Maria João Brito de Sousa
Quem mente aqui? Porquê a acusação?
Valha-te Deus, não sabes o que dizes!
Estou pobre mas feliz entre os felizes
E sabes muito bem que: - Mentir, não!
Porque hei-de demonstrar falsa ambição?
No palco, entre os actores e as actrizes,
Sou árvore a prender suas raízes
No final desta última sessão.
Fico, contudo, em paz. Desabafei!
De tudo o que já disse - e não retiro! -
Confesso ter, decerto, exagerado...
Privada de aceder, logo pequei...
Escrevi umas palavras como um tiro,
Deixei o palco todo alvoroçado...
Maria João Brito de Sousa - 30.06.2009
Imagem retirada da internet - vulcão em erupção
publicado às 11:53
Maria João Brito de Sousa
Não sei porquê nem como. Não faço ideia de quem poderia ter feito isto... ou faço, mas posso estar erradíssima e, por isso, é como se não soubesse. A verdade é que me bloquearam o acesso aos meus blogs.
Primeiro foram as fotos e,agora, os blogs inteirinhos... pandemia sazonal ou "um caso isolado"? Não sei. Não faço a menor ideia...
Sei que a brincadeirinha se está a repetir e que eu já "cresci" o suficiente para não ficar em pânico. Este post vai ser publicado por uma amiga e, se acaso eu não voltar a ter acesso à publicação, podem ter a certeza de que continuarei a trabalhar. Pode ser em ficheiro, em papel, em tela, em madeira... pode ser no que eu muito bem entenda, mas vou continuar a trabalhar :)
E não volto a pôr os Lellos em cima do 2008, nem fita cola na webcam... :))
Se houver uma forma de voltar a publicar, eu fá-lo-ei com a maior das certezas.
Até quando Deus quiser e um abraço de cometa:)
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Maria João Brito de Sousa
publicado às 18:09
Maria João Brito de Sousa
(Soneto em decassílabo heróico)
O mar de que vos falo é todo meu,
Nasceu dentro de mim em tempos idos
E foi-se acrescentando aos meus sentidos
Nesse excesso de mar que em mim cresceu
E me fez mar, nos sonhos concebidos
Por vontade de um sonho onde nasceu...
Se, acaso, esta ilação vos ofendeu
E, nisto, vos sentis desiludidos,
Pedi ao mesmo mar que vos falou
Da estranha descrição que, em vós, teceu
Que deixe de gritar-vos aos ouvidos
Das praias e rochedos que galgou
Nas marés em que a vida vos perdeu
Em paixões de tamanhos desmedidos...
Maria João Brito de Sousa – 29.06.2009
NOTA - Soneto (mal) reformulado a 05.06.2014
publicado às 12:22
Maria João Brito de Sousa
Na vertical de mim, um ponto incerto
A vacilar num vértice inseguro
Sobre a horizontal de um risco puro
Onde corre uma a lágrima, em directo.
Se, acaso, ali ficando, estabiliza,
Logo outra aspiração o faz tremer,
Como se fora inútil o seu querer
Quando uma construção se idealiza.
Aqui estou; vertical, mas oscilante.
Que estranha condição, a de aspirante
À perfeição de ser-se o que é sonhado…
Sou árvore num ponto equidistante
Entre a raiz de um sonho delirante
E um tronco humanamente acomodado.
Maria João Brito de Sousa - Junho 2009
publicado às 11:56
Maria João Brito de Sousa
Ele há lá ramos como os dos pinheiros!
Ascendem sinuosos, retorcidos,
Invencíveis, ainda que vencidos,
Distantes e, contudo, hospitaleiros.
Altos ou não, serão sempre altaneiros
E cada um faz sempre o seu sentido…
Independentes, sempre, embora unidos
Como peças de um puzzle des-inteiro…
São braços que se alongam, terminando
Em mil agulhas finas, rescendestes,
Que acenam lá do alto e me fascinam.
Subo até lá, onde eles vão acenando,
Neles me confundo em confissões urgentes
E tento aprender tudo o que me ensinam.
Querem "cuscar" um bocadinho? Passem no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/ , "cusquem" à vontade e levem o desafio connvosco, se assim o entenderem... está dedicado a todos vós! :)
publicado às 12:05
Maria João Brito de Sousa
O MAR NA MINHA MÃO *
Muitas vezes não sei o que dizer
Sobre um mar tão imenso, tão profundo,
Que reina sobre nós e sobre o mundo...
Eu, que não sou ninguém, que hei-de fazer? *
Como posso pensar em descrever
Um mar a que não sei medir o fundo?
Imaginar que vós, a quem infundo
Tais dúvidas, houvesseis de o saber... *
Explicar uma tão grande imensidão,
O azul intenso, as ondas quais capelas,
As marés e os mistérios que são seus, *
É ter o próprio mar na minha mão
E voltar a singrá-lo em caravelas;
Não é crer-me poeta, é crer-me Deus... *
Maria João Brito de Sousa - 22.06.2009
IMPORTANTE- Dêem um pulinho
ao http://linhaseletras.blogs.sapo.pt/104633.html !
Nasceu um novo livro escrito por uma poetisa alentejana, a nossa amiga IDALINA PATA!
publicado às 14:41
Maria João Brito de Sousa
Hoje, meus amigos, o meu post é muito especial! Se quiserem ver-me é só seguirem o link
http://free-stile.blogs.sapo.pt/
Abraço grande, grande! :)
publicado às 12:24
Maria João Brito de Sousa
Prognóstico de mim: - Serei feliz!
Mais coisa, menos coisa, tudo tenho
E embora sendo pobre - aqui convenho... -
Sou produto da minha geratriz.
Esta minha aparência não condiz
Com os padrões do mundo em que mantenho
Mil braços que me sobem pelo lenho
Mas que nunca se afastam da raiz.
Ele há tantos abalos! Terramotos,
Furacões que hão-de, um dia, derrubar-me!
Acreditem, só digo o que é verdade...
Assim foi desde os tempos mais remotos;
Nascer, crescer, morrer sem condenar-me,
Sem que comigo morra a felicidade!
Acabadinho de nascer para a http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/ :)
Imagem retirada da internet
publicado às 14:13
Maria João Brito de Sousa
Vê lá tu… é verdade o que me dizes
Quando falas de tempos bem melhores,
Quando evocas, saudoso, outros alvores
Em que éramos, decerto, mais felizes…
Mas vê melhor! O tempo tem matizes
Que sempre exibem renovadas cores
E, destes tempos maus, outros piores
Poderão só esperar que os concretizes…
Tenta, portanto, – menos pessimismo!
Afastar-te depressa desse abismo
Que teimas em escavar sempre a teus pés.
Aproveita este tempo que é tão teu!
O outro, o que passou, já se perdeu
E tu, até morrer, serás quem és…
Imagem retirada da internet
publicado às 09:30
Maria João Brito de Sousa
Quiseram-me domar. Eu não deixei.
Quiseram-me a palavra. Eu não vendi
Pois não foi esse o preço que eu pedi
Nem é esse o destino que eu lhe dei.
Quiseram-me calar. Eu não calei.
Não sei se me ganhei, se me perdi…
Só sei falar daquilo que vivi
E não do que mais tarde viverei.
Tentaram – se tentaram! – condenar-me,
Impor-me soluções, depois calar-me…
Tentaram mas depressa desistiram.
Amanhã ou depois hão-de aceitar-me,
Depois, quando não queiram mais tentar-me
E não possam dizer que o conseguiram…
publicado às 09:30