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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
29
Jan10

UM SINAL COR-DE-BURRO-QUANDO-FOGE

Maria João Brito de Sousa

Atravessou com o sinal vermelho. Tinha adquirido aquele perigoso hábito nos tempos em que, ainda jovem, alguém se lembrara de trocar o polícia sinaleiro por aquele mastro inestético, insensível. Era um tempo em que cada segundo era precioso e picar o ponto antes do ponteiro dos segundos cruzar a linha vertical era bem mais imperativo do que obedecer a um sinal.Fosse de que cor fosse.

Mil vezes o haviam alertado. Mil vezes prometera tentar habituar-se. Primeiro com alguma convicção, depois com o automático: - Sim,sim… , de quem tem pressa em livrar-se de um assunto a que não dá a menor importância.

Naquele dia, em nada diferente dos anteriores, o sinal manteve-se invisível, se não aos seus olhos, pelo menos ao cérebro que tão refractário se mostrava em automatizar uma ordem dada por um poste cor-de-burro-quando-foge que, incomodativo, se erguia na perpendicular do plano da calçada…

 Foi exactamente por isso que nesse dia, em coisa nenhuma diferente de todos os outros, quando tentava atravessar a estrada do costume, um carro casual se aproximou vertiginosamente, se deu o inevitável impacto e experimentou a surpresa do voo inesperado.  

Ultrapassou na vertical o poste cor-de-burro-quando-foge, traçando no ar um arco de elipse, percepcionou o despontar de uma imensa dor surda, ergueu os braços numa infrutífera tentativa de se auto-proteger, sentiu que se lhe tornava impossível respirar, assustou-se ao perceber que não picaria o ponto nesse dia, vislumbrou o azul do céu, o branco da fachada do edifício em frente, o cinzento do asfalto, o vermelho da blusa da rapariga boquiaberta que atravessara antes de si e, pela primeira e última vez, viu o sinal mudar para a cor verde de uma esperança que não mais voltaria a fazer sentido.

 

Acabadinho de atropelar para http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

28
Jan10

NÓS, O TALENTO E A ARTE

Maria João Brito de Sousa

 

O que é que, a nós, nos torna originais?

Que fizemos… ou não? Como irá ser?

Pretéritos de nós, a acontecer

Em recorrentes ecos pontuais…

 

Nós, lógicos, falantes animais,

Perguntando-nos sempre e sem saber

O muito qu`inda está por entender

E querendo saber mais. Cada vez mais.

 

Talento? Pode haver, pode exprimir-se

Num mundo com fronteiras demarcadas

Por dogmas, venham lá de onde vierem…

 

A Arte apenas pode pressentir-se

Quando as muralhas forem derrubadas,

Quando as algemas d`alma se romperem!

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET (Pormenor de tela de Pablo Picasso na sua fase de "Cubismo Analítico")

27
Jan10

O SAL À FLOR DA PELE II

Maria João Brito de Sousa

                                                                                                                                         

 

 

 

 

Depois, no céu azul de um qualquer dia,

Congelado o momento de um sentir

Na tela imaculada do porvir,

Que resto de mim mesma sobraria?

 

Que sonho marcaria o rumo, o passo,

Deste ser como sou – não como devo… –

Em que assim me analiso e me descrevo

Na serena amplitude do meu traço?

 

E, se assim me é real tanta ilusão,

Realmente iludida, eu sou quem sou

E o mundo é comigo e eu sou nele…

 

Não quero prescindir da decisão!

Se nem sequer souber por onde vou,

Restar-me-á o sal à flor da pele!

 

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

26
Jan10

O SAL À FLOR DA PELE

Maria João Brito de Sousa

O SAL À FLOR DA PELE

*

Canto, na praia, o sal à flor da pele,

O vento encruzilhado em descaminhos,

O salto de acrobáticos golfinhos

 

E tudo o que esse sal em mim revele.

 *

 

Canto o tal por de sol com que sonhei,

Abrangente, ideal, tingindo tudo

Da sua cor, do seu lamento mudo,

Dessoutra luz com que o então verei

*

 

Canto só por cantar, como outros tantos,

Honro o sal do meu mar tecendo mantos

Sobre a noite da vida ao por-de-mim,

*

 

Mas só o sal tempera a minha voz

Embora enxergue ainda esse albatroz

Que há-de voar comigo até ao fim.

*

 

 Maria joão Brito de Sousa - 26.01.2010

25
Jan10

O PREÇO DA FRAGILIDADE

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

abrunheiro-bravo - Prunus spinosa.jpg

 

 

Não sei o que se passa e já não escrevo

Como `inda ontem escrevia, sem notar,

Como se me bastasse respirar

E nada perturbasse o meu sossego...

 

Começo a não saber se posso e devo

Escrever como escrevia; a viajar

Por dentro de mim mesma e, se calhar,

Sem as coordenadas desse enlevo...

 

Não mais me basta cama e mesa farta,

Palavras - das que usamos numa carta... -,

O sustento do corpo e pouco mais,

 

Pois se morrer mais cedo for o preço

Da minha identidade... eu mais não peço!

Menos terei morrido que os demais...

 

 

Maria João Brito de Sousa - 25.01.2010 - 11.16h

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

22
Jan10

ÀS SEGUNDAS FEIRAS

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Lembras-te ainda? Era às segundas feiras

Que este mundo girava em teu redor,

Que uma nova semana, abrindo em flor,

Prometia alegrias e canseiras…

 

Eram novos degraus de horas primeiras,

Era o recomeçar de um corredor…

Ao longe outros degraus ganhando a cor

Indistinta das coisas derradeiras…

 

Só à segunda feira esse começo

Era real, sensível, pertinente,

Invariavelmente desejado…

 

Ainda hoje assumo e reconheço

Que é difícil esquecer, ser-lhe indiferente,

Vivê-la e, sem notar, passar-lhe ao lado…

 

 

Escrito para http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

 

IMAGEM RETIRADA - com um enorme sorriso - DA INTERNET...

21
Jan10

POETAS COMO ÁRVORES

Maria João Brito de Sousa

 

Poetas são como árvores de fruto

Que trazem seiva-sangue em suas veias

E crescem num pomar onde as ideias

Entoam mil canções de sonho... ou luto

 

E são também palavras por nascer

No prenúncio do verbo aberto em flor

Que sobressai no tronco ao dar-lhe a cor

E acaba por estender-se a todo o ser...

 

Poetas com raízes verticais,

Com ramos de vontade e persistência

Reforçando a versão de obra imprevista,

 

Brotam por toda parte, ornamentais,

E criam, sem parar, numa impudência

Que, às vezes, nos fascina e nos conquista…

 

 

Maria João Brito de Sousa - 21.01.2010 - 14.12h

 

 

 

 IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

 

20
Jan10

O ARTIGO DE PRIMEIRA PÁGINA

Maria João Brito de Sousa

 

 

Eu hoje trago imensas novidades!

Notícias bem fresquinhas, a saltar,

Coisas de que ninguém vai duvidar,

Sobre as limitações das liberdades!

 

Trago coisas secretas, que não sabes,

Mas das quais tu vais querer ouvir falar

E se eu, agora mesmo, as publicar,

Não farei mais do que falar verdades…

 

Mas… pensando melhor, antes me calo!

Pode alguém não gostar do que aqui falo,

Pode alguém ofender-se e contestar…

 

Afinal… eram só opiniões!

Nada de escandaleiras ou traições

Nem tragédias, sequer, pr`a vos contar…

 

 

 IMAGEM RETIRADA DA INTERNET - Ardina de Lisboa

 

 

 

19
Jan10

SÁBADO, DOMINGO E... TERÇA-FEIRA

Maria João Brito de Sousa

 

A EMANCIPAÇÃO DA NARRATIVA

 

 

Que estranhas provações eu já provei…

Um qualquer astro que se chegue a mim

Perguntará se já fui feita assim

Ou se acaso aprendi, me transformei…

 

Aquela que vos conta o que passei

Não é, como pensais, capaz de um “sim”

Sem ant` estrebuchar até ao fim

Nessas muralhas de aço que eu lhe dei…

 

Se um narrador diz “eu”, nem sempre o “eu”

Se refere, afinal, ao narrador…

Como vós bem sabeis, sempre assim foi!

 

Por isso Ela é, tão só, quem concebeu

A minha própria essência, esse valor

Que tanto nos faz rir como nos dói…

 

 O PAPEL PRINCIPAL

 

 

 

Amou desse amor louco, inexplicável,

Sem fundamento, sem sentido até…

Perdeu-se do seu rumo – a sua fé –,

Tornou-se muito pouco razoável.

 

Fez questão de partir sem ter chegado;

Fez questão de encontrar-se antes de si…

Estava nesse ir e vir quando eu o vi,

Correndo entre futuros… no passado.

 

O “Louco” dessa peça, era, porém,

Aquele que conseguisse ir mais além…

Fui primeira-figura e, sem notar,

 

Dei comigo no palco, travestida.

Assim cumpri milénios desta vida

Quando tinha o papel por decorar…

 

 

 

 

PRIMEIRO A VERDADE!

 

 

Às vezes… muitas vezes… tantas vezes!

Pareço bem pior do que o que sou…

Fico “bicho-de-conta” e não me dou,

Nem partilho alegrias e revezes…

 

Outras, porém, acendo-me em sorrisos!

Sou girassol aberto a quem passar

E desfaço-me em noites de luar,

Abstrusa, inexplicada, entre os concisos…

 

Por vezes torno-me ostra, outras… enfim…

Consigo-me afastar até de mim,

Não sei por onde vou nem se lá chego…

 

Umas vezes criança, outras já velha,

Umas habilidosa, outras “aselha”…

Mas – primeiro a verdade! – eu nunca o nego! 

 

 

 

IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

18
Jan10

O RESTO DO POEMA...

Maria João Brito de Sousa

O VERSO FINAL
*


Não recorda o que fez. O que não fez

Foi escrito noutras horas de outros dias

E perdeu-se nas vãs filosofias

De um tempo em que vivia de porquês...
*

De mais nada se lembra... Só, talvez,

Das desoras remotas e tardias,

Em que o moviam estranhas ousadias

E, em vez de um dia, projectava um mês

 

Partirá sem saber. Esse é, decerto,

O fruto que plantou no tal deserto

Em que o seu dia a dia se tornou
*

Na perspectiva holística do ser,

Decerto se lembrou de o não esquecer,

Mas do verso final... não se lembrou.
*

Mª João Brito de Sousa

Janeiro 2010
***

 

 

15
Jan10

UM RELÓGIO QUE GRITA EM PORT AU PRINCE

Maria João Brito de Sousa

 

Ontem sorri, mas hoje não consigo…

Tanta gente sem tecto ou alimento,

Tão grande, tão enorme o sofrimento

De quem vive em terror, sem ter abrigo…

 

Ontem sorri, ainda descuidada

Dos que sofriam num terror sem fim…

Hoje, só de o tentar, descubro em mim

O medo dessa gente soterrada.

 

Hoje nem sei chorar. Que inútil sou!

Num corpo de que a vida se apartou,

Um relógio, marcando ainda as horas,

 

Mostra as vidas perdidas num relance…

Um relógio que grita, em Port au Prince:

- É preciso actuar sem mais demoras!

 

 

IMAGEM DE TELA DE SALVADOR DALI

RETIRADA DA INTERNET

14
Jan10

A GAVETA DOS ACASOS

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Todos deveriam ter uma, pensou ao abrir a gaveta superior da secretária.

As nuvens, lá fora, não haviam meio de decidir-se. Invadiam o espaço exterior como rainhas absolutas da tarde. Ameaçavam mesmo invadir-lhe o quarto, pousar sobre ela, asfixiar a criatividade que de si emanava. E por ali pareciam estar apostadas em manter-se, tiranas, gordas, pasmas.

- Antes chovesse…, murmurou enquanto retirava as primeiras folhas de papel descuidadamente arrumadas na “gaveta dos acasos”. Amontoava-as, agora, sobre uma cadeira, em gestos rápidos e mecânicos, uma parte de si concentrada na tarefa, a outra lá por fora, onde os cúmulos cinzentos se indecidiam sobre a sua vocação tempestuosa. Mas nada parecia fazer sentido naquela tarde de chumbo e a arrumação nunca fora um dos seus melhores trunfos.

 

Um pedacito de papel amarelecido chamou-lhe, subitamente, a atenção. Apenas o vislumbrara entre montanhas de papel mais recente, encarquilhado nas pontas, prometendo memórias que dissipariam as nuvens pesadonas que a olhavam embasbacadas. Não foi fácil redescobri-lo e retirá-lo do caos que sempre fora a sua “gaveta dos acasos”, mas a paciência, essa sim, sempre tinha sido uma das suas grandes qualidades.

As pontas dos dedos tacteavam, escolhiam, procuravam a textura e as medidas que correspondessem ao apetecido pedacinho de papel que, por segundos, enxergara.

Encontrou-o, por fim, e lá o conseguiu trazer, intacto, até onde os olhos pudessem decifrar as letras que o tempo começava a desbotar. A caligrafia não era a sua. Esta foi a primeira certeza que teve em relação ao rectangulozinho amarrotado. A partir daí as memórias fluíram-lhe em catadupa, substituindo a chuva que nunca mais acontecia, como se se eternizasse na incompletude da sua própria indecisão.

Recordou o avô sentado no seu imponente cadeirão. Imponentes os dois, cadeirão e avô, mas ambos tão acessíveis quanto uma pequena escalada em direção aos joelhos do velho patriarca, sempre confortáveis e disponíveis.

 

Recordou, também, a sala inteira. A mesa oval, de mogno. O enorme divã do lado esquerdo do aposento, junto às vidraças que davam corpo à parede poente da divisão. A magnífica braseira de cobre assente na sua base octogonal de madeira envernizada. Os louceiros que se erguiam à direita como antevisões do que lhe parecia ser um par de negros arranha-céus, tão alto se erguiam em relação aos seus quatro ou cinco palmos de altura.

 

Ouviu a avó, na cozinha, dando uma breve ordem à criada. Ouviu o barulho dos tachos sobre o fogão, a água jorrando da torneira e, de repente, viu-a a “Ela”, a borboleta-da-noite que viera pousar-lhe na mão e que fora a grande musa da primeira quadra que o avô-poeta registara, deliciado, naquele mesmo pedacinho de papel.

 

Ó borboleta da noite,

Linda do meu coração!

Ó borboleta da noite,

Pousa aqui, na minha mão!

 

Sorriu confortavelmente deliciada com a reconquista das suas memórias.

 

 

Olhou casualmente para fora e reparou que as nuvens continuavam naquela mesma pasmaceira grávida, húmida e cinzenta que a levara a remexer na gaveta. Mas tudo isso deixara de ter a menor importância a partir do momento em que retomara o contacto com aquele seu passado remoto.

 

- Talvez nem fosse uma borboleta… - pensou, sorrindo ainda - podia muito bem ser uma simples traça… afinal é tão fácil ver tudo maior e tão mais imponente quando se tem três anos de idade…

 

 

Recordado para http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

 

 

PARABÉNS A VOCÊ!  - O poetaporkedeusker faz hoje dois anos de idade. Percursinho difícil, cheio de "maleitas" e altos e baixos... mas não deixa de ser um percurso! E porque o Poeta é a minha própria vida, sem querer parecer vaidosa, hoje sinto-me DE PARABÉNS!

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