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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
10
Set10

REFLEXÕES DE UM ALTRUÍSTA

Maria João Brito de Sousa

 

 

Sou subtil, metafórico e, contudo,

Tenho, às vezes, certo mau feitio;

Só quero aquilo com que mais me iludo,

Depois, chego a pensar que é doentio…


Se oiço um grito bem alto e muito agudo

Sinto, no corpo inteiro, um arrepio

E, a correr, vou logo ver se acudo

Mas, em vez de ajudar, tremo de frio…


Sou compulsivo! Nunca sei se o faço

Porque devo fazê-lo ou se, ao contrário,

É um puro exercício de egoísmo


Que guia o lato impulso do meu braço…

[será que este feitio, tão temerário,

pode ter qualquer coisa de altruísmo?]

 

 

 


Maria João Brito de Sousa – 02.09.2010 – 22.09h

 

 

 

PS - O Sapo fez anos, esqueci-me de lhe dar os parabéns - não foi só a ele... - e é muito provável que, hoje, não tenha tempo para o fazer... ficam aqui os meus PARABÉNS AO SAPO.

Desculpa, jovem batráquio... gosto muito de ti, mas no que toca a datas...

09
Set10

OS OCULTOS E OS MENOS VISÍVEIS

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Amo as rosas, que planto, e o seu espinho

Que, insurrecto, as consola e as defende;

Da rosa, creio sempre no carinho,

Do espinho, quanto dele se subentende.


Amo, também, a flor do rosmaninho

E a chã erva-moirinha que se estende,

Insubmissa, rompendo o seu caminho,

Pois quanto menos vista, mais me prende…


Creio em mil coisas em que ninguém crê

E desdenho outras mil que todos querem!

Mas porque é que será que eu amo assim


Mil coisas que, afinal, mais ninguém vê?

[e não abdico, mesmo quando ferem,

das mais humildes ervas de um jardim…]

 

 


Maria João Brito de Sousa – 01.09.2010 – 21.28h

 

 

 

Imagem retirada da internet

08
Set10

QUE LOUCO!

Maria João Brito de Sousa

 

Que louco admitiria ser profeta

Nos dias deste tempo em que vivemos?

Dantes a ignorância mais completa

Dava-lhe segurança, pelo menos…


Hoje é de melhor tom não ser asceta,

Falar do que comemos e bebemos,

Gracejar, dizer uma ou outra “peta”

E ir aspirando a dias mais amenos…


Mais dia, menos dia, a bomba explode!

Um descai-se e, sem querer, revela, enfim,

Vocações inconfessas, silenciosas…


Depois… vamos a ver se alguém lhe acode…

[Deus queira me não calhe o feito a mim

que, às vezes, profetizo sobre as rosas!]

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 04.09.2010 – 14.00h

 

07
Set10

MOSTRA-ME AS TUAS MÃOS...

Maria João Brito de Sousa

 

Mostra-me as tuas mãos… há mãos que falam!

Há mãos que contam histórias, epopeias!

Outras que dizem mais quando se calam

Como pedras rasgadas por mil veias…


Há mãos que criam coisas que se instalam

Por dentro das pessoas, como ideias,

E outras que nos tocam, nos embalam,

Ou que acenam do mar, como as sereias…


Há tantas, tantas mãos! Todas diferentes,

Todas capazes de se completarem

Nesta infinda tarefa de viver


E todas essas mãos pedem, urgentes,

A outras tantas mãos, para as salvarem

Do que mal que algumas mãos estão a fazer…

 


Maria João Brito de Sousa – 07.09.2010 – 12.12h

 

 

 

NOTA - Desculpem-me esta "rentrée" tão em cima da hora do fecho do Centro. Na continuidade dos trabalhos de reparação do telhado, surgiram novas complicações que não estavam previstas. Temo bem que haja obras no telhado durante mais uma semana... ou mais :(

02
Set10

O FUTURO, SEGUNDO UM PÁSSARO QUE PASSAVA

Maria João Brito de Sousa

 

 

Eu sei lá que futuro é o das flores,

Que impérios estelares não nascerão

Neste imenso universo, entre estertores

E vislumbres de uma outra dimensão!

 

 

Eu sei lá quantos sonhos, quantas dores

Entre agora e depois, nessoutro então,

Em que os gestos dos novos criadores

Rumem, talvez, numa outra direcção…

 

 

Não o posso saber! Sei lá se um dia

Mais ou menos longínquo, imprevisível,

O mundo inteiro inverte o seu caminho!

 

 

Sei, contudo, que eu, hoje, poderia

Ter dado um pouco mais do que o possível,

Ter posto um ovo a mais em cada ninho…

 

 


Maria João Brito de Sousa – 01.09.2010 -22.35h

01
Set10

UMA MODESTÍSSIMA TRADUÇÃO DO POST DE ONTEM

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

INVOCAÇÃO DA SABEDORIA


Ó Sabedoria, a única capaz de nos guiar através da vida! Ó tu, que ensinas a virtude e que derrubas o vício, que seria de nós, que seria de todos os homens, se não fosses tu?

Foste tu que povoaste as cidades, inspirando aos homens dispersos o amor pela sociedade; foste tu que os levaste a coabitar, a contrair laços sagrados, a criar uma linguagem e uma escrita comuns. Foste tu que ditaste as leis, formaste os costumes, civilizaste as pessoas.

Procuro refúgio em ti; imploro o teu auxílio. Até hoje feliz por, parcialmente, seguir as lições que me davas, hoje é inteiro que me entrego a ti. Um só dia de harmonia, segundo os teus preceitos, vale mais do que uma eternidade de culpa.

A que força poderíamos, portanto, recorrer, se não à tua, que nos ofereces a tranquilidade na vida e anulas o medo da morte?

 

 

Cícero, Tusc. 5.2.

 

A ÁRVORE E O SEU FRUTO

 

Investe no teu trabalho, jamais nos seus frutos.

Não trabalhes visando o fruto que ele te virá a dar, pois o fruto jamais substituirá a obra em si.

Infeliz do que trabalha visando, tão só, a recompensa.

 

 

Bhagavad-Gita

 

 

 

NOTA - Segundo a minha humilde tradução.

 

 

 

Lamento o tamanho diminuto da letra. Foi o que se pôde arranjar perante uma crise de mau-humor do Sapo...

Pág. 2/2

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