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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
13
Jul10

O CONCEITO DE "POETA MAIOR"

Maria João Brito de Sousa

(Soneto em decassílabo heróico)

 

Sou Poeta Menor. Se Maior fosse,

Melhores versos faria, com certeza,

- a minha qualidade desgastou-se

na absurda dispersão dessa beleza

 

 

nas rimas, como peixes de água doce

expandindo-se em selvagem natureza… –

Mas, Maior ou Menor, o verso impôs-se

Sem pedir meças, nem sonhar grandeza

 

 

Noto que muitas vezes se utiliza

A palavra “maior” sem propriedade

E acredito que muitos desconheçam

 

 

Que este adjectivo apenas simboliza

O Épico, o que aspira à divindade

Por obra de alguns feitos que a mereçam.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 11.07.2010 – 15.07h

 

 

 

Imagem retirada da internet

 

12
Jul10

POETAS DA MINHA TERRA!

Maria João Brito de Sousa

 

 

Poetas da minha Oeiras,

Gente viva, como eu estou,

Partilhando estas canseiras,

Dando-se como eu me dou,

 

Poetas de ontem e de hoje,

Uns ainda produzindo,

Outros – como o tempo foge… -

Na tela, ainda sorrindo…

 

Que absurda força nos move?

Que inércia é esta – e não pára! –

Que surpreende, comove,

Faz de nós gente assim rara?

 

E enquanto vou perguntando,

As questões, já respondendo,

De novo me vão explicando

Razões que eu mal compreendo…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 11.07.2010 – 18.47h

 

 

 

Imagem de Cesário Verde, retirada da internet

 

 

 

NOTA - Excepcionalmente publico, neste blog, um poema em redondilha maior. Este poema "nasceu-me" do evento promovido pelo Centro Cultural de Oeiras, no sábado passado. 

Os sonetos retomarão, amanhã, o seu lugar habitual. Se Deus quiser. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

09
Jul10

O ELOGIO DA RECTIDÃO

Maria João Brito de Sousa

 

Nos meus longínquos dias de menina,

Jamais foi posta em causa a pertinência

Do longo, longo tempo de uma ausência

Ou do toque ideal da luz divina.


A casa era, pr`a mim, uma oficina

E, em cada linha escrita, a transparência

Sabia impor-se à dura penitência,

Justificando o quanto me fascina…


Assim, nesse húmus rico, fui crescendo

No centro do canteiro que não esqueço,

Como planta; selvagem, mas erecta!


E se hoje alguma coisa eu não entendo,

É porque, com certeza, o não mereço…

Eu tendo a escrever sempre em linha recta.

 


 


Maria João Brito de Sousa – 29.06.2010 – 21.54h

 


08
Jul10

OEIRAS, HISTÓRIA DE ONTEM, ESTÓRIAS DE HOJE

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

"Integrado na programação do CENTRO HISTORICO DE OEIRAS, o CENCO - Centro Cultural de Oeiras, vai estar  presente nestes eventos, a convite do Sr. Presidente.

 

Na noite do próximo dia 10, pelas 21.30, apresentaremos uma Noite de Poesia (com um pouco de teatralização) subordinada ao tema: Oeiras, História de Ontem, Estórias de Hoje. 

 

Entre os vários poetas que selecionámos, será dita poesia da Maria João Brito de Sousa,  bem como do António de Sousa.

 

O Evento Cultural será no 1º andar da Livraria-Galeria Verney e teremos imenso prazer em contar com a sua presença."

 

 

                                                                 

                    ------------ ----------- ---------

 

 

Transcrevo e publico o convite que a  Dra. Glória Torrado me enviou por email  e aproveito para deixar os meus  mais sinceros agradecimentos a todos os elementos do CENCO bem como à Direcção da Galeria Livraria Municipal Verney.

 

 Livraria-Galeria Municipal Verney - Rua Cândido dos Reis, 90/90 A - Oeiras

07
Jul10

NA ESTRANHA ARQUITECTURA DOS MEUS DIAS

Maria João Brito de Sousa

 

Na lucidez das horas que constroem

A estranha arquitectura dos meus dias,

Os minutos que sobram pressupõem

Espectros sedimentares de fantasias

 

E quando outros desenhos se me impõem,

Despontando, quais suaves melodias,

Eu recomeço e logo se compõem

Mil notas de outras tantas melodias…

 

Alegre e desatenta ou desinteira,

Serena ou semelhante a tempestade,

Roçando uma harmonia quase pura,

 

Percorre-me inteirinha e, sem canseira,

Traçando uma tangente à divindade,

Transcende-me, esta estranha arquitectura…

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 05.07.2010 – 21.18h

 

 

 

IMAGEM - Uma chama de esperança contra o cancro.

 

Que cada um de nós possa, à sua maneira, deixar uma oração, um pedido por todos aqueles que, neste momento, sofrem.

 

Esta vela foi-me entregue pela Maria Luísa, do http://prosa-poetica.blogs.sapo.pt/  e convido-vos a levarem-na convosco e a

passarem a mensagem.

06
Jul10

A CRIAÇÃO DOS COMETAS

Maria João Brito de Sousa

 

Meu astro pequenino, independente,

Na órbita insegura de uma vida,

Deixando um rasto tanto mais urgente,

Quão próxima estiver tua partida

 

Meu astro de estro apenas emergente,

No vislumbre ideal de uma saída,

Tornado Astro Maior que, de repente,

Decide dar-se inteiro, em despedida

 

Tão só nesse momento o mundo aceita

O brilho que era em ti desde o começo

E que, desde o começo, te movia

 

Teu rasto de infinitos, quando espreita,

Traz a luz de outros sóis, que não conheço,

Prenunciando um novo e claro dia.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 03.07.2010 – 17.10h

 

 

05
Jul10

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA XIV

Maria João Brito de Sousa

 

NOS TEUS DOIRADOS OLHOS

 

 

Nos teus olhos doirados convergiam

Todas as transparências da alquimia

E do brilho velado que emitiam

Nascia um luar novo, em pleno dia...

 

Insinuações,quais sombras, permitiam,

Ao meu humano olhar que os inquiria,

Carícias mil que, a mim, me transmitiam

Sempre que o meu olhar os pressentia…

 

Iluminando a noite, assim, seguros

De encontrarem os meus à sua espera,

Aproximam-se mais das mãos que estendo…

 

Teus olhos são doirados… os meus, escuros,

Abertos, não distinguem – quem me dera… -

Senão um linguajar que sempre entendo…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 03.07.2010 – 22.15h

 

 

Ao Sigmund, o mais amado dos meus gatos.

 

 

 

DESLUMBRAMENTO III

 

 

Deslumbra-me essa absurda persistência

Da vida a começar, sempre tão linda,

Dos astros que, em perfeita transparência,

Se desenham num céu que nunca finda,

 

Das ínfimas coisinhas que não vemos,

De todas as que, vistas, nos transcendem,

Do muitíssimo pouco que sabemos

E das coisas sabidas que nos prendem…

 

Se neste encantamento deslumbrado

Se me cumprem os dias que aqui canto,

Ninguém pode arrancar-me um só lamento

 

Até que este planeta, já cansado,

Se decida a quebrar o tal encanto

E se finde este meu deslumbramento…

 

Maria João Brito de Sousa – 04.07.2010 – 19.18h

 

 

ERA UMA VEZ...

 

 

No tempo em que os poemas comandavam

Os destinos do mundo e dos ser vivo(s),

Os ponteiros do Tempo até paravam

E, do espanto, tornavam-se cativos …

 

Das fábulas que as aves me contavam

E que, hoje, retirei dos meus arquivos,

Renasceram-me as rosas que plantavam

Em canteiros lunares, sempre intuitivos…

 

Essas rosas cantavam, tinham vozes,

Como as mansas sereias do meu Tejo,

E asas de tão vasta dimensão

 

Que semelhavam estranhos albatrozes…

Nas corolas de seda, um só desejo;

Fazer, da minha língua, uma canção...

 

 

Maria João Brito de Sousa – 04.07.2010 – 14.36h

 

 

 

02
Jul10

LIÇÕES DE VIDA

Maria João Brito de Sousa

 

Em verdade vos digo que este mundo,

Tão cheio de armadilhas e traições,

No qual eu tantas vezes me confundo,

Me vai dando muitíssimas lições

 

E, se às vezes me zango, cá no fundo,

Aproveitando as tais contradições,

Vislumbro as soluções de que me inundo

E vou tirando as minhas conclusões…

 

Em verdade, portanto, vos repito

Que mesmo que o caminho me pareça

Demasiado agreste, assustador,

 

Eu não recuarei porque acredito

Que, até que esta vontade prevaleça,

Jamais o enfrentarei com vão temor…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 01.07.2010 – 22.51h

01
Jul10

QUARTA E QUINTA FEIRA

Maria João Brito de Sousa

 

A DISSECAÇÃO DOS DIAS

 

 

Cada dia é um dia que começa

Sobre outro que passou, que foi vivido.

Depois, por cada dia que aconteça,

Será o teu percurso construído.

 

 

Há quem disseque os dias, peça a peça,

Quem procure o seu rumo, o seu sentido

E também quem não ligue e, assim, se esqueça

Que um dia, por passar, não foi perdido…

 

 

Cada dia que passa é mais um dia

E mais um passo dado em direcção

Ao que, desconhecendo, mais receias,

 

 

Mas não fora esse passo e não teria

O tempo que te sobra essa intenção

De acrescentar-te, a ti, novas ideias…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 26.06.2010 – 16.36h

 

 

 

MAIS UM DIA...

 

 

Este é um dia como tantos outros,

Um dia que está quase a começar

E em que muitos poemas serão poucos

Ante os qu`uinda pretendo aqui deixar.

 

 

Mais um dia em que, louca entre os mais loucos,

Prescindo de viver para sonhar,

Em que, escrevendo, faço ouvidos moucos

A quem me tente, a mim, condicionar…

 

 

Irmãos, ser-se poeta não permite

Viver como viveis, gastando as horas

Como quem quis poupar quanto podia…

 

 

Um poeta quer mais e nunca admite

Minúcias que produzam mais demoras;

Assim, eis que começa um novo dia…

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 28.06.2010 – 07.03h

 

 

 

 

NOTA - Digitalização de um desenho meu, quando tinha dez anos, representando a infância de Jesus e João Baptista

 

 

 

DIVULGAÇÃO - Passem no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/ e vejam as novidades sobre a nossa pequena Carolina Lucas.

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