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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
18
Jan08

O MUNDO NUMA MÃO

Maria João Brito de Sousa

 

 



O MUNDO NUMA MÃO

*

 

 

Debalde me levanto e me preparo

Para abarcar o mundo num abraço

E, sem sequer saber porque é que o faço,

Ao tentar abraçá-lo é que reparo

*

Que, sendo humana, ainda me deparo

Com as limitações do gesto escasso

E embora traga um mundo no regaço,

Sou apenas humana e não me é raro

*

Sentir-me aprisionada e pequenina

Neste corpo magoado e perecível

Em que as asas não passam de ilusão,

*

Ou meras fantasias de menina...

Ah, só sonhando pode ser possível

Caber-me, inteiro, o mundo numa mão!

*

Maria João Brito de Sousa - 18.01.2008 - 19.23h

 

(Reformulado a 22.09.2016)

 

18
Jan08

THE SUICIDE OF THE PINK WHALE

Maria João Brito de Sousa

Este é um trabalho muito grande. Está, neste momento, nas Galerias do Estoril, numa loja de Arte e Antiguidades, para venda.

Se algum dia forem até lá, dêem uma espreitadela ao andar inferior, à direita de quem desce a escada rolante, depois de passar pelo "water closet".

Se acharem um pouco naif... digam o mesmo de Gauguin!

 

 

Maria João Brito de Sousa

18
Jan08

MARIA-SEM-CAMISA IV

Maria João Brito de Sousa

digitalizar0045.jpg

 

Maria-Sem-Camisa IV

 

Maria-Sem-Camisa é tão feliz
E passa pela vida tão contente
Que vai contagiando muita gente
Que julga ser loucura o que ela diz.

 

O Mundo bem tentou; ela não quis,
Em troca de riquezas, ser prudente
Ou vender-se por honras de regente
Que a fizessem mudar de directriz

 

Porquanto alia a mente ao coração
E é nisso que norteia a sua vida....
Com glória e com riquezas, nada quer,

 

Nem lhes presta, sequer, muita atenção,
Cuidando de não ser repreendida...
No fundo, é mais poeta que mulher!

 


Maria João Brito de Sousa - 18.01.2008 - 14.45h

 

 

17
Jan08

PENAS NO MEU TELHADO...

Maria João Brito de Sousa

PENAS DO MEU TELHADO

*

 

Mil asas colorindo o meu telhado

Às sete da manhã de cada dia

Que têm por missão dar-me alegria

Em troca de migalhas e cuidado...

 

 

 Mil asas justificam-me o pecado

De não dar atenção à portaria

Que promete uma coima que arrepia

A quem alimentar o bando alado.

 

 

 Talvez me identifique com as penas,

Ou talvez tenha pena... não sei bem,

Mas todas as manhãs o alimento!

 

 

 Sempre que o faço nascem-me poemas

E todas essas penas vão, também,

Buscar ao meu telhado o seu sustento.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 17.01.2008 - 15.17h

 

17
Jan08

MARIA-SEM-CAMISA III

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

Maria-Sem-Camisa III

 

 

É uma sem camisa, essa Maria

Que vive, noite e dia, na canseira

De escrever os sonetos que Deus queira

Como se fosse  alguma mais-valia

 

E há quem já nem lhe ature a teimosia

Quando ela, a "poetar" dessa maneira,

Não escuta nem consente à sua beira

Quem quer que lhe interrompa a fantasia.

 

Maria-Sem-Camisa nunca pára,

Teclando ou rabiscando até se esquece

Que o mundo gira ainda ao seu redor

 

E que ela será sempre uma ave-rara

Porque não muda nunca... até parece

A cada ano que passa estar pior.

 

 

 Maria João Brito de Sousa - 17.01.2008 - 02.56h

17
Jan08

DICOTOMIA

Maria João Brito de Sousa

Este é um trabalho a aguarela e pena com 70x46cm.

 

 

 

Muito filosófico, não é?

Esta dicotomia é inerente à própria vida e não é exclusiva do ser humano.

Haverá quem pense que não... mas eu mantenho esta perspectiva.

Começando pela própria definição de vida... que é o contrário de morte. De belo, que é o contrário de feio. De calor, que é o contrário de frio...

Isto daria "pano para mangas" e não pretendo transformar este post num tratado.

Para os que não estejam de acordo com o que acabei de escrever, fica uma sugestão; transportem esta dicotomia para a pintura. Já está? Bem... agora imaginem

uma pintura sem a dicotomia, ou seja, muito simplesmente o CONTRASTE, que é, em todos os seus cambiantes, a dicotomia da imagem.

Ficou EM BRANCO!?

Muito, muito monótono...

16
Jan08

POTRO RADICULADO

Maria João Brito de Sousa

 

 

Este é um trabalho do milénio passado...

 

Utilizei acrílico e pastel de óleo sobre placa sintética (cartonada) e, ao fim de 48 horas de tra

 

balho ininterrupto, nasceu este potro radiculado que, tal como eu, está sempre em mutação...

 

Ora potro, ora árvore... ora poeta, ora pintora...

 

POTRO RADICULADO- 100x78cm

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

16
Jan08

GRANDE PINTORA A LÁPIS DE COR- ESCORÇO

Maria João Brito de Sousa

 

Este é um dos meus últimos trabalhos a lápis de cor.

Foi executado sobre papel Fabriano, a cor foi trabalhada com pincel de cerdas duras embebido em essência de terebentina e posteriormente colado sobre tela para poder ser exposto como quadro.

Teve algum sucesso na minha última exposição individual(AUTO RETRATO), mas ninguém o comprou.

O público português está apostado na sobrevivência da MARIA-SEM-CAMISA...  :))

16
Jan08

MARIA-SEM-CAMISA II

Maria João Brito de Sousa

 

 

Maria-Sem-Camisa II

*

 

Maria-Sem-Camisa, a sabe-tudo,

Aprendeu a falar c`os animais

E não desdenha nunca saber mais

De quanto vai dizendo o que está mudo

*

 

Maria-Sem-Camisa é, sobretudo,

Uma devota ouvinte dos demais

Que entende o que lhe dizem os pardais

E que ilude a razão onde eu me iludo...

Maria é destemida e eu... nem tanto...

Maria nunca mente: eu já menti,

Portanto ela é mais forte do que eu sou

*

 

E espelha este meu Eu despido o manto

Que esconde cada medo que senti

Quando a fraqueza humana germinou.

*

 

 

Maria João Brito de Sousa

16.01.2008 - 14.12h

***

14
Jan08

MARIA-SEM-CAMISA

Maria João Brito de Sousa

Maria-Sem-Camisa

*

 

 

Maria-Sem-Camisa, a sem dinheiro

Que passa pela vida ao Deus-dará,

Tem fama de ser dura e de ser má

Mas é, tão só,  poeta a tempo inteiro.

*

 

Maria vai plantando em seu canteiro

Sementes de si mesma ... o que não há,

Engendra-o Maria, e tanto dá

Ter pouco se tão rica foi primeiro.

*

 

 Maria-Sem-Camisa planta ideias

 E disso vai colhendo o seu sustento

 Sem cuidar da chegada ou da partida,

*

 

 Porque os frutos colhidos são candeias

 E estrelas a luzir no firmamento

 Da órbita em que traça a sua vida.

*

 

 

 

 Maria João Brito de Sousa, 14.01.2008 - 21.15h

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