CANTO DE AMOR
Quando canto o Amor, eu canto a Vida,
Sobrevivendo à dor de cada dia
E é meu canto a simples despedida
Deste lado da Vida em que eu vivia...
Soa o meu canto e afasta-se, perdida,
A mais elementar desarmonia
Porquanto este meu espanto dá guarida
À esperança, a crescer, de um novo dia...
Se canto é porque o canto em mim desperta
A sede de cantar que é tão mais forte,
Quão forte for o canto que a motiva
E, pelo canto, eu parto à descoberta
Dos horizontes do meu novo norte
Com a plena certeza de estar viva!
Maria João Brito de Sousa
NOTA - Soneto inspirado num soneto com o mesmo nome de Efigênia Coutinho, Presidente Fundadora da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores www.avspe.eti.br/