não se nega uma existência,

Nem se lhe rouba a luz dessa inocência

Em que se te entregou sem hesitar.

 

 

Porque quando lhe falhas na assistência,

Estarás ausente dessa mesma ausência

E só a ti  estarás a renegar.

 

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 07.02.2011 -18.44h

07
Fev11

TSUNAMI

Maria João Brito de Sousa

Lembrei-me e foi depois de ter lembrado

Que me tentei esquecer do que sentia;

Cada vez mais me inundo em poesia

Por mais versos que vá pondo de lado.

 

 

“Poeta de um poema improvisado!”

E, cá por dentro, o riso contraria

Essa abstrusa versão; -“Não poderia

Noutro ofício qualquer ter-me encontrado!”

 

 

Foi como foi. Tão simples quanto o mar

Em que alguém naufragou sem se afogar…

E eu quero lá saber de mais razões!

 

 

Se um destes dias me volto a lembrar,

Volto a rir-me da onda, pra domar

O “tsunami” do mar das disfunções…

 

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa -  Fevereiro, 2011

 

 

 

Imagem retirada da internet

04
Fev11

A MELHOR MANEIRA DE "NÃO" ESCREVER UM SONETO... OU DE ESCREVÊ-LO, APESAR DE TUDO...

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Fazer sonetos só pela partilha,

Porque a tal me propus, por ter de ser,

Mata esta compulsão de me escrever,

Vai-me tornando cada vez mais ilha,

 

 

Enlanguesce-me a mão qu`inda dedilha

As teclas, transformadas em dever,

E não tiro proveito, nem prazer

De umas rimas batidas, de cartilha…

 

 

Mas, num repente, sem que eu saiba como,

Revolta-se a palavra, eclode o pomo

De algo que resistiu pr` além de mim!

 

 

Nem só do que eu lhe dou vive o poema

Pois mesmo não lhe impondo qualquer tema

Alguma coisa o fez escrever-se assim…

 

 

 

 

 

 

03.02.2011- 18.23 h – M. João Brito de Sousa

 

 

 

 

Amanhã, em Sobral de Monte Agraço

 

Inauguração da Exposição "(Re) Encontros" de Paulo Pereira/Pintura e Ricardo Tomás/Escultura, a ter lugar na Galeria Municipal de Sobral de Monte Agraço no dia 5 de Fevereiro de 2011, Sábado, pelas 18 horas.

Exposição estará patente até 28 de Fevereiro de 2011, de 3.ª feira a sábado das 14 às 19 horas (encerra aos Feriados)

03
Fev11

A BRINCAR COM AS PALAVRAS

Maria João Brito de Sousa

Peculiar… nasceu peculiar,

Cresceu de um quase nada que encontrei

Por dentro desse tanto que nem sei

Do muito que não posso nem explicar…

 

 

Quando nasceu, ousou, quis-se afirmar

E é por isso que nada escreverei

Para além destas linhas que tracei

E algumas mais, que ainda irei traçar

 

 

Agora vão ser menos; serão cinco

E depois irão ser menos ainda

Pela simples razão de qu`rer explorar

 

 

Esta causa, em que ponho tanto afinco,

Sem deitar a perder a coisa linda

Que é ter tanta vontade de brincar.

 

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 02.02.2011 – 22.19h

02
Fev11

ASCENSÃO E QUEDA DE UMA POEIRA CÓSMICA CHEIA DE SENTIDO DE HUMOR

Maria João Brito de Sousa

 

ASCENÇÃO E QUEDA

DE UMA POEIRA CÓSMICA ERRANTE

CHEIA DE SENTIDO DE HUMOR
*

Este seria um astro quase errante

Na execução duma órbita fugaz,

Sepultando o suor da vossa paz

Sob um silêncio cavo e militante…
*

 

Perpetuado foi cada habitante

De um espaço que já não o satisfaz

E aceita a missão que outrem lhe traz

De ir zelando por vós… mas bem distante.
*

 

(um dia destes nega esse seu rumo,

e escapa-se a voar, desfeito em fumo,

na velha compulsão de ser quem é,
*

 

ou então muda a rota e cai a prumo

e nada sobrará senão o sumo

dos frutos das conversas de café…)
*

 


Maria João Brito de Sousa – 01.02.2011 – 19.28h

 

 

Pág. 1/2

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!