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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
06
Out08

O DESLUMBRAMENTO

Maria João Brito de Sousa

Neste deslumbramento de andorinha

Que a génese da vida gera em mim,

Vislumbro o recomeço de outro fim

Num vai-vem sazonal que é coisa minha

 

E neste infindo ciclo se adivinha

Uma urgência maior que vai assim

Renovando destinos de Arlequim

Que não sabe viver sem Colombina.

 

E tudo o que germina se avizinha

Desse deslumbramento que me impele,

Dessa força sublime e imparável

 

Porque um desejo-alado me encaminha

Urgindo um universo que revele

O seu deslumbramento inenarrável.

 

Ao FreeStile porque vai ser avô.

 

Imagem - Pormenor da tela "O Filho do Homem"

                Maria João Brito de Sousa, 2006

05
Out08

PORTUGAL 2010

Maria João Brito de Sousa

Dois séculos de "Res"! Um quase nada

Em termos de outra imensa eternidade...

`Inda agora se enfrenta a tempestade,

`Inda há pouco foi terra conquistada...

 

Dez séculos de História, ó Pátria amada,

E apenas dois de "Pública" igualdade...

E se Pátrias `inda és, se for verdade

Que perduras enquanto "Res" sagrada,

 

Estarás, Pátria-menina, a percorrer

Agora o teu caminho de mulher,

Madura, coerente, amante e mãe.

 

Pequenino jardim beijando o mar,

Ainda com mil sonhos por sonhar,

Porto de abrigo a quem vier por bem...

 

Imagem- Alegoria da Républica Portuguesa

 

04
Out08

O ESTRANHO CASO DA MULHER QUE SEMEAVA COMETAS I,II E III

Maria João Brito de Sousa

O caso da Mulher-Que-Traz-Cometas

(porque assumiu a sua condição

e vive nesta humana dimensão

sonhando o Paraíso dos Poetas)

 

É um caso verídico, actual

E nada, mesmo nada, a mudará.

Será cometa enquanto andar por cá

(embora o mundo seja virtual...)

 

A Semeia-Cometas sempre o foi...

Por mais que o mundo toque onde lhe dói,

Tem o seu testemunho pr`a passar.

 

A mulher traz cometas nos seus braços

E alheia a confusões e a cansaços

Continua entre nós a semear...

 

(continuação)

 

Continuação do caso verdadeiro

Da Mulher-Dos-Cometas-Virtuais:

- A história já vendeu tantos jornais

Que acabou por correr o mundo inteiro!

 

Tanta tinta correu por causa dela

E tantas edições foram esgotadas,

Que até duas velhinhas entrevadas

Vieram a correr para a janela!

 

Procura-se a Mulher-Que-Traz-Cometas!

Consta que, em tempos, teve tranças pretas

E veste sem requinte e sem cuidado.

 

Procura-se por excesso de verdade.

Procura-se por falta de vaidade.

Procura-se por estar no mundo errado!

 

(epílogo)

 

A Mulher foi julgada em tribunal.

Acusada de "porte de cometa",

A ré dá pelo nome de Poeta

E mantém a postura marginal.

 

Não nega nem confessa o que já fez,

Sorri quando a confrontam c`os lesados

E trouxe mil cometas pendurados,

Tentando semear, mais uma vez!

 

O Caso dos Cometas decorreu

Na arena deste nosso Coliseu,

Numa sessão de porta bem fechada.

 

Dois milénios de pena, em domicílio.

Não pensa em recorrer, recusa auxílio,

Não está arrependida e não diz nada.

 

Ao Fisga com o desejo de rápidas melhoras.

 

Ao Carlos Magalhães porque me faz lembrar

Hércule Poirot.

 

Ao Sapo que, há mais de um mês, se debate com a terrível pandemia da "caixa de correio fulminante".

 

(imagem retirada da internet)

 

03
Out08

DE PASSAGEM VI

Maria João Brito de Sousa

Quantas vezes passei, quantas perdi

O rumo desse Céu tão prometido...

De novo uma passagem. Que sentido

Faria eu se não estivesse aqui?

 

Por isso vou passando e aprendendo

E semear a espr`rança é o meu rumo

Porque me ergo e desenho a fio-de-prumo

E em verso, traço e côr é que me acendo.

 

Vou de passagem. Tudo, tudo passa,

Excepto o que nos move. Essoutra Graça

É perene, constante, inevitável...

 

Quantas vezes cheguei, quantas parti,

Melhor por cada corpo que "vesti",

Mas ainda imperfeita, ainda instável...

 

À Velucia

 

(Imagem retirada da internet)

02
Out08

DE PASSAGEM V

Maria João Brito de Sousa

De passagem me vivo e me acrescento

E, ao partir, estarei multiplicada

No eco dos meus passos nesta estrada

Que percorro sem sombra de lamento.

 

De passagem me sei e me procuro

Semeando de mim por terra e mar.

Por quanto recebi vos quero dar

Um pouco do que sou... enquanto duro.

 

De passagem. Estou sempre de passagem

E quase a terminar esta viagem

Que a última estação é logo ali...

 

Adeus! Talvez: - Até ao meu regresso!

A vós qu`inda ficais, eu nada peço

Senão quanta ilusão de vós bebi...

 

Imagem - "Pã e a Gravidade da Maçã Verde"

                 Acrílico sobre prancha

                 76x57cm

                 Maria João Brito de Sousa, 1999

01
Out08

O RASTO DO COMETA

Maria João Brito de Sousa

É devagar. É sempre devagar

Que a cada amanhecer se segue um dia

E devagar se exalta essa alquimia

Porque o dia se fez para exaltar.

 

É sempre devagar que o sol se põe,

Segundo este conceito muito nosso

(e mais não vou dizer porque não posso...),

E a noite se desdobra e se compõe

 

É sempre devagar que a tarde morre,

É devagar que a lua se descobre

E devagar, ainda, o mar se estende

 

Na areia preguiçosa de uma praia.

Devagar o cometa, antes que caia,

Deixa o rasto no céu e não se rende...

 

À Linhaseletras

 

Imagem - "Mátria" (obra adquirida)

Pág. 3/3

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