DESLEIXO
(Soneto em decassílabo heróico)
Soneto que me nasça “por favor”,
sem essa rebeldia indefinível
dos versos que se esculpem por amor
na sequência de urgência irreprimível,
Bem pode ostentar forma e ter rigor,
mas falta-lhe a “centelha”, essa indizível,
que o tempera, o reforça, dá vigor,
e é, no fundo, o que o torna irrepetível...
Mas … que posso fazer contra a vontade,
transformada em rotina involuntária.
que me exige um soneto? Aqui o deixo,
Sabendo que ajo mal pois, na verdade,
por capricho tornei-me, a mim, contrária
e, em vez de excelência, urdi desleixo...
Maria João Brito de Sousa – 17.06.2010 – 09.26h
NOTA -
Soneto inteiramente reformulado a 22'06.2015
Ontem consegui ainda publicar no http://liberdadespoeticas.blogs.sapo.pt/ no http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt/ no http://mumbles.blogs.sapo.pt/ e http://contra-sensual.blogs.sapo.pt/
Fica o "aviso à navegação", caso vos apeteça passar por lá.