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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
11
Jun10

3º PRÉMIO DOS JOGOS FLORAIS DA AVSPE

Maria João Brito de Sousa

 

 

AOS OLHOS DE DEUS

 

Sou humilde, sou pobre e, no entanto,
Sou uma filha amada desse Deus
Que a Terra fez surgir do caos dos céus
E semeou a vida em cada canto

Aprendi a sonhar e sei, portanto,
Mais do que hão-de alcançar os olhos meus
Que, sendo apenas olhos, são ateus
E, cegos de paixão, derramam pranto

Eu, assim pobre, humilde, pequenina
E, muito embora humana, sonhadora,
Sei o que é ser feliz desde menina

E nada do que faço é tão excessivo
Que me torne pior, mais pecadora
Do que vós, meus irmãos, com quem convivo …

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

 



Parabéns à Poetisa e Patronesse da AVSPE, Efigénia Coutinho -  à Poetisa Gislaine Canales e Poeta Fahed Daher e a todos os participantes, em especial, ao 1º  Prémio - Soneto de Áurea Miranda, ao 2º Prémio - Soneto de Nelson Fontes Carvalho  e à 1ª Menção Honrosa - Soneto de Humberto Rodrigues Neto, 2ª Menção Honrosa - Soneto de Lino Vitti e à nossa amiga, Rosa Maria Silva, AZORIANA que obteve a terceira Menção Honrosa.

Muito obrigada, AVSPE, por me ter sido dada a oportunidade de escrever num espaço que congrega grandes e consagrados poetas!

 

Visitem a AVSPE e leiam todos os sonetos premiados!

 http://www.avspe.eti.br/eventos/jogos/JogosFloraisDiplomas.htm

09
Jun10

O MILAGRE DO MAR INTERIOR

Maria João Brito de Sousa

 

E que me interessa a mim ir ver o mar

Se tenho um outro mar dentro de mim

Nas altas ondas que hei-de conquistar

Antes que o meu mar seque e chegue ao fim?

 

 Não penses que me podes encantar

Com líquidas promessas de delfim…

Aquilo que me importa é navegar

E eu só sei navegar se for assim…

 

Por minutos, por horas [ eu sei lá…],

Posso dar-te atenção. Tento ajudar-te

Mais, talvez, do que tu possas fazê-lo.

 

Depois, é no casulo que se dá

O milagre do mar… tudo isto é Arte

E é neste mar que a Arte sabe sê-lo…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 07.06.2010 – 19.17h

 

 

Imagem retirada da internet

08
Jun10

SÁBADO, DOMINGO, FERIADO MUNICIPAL E TERÇA FEIRA

Maria João Brito de Sousa

 

PALAVRAS SEM PALAVRA

 

 

Ele há tantas palavras traiçoeiras…

Palavras que prometem mas não dão

E outras tantas palavras prisioneiras

Das outras que prometem dar-lhe pão…

 

Palavras, como o fogo das fogueiras,

Consumidas, quais achas de carvão

Que nada pedem, que se dão inteiras,

Que acreditam ser úteis – e que o são! -

 

E as outras que, enganando, as entretêm

Nesse nunca acabar da sua entrega

Tendo humílimo lucro em tanta lavra,

 

Que dela vão bebendo e que não vêem

Que a palavra, em se dando, fica cega…

Falo-vos das palavras sem palavra.

 

 

Maria João Brito de Sousa – 30.05.2010, 12.22h

 

 

PALAVRAS COM RAIZES DE EMBONDEIRO  - Espólio e Escólio

 

 

Das muitíssimas coisas que não sei,

Umas há que me chamam, que me prendem,

Que apenas vislumbrando aprenderei

[isto é o que alguns nunca compreendem…].

 

Haja Sol sobre a Terra e se gorei

Algumas expectativas… que pretendem?

Jamais admitirei que vos não dei

As coisas que vos faltam [ mas não vendem…].

 

Falei-vos de” projectos para a morte”;

Ninguém levou à letra – espero eu… –

E acreditou que eu era suicida…

 

Falava-vos da História, do meu Norte,

Da Arte que em mim trago e que me deu

Raízes de embondeiro nesta vida.

 

Maria João Brito de Sousa – 06.06.2010 – 16.10h

 

 

 

SOLUÇÕES E DISSOLUÇÕES

 

 

Devagar, fecho a porta entreaberta,

Cerro os dentes com força e, decidida,

Retomo o meu lugar na estrada incerta

Do rumo original da minha vida.

 

Exactamente aqui, na descoberta

Do sentido, do rumo e da medida,

Pressinto, neste abraço que me aperta,

A salvação que penso garantida…

 

Mas salvar-me de quê?[ pergunto agora

que, de repente, entendo um pouco mais...]

Se tudo é relativo e, cá por dentro,

 

Sinto que a salvação está na demora

Deste estar como estou, entre os demais…

Salvar-me, então, de quê, se me não rendo?

 

Maria João Brito de Sousa – 29.05.2010 – 15.11h

 

 

 

FAZ CHUVA NO MEU SOL

 

 

Faz chuva nos teus olhos de poeta…

No debulhar das horas mais cansadas

Não há raio de sol que te prometa

Um dealbar de claras madrugadas

 

E escreves, no entanto… uma caneta

Nas tuas mãos nervosas, apressadas,

Traça-te os sonhos numa linha recta

Sobre papéis estendidos como estradas…

 

Ribomba outro trovão e tu, escrevendo,

Deixas-te iluminar por nova luz

Que o relâmpago traz no seu lampejo.

 

Mas, chova o que chover, eu bem te entendo;

É nas mãos que essa chuva te traduz,

Te converte num sol que quase invejo…

 

Maria João Brito de Sousa – 29.05.2010, 14.55h

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

04
Jun10

O CIENTISTA E O PRESO POLÍTICO

Maria João Brito de Sousa

 

Sou excêntrico, talvez, mas ocupado!

Concentração, trabalho e… mil respostas

Que passam pelo crivo ao ser dispostas

Com máximo rigor, maior cuidado!

 

A dúvida metódica é decerto

O caminho correcto, o mais preciso,

E, sem desistir nunca,  sou conciso

Até que o “longe” me pareça “perto”!

 

Alguns dizem de mim: - “Que distraído!”,

Mas o que hei-de fazer se esta procura

É a razão suprema dos meus dias?

 

Bom dia para si, que aqui convido

Pra toda esta alvorada de aventura

Do eterno pesquisar das sintonias!

 2010

 

 

 O PRESO POLÍTICO

*

Estou preso mas não sou vulgar ladrão!

Estou preso por lutar, ter ideais,

Por ter sonhos, por tentar fazer mais

Por este povo meu, nesta nação

 

Estar preso nem sempre é uma questão

De ser, ou não, culpado entre os demais…

Eu, o Preso Político, jamais

Roubei fosse o que fosse, a um irmão!

 

Talvez sacrificasse a minha vida

Na luta por um mundo bem mais justo,

Por um mundo que sonho promissor,

 

Mas fiz o que devia! Na corrida,

O sonho  pode ter um alto custo

Quando aposta num mundo bem melhor.

 

Maria João Brito de Sousa

01
Jun10

CASAL DE VELHINHOS

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Quantos anos por nós já se passaram?

Que rugas, que cabelos ralos, brancos?

Já perdemos a conta, somos francos,

Mas nossos braços sempre trabalharam!

 

Pouco fazemos já, mas ensinamos

O muito que a experiência nos deixou…

Sabemos bem aquilo que mudou

O mundo nestes loucos, novos anos…

 

Idosos mas ainda bem capazes

De mudar, de sonhar, de renascer

Ao lado do melhor dos nossos netos,

 

Sabemos que este mundo é dos audazes

E é por isso que queremos ver crescer

Mil sonhos e outro tanto de projectos!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

NOTA - Peço desculpa mas o editor de posts não está no seu melhor e eu já me cansei de tentar configurar a letra e a imagem.

 

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