Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
19
Mar09

UM QUASE NADA...

Maria João Brito de Sousa

Um quase-nada basta… e sou feliz!

Um sorriso, uma flor, um gesto amigo…

Qualquer telhado velho é um abrigo!

Um lápis, um papel… tudo o que eu quis!

 

Um sonho? Um Universo e ninguém diz

As coisas que, em sonhando, aqui consigo…

Aqui eu sou feliz pois penso e digo

E sei que sou, do sonho, imperatriz… (*)

 

Um quase-nada… e fico tão contente!

Tudo o que seja absurdo, incoerente,

Me faz sentir mais rica do que tantos…

 

Um quase-nada… e julgo-me inocente

Da vulgar ambição de toda a gente!

[e penso estar no céu, junto dos santos…]

 

 

* - Ainda mais inalcançável do que as princesas…

 

Nota Importantíssima - Eu hoje disse mentiras!!! Se não acreditam, vão ao http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/  e comprovem com os vossos próprios olhos!

E, já agora, tentem lá descobrir quais são as três mentirinhas...

 

18
Mar09

A DEFINIÇÃO DE LINHA RECTA

Maria João Brito de Sousa

Dá-se um pedaço de alma e todos pensam

Poder ser capitães da nossa barca…

Mas por cá não há príncipe ou monarca

Que possa ditar leis que me mereçam

 

Um : - Faço sim senhor!, sem que mo peçam.

Se alguém quiser passar e deixar marca,

Neste mundo ideal, de glória parca,

Melhor será que passem sem que impeçam

 

O meu imaginário de florir…

A decisão ainda está por vir

E eu só quero mesmo é ser poeta…

 

Se alguém me cativasse, o meu timão,

Talvez pudesse até mudar de mão…

[não tem princípio e fim a linha recta…]

 

 

Dois desafios à vossa espera no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/ 

 

Façam favor de entrar!

17
Mar09

ESTÓRIA DE ENCANTAR

Maria João Brito de Sousa

Não esperes, de mim, grandes veleidades

Nem dramas dos de faca-e-alguidar...

Eu, de louca que sou, só sei sonhar

E falar dos meus sonhos, quais verdades...

 

Não vou falar do medo ou das saudades!

Hoje só conto histórias-de-encantar,

De palácios de prata e de luar

Com princesas de todas as idades...

 

Hoje, eu, a contadora-de-mil-estórias

[que deixo registadas, quais memórias

daquilo que por cá fui encontrando],

 

Sou, embora poeta, uma Princesa!

Derrotei, finalmente, essa tristeza

Que, às vezes, me consegue ir derrotando...

 

 

Imagem retirada da internet

 

 

 

16
Mar09

QUANDO EU PARTIR

Maria João Brito de Sousa

Há tanto por dizer… mas se eu partir

Muito antes de falar do que pretendo

Aviso-vos agora; eu não me rendo

Enquanto a vida assim o decidir.

 

Há tanto por falar, por aprender,

Por partilhar, no meu entendimento,

Que mesmo que me vá, eu só lamento

As coisas que não disse e quis dizer…

 

Lamento ser pequena e limitada…

De resto não lamento mesmo nada.

Dou-vos o meu melhor. E mais não digo!

 

Quantas vezes alegre, a gargalhada

Me salta da garganta, endiabrada,

E só quer a partilha de um amigo?

 

 

 

Imagem - Fotografia tirada há dois dias atrás, depois de a D. Isa ter decidido que eu me deveria candidatar a modelo de "passerelle" e me ter enchido de trancinhas...

Porque eu também sou muito alegre... quando não estou triste.

 

15
Mar09

FEITICEIRAS

Maria João Brito de Sousa

 

Não acredito [...mas sei!]

Que há almas transparentes como o ar

Que há sereias e tritões

No mais profundo do mar

E que as fadas, às vezes, me vêem visitar.

 

Não acredito[... mas sei!]

Que a morte é uma fronteira

E logo a seguir a ela

Mora a vida verdadeira.

 

Não acredito[... mas sei!]

Que há bruxas, gnomos, duendes,

Que vêem repreender-me

Por viver tão alheada

Dessa realidade alada,

Virtual, imaginada,

Mas que está sempre presente!

 

 

Poema, em viagem desde 1993, para a http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

 

 

Imagem - Acrílico sobre papel

Maria João Brito de Sousa, 1999

14
Mar09

O RASTO DO COMETA IV

Maria João Brito de Sousa

Deixa o rasto, cometa, deixa o rasto,

Porque um rasto, cometa, vale a pena.

A vida é dia a dia, mais pequena,

Quando se vai perdendo rota e lastro.

 

Deixa o rasto cometa. O tempo gasto

A fazer com que o rasto fique em cena

É o tempo em que a vida, mais serena,

Te deixa ser mais útil, se mais casto…

 

Deixa o rasto cometa. A tua vida

Estará, na dimensão do que sonhaste,

No rasto que de ti nos vai ficando.

 

Deixa o rasto na terra-prometida,

Nas letras das palavras que deixaste

Enquanto tu, por cá, foste passando.

 

 

Maria João Brito de Sousa - 14.03.2009 - 21.42h

 

 

 

 

Imagem retirada da internet

 

 

13
Mar09

ALTER EGO

Maria João Brito de Sousa

Responde-me; se existes –porque existes!-

Quem és, quem pensas ser, por onde vais?

Que te distingue de outros animais?

Serás dos mais felizes entre os tristes?

 

Quem és que, embora morto, assim resistes?

Porque razão és “tu” entre os demais?

Porque não “eu” se, enfim, somos iguais?

Porque é que te não calas nem desistes?

 

-Demasiado louco pr`a saudável

E por demais saudável pr`a ser louco,

Eu sigo por seguir. Se me encontraste,

 

Talvez possas pensar que é condenável

Ser assim como sou: tanto e tão pouco…

Mas sou, exactamente, o que sonhaste.

 

 

Soneto dedicado à Carla Ribeiro, com o meu pedido de desculpas por não ter ainda respondido a um convite seu, dada a instabilidade ao nível da saúde dos meus pequenos companheiros e às incertezas quanto ao acesso à internet.

 

13
Mar09

NÓS, DESTINO...

Maria João Brito de Sousa

Nós, poema, animais e coisa esparsa,

Nós, abstracto-concreto e força viva,

Nós, a estranha e expurgada comitiva

Com olhos de luar, asas de garça,

 

Nós flâmulas, nós almas que respiram,

Nós todos e nenhuns, nós persistentes,

Nós desacreditados-sencientes,

Nós raiz de mil coisas que partiram,

 

Nós feitos-imperfeitos, mas reais,

Nós por mundos e estradas virtuais

Sobrevivendo e sendo genuínos,

 

Nós, apesar de tudo inofensivos,

Criadores ou veículos passivos,

Nós paradoxos-vivos, nós destino.

 

 

Voltei para vos dizer que hoje há um desafio de poesia no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/  , que está com um novíssimo "visual". Oito bogs foram obrigatoriamente desafiados, mas gostaria de oferecer o prémio a todos os que por lá se dignem passar.

12
Mar09

SACIEDADE

Maria João Brito de Sousa

 

Fico dentro de mim, onde o mar cresce

E, ao entardecer, o sol se põe,

Onde, aceso, o luar se sobrepõe

À penumbra da tarde que então desce.

 

A lua que me nasce é vagabunda

E sabe-me de cor, pede-me tudo...

Eu também a conheço e não me iludo

Mas aceito o luar que então me inunda.

 

Dou dois passos em frente e três atrás...

E finjo acreditar, faço-me louca.

Sigo as regras do jogo e dou as cartas

 

Porque, ó lua, afinal o que me dás

Não será o que eu quis mas coisa pouca

Sacia este vazio das almas fartas.

 

 

Imagem retirada da internet

 

 

 

 

10
Mar09

SEI LÁ...

Maria João Brito de Sousa

Sei lá se hei-de poder falar de amor,

Dessoutro amor, entre homem e mulher…

Vivi-o sem, contudo, me esquecer

Porque o vivi em todo o seu esplendor.

 

Poucas vezes, também, falo da dor

No entanto sei dá-la a entender…

Há tantas, tantas coisas por fazer,

Mas eu nenhuma faço por favor…

 

Amor é, para mim, este acordar,

Esta candura branda, que ao tocar

Me faça enternecer o coração…

 

Há amores que eu só posso recordar,

Sorrir, deixá-los lá, nesse lugar,

No espaço-tempo de outra geração…

 

 

Imagem retirada da internet

 

 

09
Mar09

SER FELIZ... APESAR DE TUDO

Maria João Brito de Sousa

Eu sou feliz mas... não, feliz não estou.

Tantos velhos amigos já partiram,

Tantas horas magoadas me impediram

As tantas gargalhadas que não dou.

 

No entanto, esta tarde, o sol brilhou

E outros velhos amigos me sorriram...

Serei então feliz - se mo pediram-

E se puder dizer que já passou.

 

Contudo, mesmo em mágoa, até chorando,

Eu sei que estou a dar o meu melhor,

Que encontro sempre tempo para amar

 

E posso garantir-vos que, sonhando,

Sei que `inda poderia ser pior

E sinto-me feliz, mesmo a chorar.

*

 

Maria João Brito de Sousa - 09.03.2009

 

 

 

"Puberdade" - Maria João Brito de Sousa

 

 

Soneto revisado e reformulado a 05.08.2011 -02.29h

 

 

08
Mar09

MULHER

Maria João Brito de Sousa

 

Mulher. Eva-Mulher fui concebida

Neste omni-receptor  em que me sei

E dos genes de mim, um dia dei,

Em gestação, continuidade à vida.

 

Por tanto dar de mim e por ser tida

Como a matriz de tudo o que engendrei,

Quis ir mais longe ainda e procurei

A obra nunca dantes conseguida.

 

Eva-Mulher me sei e me vou sendo

E vou ainda além do que eu entendo

Procurando as razões deste quem-sou.

 

Eva-Mulher. A tudo o que me prendo

Procuro dar-me ainda e só pretendo

Saber de aonde vim, pr`a onde vou…

 

 

 

Um prémio "maneiro" à vossa espera no

 

http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!